5 Notas Sexta: Beautiful Girls, Surrender, Arte e rabiscos

Olá pessoal!
Eis minha lista semanal de 5 coisas interessantes que andei fazendo (inspirado pelo Tim Ferris 5-bullets friday)

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Um Filme

Beautiful Girls (1996). Fazia muito tempo que não revia este filme do Ted Demme, um dos meus favoritos. Por que? Aqui tem 5 razões. Sweet Caroline é uma delas.

Uma música

Surrender, do Cheap Trick. Esse clássico do fim dos anos 70 tocou muito no meus spotify esta semana.

Um livro que terminei

Imagens Cintilantes, da Camille Paglia. Um livro sobre artes e sua importância para todos nós. Um dos melhores caminhos para acesso à cultura. Gravei este vídeo aqui.

Uma habilidade que estou desenvolvendo

Sketchnoting. Graças aos vídeos do Doug Neil no youtube tenho praticado e desenvolvido a arte de fazer anotações e sketchnotes. Aliás, existe tradução para o termo?

Um pensamento

Eu sou eu e minhas circunstâncias.

Ortega Y Gasset

E você, o que andou fazendo? Gostaria imensamente de saber! Comente!

John Hughes: um clássico da modernidade

Finalmente lancei a primeira parte dos textos que tinha pensado ano passado, escrito uma parte e só agora retomei. Trata-se dos filmes de “adolescentes” do John Hugues, para mim um dos maiores cineastas americanos.

Como pretendo mostrar nos textos, estes filmes foram muito mais que filmes para adolescentes. Foram uma reflexão sobre a modernidade, suas subdivisões e, sobretudo, como encontrar o amor nessa confusão sem sentido.

https://medium.com/@jotaramone/john-hughes-um-cl%C3%A1ssico-da-modernidade-em-6-filmes-47b4f4dd45a0

Kit Gay: quem defende?

Uma coisa me chamou atenção na decisão curiosa do TSE de proibir a campanha Bolsonaro de afirmar que a cartilha apresentada por ele no Jornal Nacional era parte do Kit Gay.

Haddad nega que tenha distribuído kit gay quando ministro da educação. Fica implícito que ele não quer defender publicamente seu conteúdo. Ou seja, que a ideologia de gênero na escola é uma prática condenada pela maioria dos eleitores.

Boa parte do que o PT pretende é assim. São pautas que não encontram ressonância na sociedade, mas que são muito populares em determinados grupos específicos, como a elite intelectual brasileira (que inclui os jornalistas e professores universitários).

Por isso eles tem que fazer escondido, o que contam com a cobertura da grande mídia.

Se alguém quer provas do totalitarismo cultural no Brasil, observem como nos últimos dias Folha e Veja alteraram manchetes de notícias antigas que associavam Haddad ao kit gay.

Posso repetir? Alteraram manchetes dadas por elas mesmas trocando Haddad por Governo Dilma. Não há nada mais totalitário do que alterar o passado para justificar o presente.

Só que estas operações não funcionam mais tão bem. As mídias sociais rompem a bolha da imprensa com velocidade cada vez mais impressionante.

É interessante que o candidato visto pela mídia como democrático luta tanto para censurar a internet e o candidato visto como perigoso para a democracia luta contra qualquer regulação da internet.

Não fossem as redes sociais, esta eleição seria disputada entre tucanos e petistas, seguindo o script de vinte anos.

Com as mídias sociais torna-se impossível implantar políticas escondidas da população. Em 2012, houve uma grande mobilização da bancada evangélica no Congresso para barrar o kit gay. Hoje a coisa começaria pelos grupos whatsapp e instagram. A esquerda perdeu o controle da narrativa.

É um fenômeno mundial. O que as redes sociais fazem é revelar as ações concretas da esquerda e suas consequências. Acabou a era do discurso, das palavras desconectadas da realidade. Enquanto a internet for livre, a hipocrisia é revelada quase imediatamente.

Os jornalistas estão sofrendo com isso. Estão sendo expostos por suas preferências e posições do passado. Estão tendo suas mentiras contraditadas.

Ainda não sabemos o impacto de tudo isso, mas tenho uma sensação que o mundo já mudou e ainda não entendemos a dimensão desta mudança.

Retomando o ponto inicial, Haddad se nega a defender publicamente o kit gay. Parece que não é muito popular defender abertamente que se possa ensinar sexualidade para crianças na pré-escola.

Isso, meus amigos, chama-se senso comum.

Razão: cuidados ao usar

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Pascal, pensamento 183:

Excesso. Excluir a razão, não admitir senão a razão.

Os famosos pensamentos de Pascal são notas que ele foi redigindo para escrever um livro. Infelizmente, o grande filósofo morreu antes; mas as notas sobreviveram, foram reunidas por seus herdeiros e publicadas.

Neste pensamento, ele chama atenção para os dois problemas em relação à razão.

O primeiro é ignorá-la, como fazem, por exemplo, as religiões políticas. Não se deixem enganar, eles falam em nome da razão mas a ignoram o tempo todo. A começar por Marx, um trapaceiro intelectual de primeira.

O segundo erro é a ideologia da razão. Colocá-la como único juiz para o verdadeiro e falso. Ignora os limites da razão humana e evidencia o limite que o homem consegue caminhar sem Deus.

Desde o início, os cristãos perceberam que tinham que articular razão e fé. Foi o que fez São Paulo, Agostinho, Santo Tomás, entre muitos. Pascal pertence a esta tradição. Pode-se dizer que Pensamentos trata desta articulação o tempo todo.

O maior erro da modernidade foi romper esta tensão e proclamar a razão como soberana (uma das faces da morte de Deus de Nietzsche). A partir daí, o homem não consegue entender mais nada. Serve para a ciência natural e produção de tecnologia (até certo limite), mas para as ciências do homem, foi um desastre.

Dia do Professor: Olavo de Carvalho

O que Olavo de Carvalho conseguiu em uma década é extraordinário.

A partir de sua casa na Virgínia, contando apenas com a internet, criou um curso sui generis no Brasil burocrático.

Um curso que não tem diploma. Na verdade, não tem nem fim.

Mensalidade? Uma merreca. Nem cem contos por mês.

Um curso que não é reconhecido pelo sistema, que não dá acesso a nenhum concurso público ou boquinha do estado.

A única coisa que ele promete é a formação intelectual do aluno, o que implica na formação de uma nova elite intelectual para o Brasil. Sua ação é no campo cultural, que ultrapassa o político ontologicamente.

Por influência sua, direta ou indireta, hoje temos cursos de latim, de literatura clássica, de poesia. Temos gente se interessando pela história real do Brasil, não a porcariada patrocinada pelo MEC. Temos gente estudando Aristóteles e Platão. Sobretudo, temos gente publicando livros e mais livros, ocupando lentamente os espaços na produção cultural brasileira.

Sim, tem maus alunos, que depois de umas aulas acham-se donos da situação e em condições de expor o que consideram ser os próprios pensamento. É fácil identificá-los. São mal agradecidos ao Olavo e moralmente fracos, trocando tudo por uma boquinha.

Mas há os bons alunos. Que estão cada vez mais influenciando os brasileiros e conquistando reconhecimento pelos seus resultados, como Rodrigo Gurgel, Filipe Martins, Rafael Nogueira e outros. Também são fáceis de serem reconhecidos. São profundamente gratos ao velho mestre.

O que recebi do Olavo nestes dez anos é inestimável. Não tem como descrever; só agradecer.

Obrigado professor Olavo de Carvalho. O senhor faz a diferença.

5 razões porque Beautiful Girls é um dos meus filmes favoritos

Ontem revi, depois de muitos anos, o filme Beautiful Girls, do Ted Damme. Continua um dos meus favoritos. Eis 5 razões:

  1. Assisti em uma época muito especial da minha vida, em que estava tentando reconstruir minha vida depois de um relacionamento que não deu certo. Eu também me perguntava o que eu tinha feito da minha vida.
  2. A cena do Sweet Caroline é brilhante. 4 amigos estão se atacando, lidando com suas frustrações. Chega a Uma Thurman. Música. Magia.
  3. Nunca vou esquecer da frase do Tom: eu estava protegendo minha família. Amigos podem estar do lado errado da história e se tornarem uma massa.
  4. Natalie Portman nunca esteve tão encantadora. A reação dela ao beijo de Willie foi um exemplo.
  5. A trilha sonora é um caso à parte. Sensacional.

Notas de Sexta: Cornell, Doug Neill, Ortega e a volta de Good Place

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Cornell Notes

Canal do Youtube

Verbal to Visual. Descobri este canal sensacional, que trata de como transformar a linguagem estruturada em visual. Tenho me interessado muito pelo visual thinking e procurado colocar em prática algumas técnicas. Doug Neill é o cara! Siga o canal aqui.

Uma técnica

Anotações Cornell. Uma forma de anotar palestras, aulas, etc, desenvolvida pela Universidade de Cornell no meio do século passado. Como atravessei minha vida de estudante sem esta técnica? Procurem no youtube, tem excelentes vídeos explicando.

Uma Série

The Good Place. Começou a terceira temporada. Episódios no netflix toda sexta. Agora a parada é na Terra!

Um livro que estou lendo

El Hombre y La Gente. Impressionante como a elaboração da teoria de Ortega y Gasset sobre alteridade e ensimasmento se comunica com idéias de Corção e Pascal (que estou lendo ao mesmo tempo). Fundo insubornável do ser, o lugar onde não temos como mentir, o fundo da nossa alma. Eu e minhas circunstâncias.

Um pensamento

“Como é comum na maioria das discussões modernas, o núcleo da questão é o que dela não se pode mencionar.”

Chesterton

Verbal do Visual

Faz tempo que tenho me interessado pelo chamando “visual thinking”. A premissa é simples: nosso cérebro funciona por imagens e conexão entre elas.

O problema é que costumamos usar a forma estruturada para anotar e estudar os assuntos. É o famoso “bullets points”.

O visual thinking nos estimula a desenhar e fazer esquemas, como os mapas mentais.

Ontem achei um canal do youtube chamado Verbal to Visual. Estou viciado e não consigo parar de ver os vídeos. Tudo em inglês, já aviso.

Confira lá.