Uma coisa me chamou atenção na decisão curiosa do TSE de proibir a campanha Bolsonaro de afirmar que a cartilha apresentada por ele no Jornal Nacional era parte do Kit Gay.
Haddad nega que tenha distribuído kit gay quando ministro da educação. Fica implícito que ele não quer defender publicamente seu conteúdo. Ou seja, que a ideologia de gênero na escola é uma prática condenada pela maioria dos eleitores.
Boa parte do que o PT pretende é assim. São pautas que não encontram ressonância na sociedade, mas que são muito populares em determinados grupos específicos, como a elite intelectual brasileira (que inclui os jornalistas e professores universitários).
Por isso eles tem que fazer escondido, o que contam com a cobertura da grande mídia.
Se alguém quer provas do totalitarismo cultural no Brasil, observem como nos últimos dias Folha e Veja alteraram manchetes de notícias antigas que associavam Haddad ao kit gay.
Posso repetir? Alteraram manchetes dadas por elas mesmas trocando Haddad por Governo Dilma. Não há nada mais totalitário do que alterar o passado para justificar o presente.
Só que estas operações não funcionam mais tão bem. As mídias sociais rompem a bolha da imprensa com velocidade cada vez mais impressionante.
É interessante que o candidato visto pela mídia como democrático luta tanto para censurar a internet e o candidato visto como perigoso para a democracia luta contra qualquer regulação da internet.
Não fossem as redes sociais, esta eleição seria disputada entre tucanos e petistas, seguindo o script de vinte anos.
Com as mídias sociais torna-se impossível implantar políticas escondidas da população. Em 2012, houve uma grande mobilização da bancada evangélica no Congresso para barrar o kit gay. Hoje a coisa começaria pelos grupos whatsapp e instagram. A esquerda perdeu o controle da narrativa.
É um fenômeno mundial. O que as redes sociais fazem é revelar as ações concretas da esquerda e suas consequências. Acabou a era do discurso, das palavras desconectadas da realidade. Enquanto a internet for livre, a hipocrisia é revelada quase imediatamente.
Os jornalistas estão sofrendo com isso. Estão sendo expostos por suas preferências e posições do passado. Estão tendo suas mentiras contraditadas.
Ainda não sabemos o impacto de tudo isso, mas tenho uma sensação que o mundo já mudou e ainda não entendemos a dimensão desta mudança.
Retomando o ponto inicial, Haddad se nega a defender publicamente o kit gay. Parece que não é muito popular defender abertamente que se possa ensinar sexualidade para crianças na pré-escola.
Isso, meus amigos, chama-se senso comum.