Guardiões da Galaxia, volume 2

AVISO: CHEIO DE SPOILER

Uma pena que o James Gun tenha se revelado ser um tipo tão escroto, pois é um cineasta de mão cheia. Seus dois filmes sobre estes heróis improváveis do universo marvel estão entre os melhores do estúdio.

No segundo Guardiões temos os melhores temas da literatura universal: a afirmação do herói e a redenção.

Além isso, temos os temas da amizade, amor e a divindade.

Ego é um deus com d minúsculo, como ele mesmo afirma. Isso é evidente por sua falta de sabedoria e propósito, como vai se tornando evidente. Seu destino é a solidão, ou seja, falta-lhe o principal, a capacidade de amar.

Quill, por sua vez, tem no coração sua força. De que adianta todos os poderes do mundo se não puder amar? Sim, amizade também é conflito, traição, decepção. Mas qual a alternativa? O amor sempre será um risco se dependermos da forma como os outros reagem. O segredo, é se entregar, mesmo se tiver que perder a vida.

É o caminho de Yondu, o da redenção através do sacrifício Ele cometeu um erro terrível na juventude e passou a vida tentando repará-lo, buscando a aceitação dos capitães. Só no fim, percebe que o caminho é o de amar ao limite, dando sua vida pelo outro. Quill não é apenas o filho que criou para a vida e dificuldade, mas o símbolo de todas as crianças que foi cúmplice involuntário de suas mortes.

Gun conseguiu reunir os elementos de grandes dramas humanos na forma leve de um filme de aventura, com muito humor e boas escolhas. Ajuda a resgatar a aventura como o gênero literário mais adequado a retratar os dramas humanos, como defendia tão insistentemente Chesterton.

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