No medium, minha mais nova crônica.
Aliás, a crônica é um grande exercício para desenvolver a escrita. Ainda estou engatinhando, mas vamos em frente!
https://medium.com/crônicas-do-jota/o-dia-em-que-ela-me-deixou-2afdd5bfb5c3
No medium, minha mais nova crônica.
Aliás, a crônica é um grande exercício para desenvolver a escrita. Ainda estou engatinhando, mas vamos em frente!
https://medium.com/crônicas-do-jota/o-dia-em-que-ela-me-deixou-2afdd5bfb5c3
Poucas coisas são tão hipócritas no Brasil do que chamar universidade pública de espaço de debates.
Debate de que? Tente marcar uma palestra sobre liberalismo, conservadorismo ou simplesmente exibir um documentário como o filme sobre o Olavo.
A idéia que essa tigrada tem debate é discussão para ver quem concorda mais com a única tese aceita. Tipo o que vemos em uma globo news que para debater desarmamento chama dois especialistas: um a favor e outro muito a favor.
Por outro lado, entendo. Se proibirmos os professores de fazerem propaganda comunista na escola eles vão fazer o que? Dar aula?
PS: Por fotos, é quase impossível distinguir uma universidade de um presídio. A degeneração intelectual sempre começa com a degeneração estética, passando pela degeneração moral.
Acabei de ler um livro de crônicas do Rubem Braga.
Um mestre.
A crônica foi um dos estilos que os brasileiros mais se destacaram, talvez por influência do jornalismo. Impressionante como eles eram capazes de extrair do cotidiano reflexões tão sutis e líricas sobre a vida.
Rubem Braga foi um desses cronistas.
Olá pessoal!
Eis minha lista semanal de 5 coisas interessantes que andei fazendo (inspirado pelo Tim Ferris 5-bullets friday)
Um canal do youtube que estou assistindo: Imprensa Livre
O canal do youtube lançado pelo publicitário Alexandre Borges (não confundir com o ator) apresenta entrevistas muito boas com personalidades que são ignorados pela mídia tradicional simplesmente por dizerem coisas que ela não gosta de ouvir. Assisti as entrevistas do General Richard, Martin Vasquez da Cunha e Bruno Garshagen. Na fila: Ana Paula, Gabeira, Flávio Gordon …
Um disco que estou ouvindo: Antologia politicamente incorreta do Rock Anos 80
No livro quase homônimo, o roqueiro Lobão apresenta sua tese: o rock brasileiro anos 80 foi o único movimento popular na música que ameaçou desbancar o totalitarismo cultural dos barões da MPB. Entretanto, foi sabotado por produtores que achavam que o rock tinha que ser uma variação da MPB, sem peso nas guitarras e bateria de vassourinha. Foi quando teve a idéia de regravar uma antologia de canções da época da maneira com achava que tinha que ser gravado. O resultado é sensacional.
Um livro que começou: The Net Delusion
Inspirado pelo episódio das mensagens de whatsap nas eleições brasileiras, comecei a ler este livro do Eugeny Mozorov, que deixa de lado a fé cega na internet para discutir seus pontos negros. Muito interessante.
Uma série que comecei a assistir: Demolidor
Um dos meus heróis favoritos. Assisti os três primeiros episódios da primeira temporada (não tenho hábito de “maratonar”) e estou gostando bastante. Ansioso para vê-lo no uniforme vermelho!
Um pensamento que estou meditando
Na verdade, um trecho de música:
It´s hard to take the world the way that it comes
(Second Nature, Rush)
Nos últimos dias tenho escutado o último disco do Lobão, sempre em volume máximo, porque este disco em especial não pode ser apreciado de outra forma. O peso do disco está na sua essência, na filosofia que lhe gestou.
Quem leu o livro Antologia dos Anos 80 através do rock sabe a tese do Lobão: o rock anos 80 foi o maior movimento revolucionário da música brasileira. Foi o único movimento que colocou em cheque o coronelato do mainstream que gira em torno da MPB, que tem Chico e Caetano como grandes barões. Por um breve período, parecia que o rock estava virando tudo de cabeça para baixo.
Mas havia um problema sério: a produção dos albuns. Os estúdios boicotavam os artistas, como estilo Peninha, que produzia quase tudo. Nada de guitarras pesadas, afinal, brasileiro gosta de guitarra suave. Bateria? Na base da vassourinha. O resultado é que você teve gemas de criatividade, com compositores realmente talentosos, mas com execução propositalmente desencorpadas, baseadas no conceito de alguns produtores que queriam encaixar o rock como subproduto da MBP.
O que Lobão faz em sua releitura dos clássicos do rock anos 80 é re-imaginar estas músicas com o peso e densidade que mereciam. Guitarras encorpadas, bateria perfeitamente audível, baixo ocupando os espaços. Quando você escuta o resultado não pode deixar de pensar: mas que puta sacanagem que fizeram!
Chamou-me atenção que os meus vídeos mais acessados no youtube são do Eric Voegelin. Dos dez primeiros, são oito, incluindo os cinco mais acessados.
Ou seja, Eric Voegelin desperta cada vez mais interesse aqui no Brasil.
Aqui uma playlist de vídeos sobre uma das duas maiores mentes do século XX. A outra é Joseph Ratzinger.
Bill Watterson, com Calvin e Haroldo, mostrou muitas coisas que estavam ainda por vir, que eram apenas possibilidades que apenas mentes realmente argutas conseguiriam perceber.
Menos Kant, mais Calvin e Haroldo.
Ainda não vi o Pantera Negra, mas aqui meus favoritos (sem ordem):
Iron Man: O primeiro, inaugurador do padrão marvel. Gosto do tratamento do personagem do Stark e da questão moral envolvida: a responsabilidade sobre as armas produzidas. E a cena final é sensacional.
Guardiões da Galaxia: sinceramente, não esperava muito deste filme. Acho-o superior ao volume 2 por seu caráter mais misterioso e melhor equilibrado.
Capitão América, Soldado Invernal: Apesar do primeiro ser bom, acho que este foi mais tenso e com cenas incríveis de luta. Final apoteótico.
Os Vingadores: Só a Batalha de Nova Iorque já vale o filme. E tem um grande vilão (tinha que ser um deus para enfrentar os vingadores) e… o Hulk!
Dr Estranho: mistério na dose certa e um dos temas dominantes dos últimos filmes: as mentiras que os bons contam para proteger os seguidores, e como isso dá tremendamente errado.
https://www.youtube.com/channel/UCJwPAWSXRT6-d2rYSt0X4SA
A melhor coisa que está acontecendo nesta eleição é a derrota acachapante da velha mídia. Ninguém se deixa mais pautar pelo jornalismo tradicional; e por bons motivos.
Décadas de gramcismo nas redações, de ocupação de espaço por intelectuais orgânicos travestidos de jornalistas só poderia dar no que deu. A completa desmoralização e perda de credibilidade do jornalismo. Cheiram a mofo, ecos de um tempo que está morrendo.
Mas há uma imensa demanda por qualidade. Gente que deseja realmente fazer jornalismo está encontrando espaço na internet. Na rede, gente com pouquíssima estrutura é capaz de se lançar e, se tiver competência, furar o bloqueio e conseguir mais audiência do que os veículos tradicionais.
O que é a Veja perto do que a Crusoé está fazendo? E olha que nem sou fã assim dos antagonistas. Terça Livre está dando pau no youtube do jornalismo das grandes redes. Mesmo a jovem pan está batendo os programas tradicionais. O Pingo nos is tem hoje muito mais credibilidade do que qualquer programa da globo news. Mesmo o Pânico tem mais informações, e análises, do que qualquer bancada de jornalistas da grande mídia.
Os tempos estão mudando e os jornalistas da velha intelectualidade está cada vez mais caminhando para o ostracismo que fizeram por merecer. A melhor parte é que eles mesmos cavam suas sepulturas, cada vez com mais entusiasmo!