
Interessante como uma crítica pode nos afetar. Lembro que no fim dos anos 80, li uma crítica em uma revista sobre este disco do Rush. Ela foi tão devastadora que acabei nunca escutando o disco.
Os mais novos não entendem, mas não havia internet na época. Ou você comprava o disco, ou gravava de um amigo em fita k7. Até dava para escutar uma faixa ou outra em uma loja, mas eram poucas que permitiam deslacrar o disco para escutar.
Enfim, convenci-me que o disco era uma porcaria e nunca tive a curiosidade de escutá-lo.
Como estou num projeto de escutar toda discografia da banda, esta semana passei uns dias escutando-o. O crítico não entendia nada de rock. O disco é muito bom.
Minha favorita é Time Stand Still. Pela música, o ritmo e a letra. Não sou muito fã do refrão, mas aprendi a gostar. A música trata do erro de deixar a vida passar rápido demais, um tema que tem se tornado uma obsessão desde que li a maravilhosa peça Our Town, Thornton Wilder.
I let my skin get too thin
I’d like to pause,
No matter what I pretend
Like some pilgrim
Who learns to transcend
Learns to live
As if each step was the end