Distante dos acontecimentos no Brasil, curtindo um fim de semana no interior da Colômbia, não posso deixar de comentar rapidamente o julgamento que indeferiu a candidatura do Senhor Luis Inácio.
Não me lembro de alguma vez ter escutado algo parecido. Um tribunal superior eleitoral reunir-se para decidir se um condenado, que cumpre pena, pode concorrer ao cargo máximo de um país. É uma degradação absurda. Nem era para um juiz decidir sobre isso. O funcionário que recebe o pedido de candidatura deveria, de ofício, já meter o carimbo de indeferido. Onde já se viu bandido candidato? Pior que a gente sabe que esta porcaria de causa ainda vai subir para o supremo, onde os ególatras metidos a deuses do Olimpo vão promover mais um espetáculo televisivo. Imagino que será novamente indeferido, mas ainda terá uns 3 ou 4 votos a favor do absurdo.
Aliás, registre-se que ontem um ministro do STF, alegando o cumprimento de um bilhete escrito por uma dupla de sub-funcionários da ONU, votou pela candidatura do corrupto comprovado e a Sra Rosa Weber deu um voto que ninguém entendeu, que o candidato poderia fazer campanha só não poderia ser candidato, ou alguma esquisitice do gênero.
Volto a repetir, nada é tão nefasto para o país hoje do que os ministros que foram colocados no supremo. Não é de hoje que quando precisam julgar com juízes dos tribunais superiores tomem um banho. Nossos ministros, em geral, não tem estatura, nem moral e nem técnica, para ocuparem as cadeiras que ocupam. Eles transformaram um instituição confiável em motivo de chacota e vergonha para os brasileiros de bem, que sim, são maioria.
Difícil superar esta âncora que mais de 20 anos de presidentes de esquerda criaram para o país. A maior de todas.