Baby Doll (1956): retrato da modernidade

Ontem assisti Baby Doll (1956), dirigido por Elia Kazan e texto do Tennessee Williams. Três personagens fascinantes, retratos do mundo moderno.

Um homem fraco, constantemente humilhado, que perde o controle sobre seu destino por falta de capacidade pessoal para lidar com a modernização. Um posso de ressentimento que encontra no uso a violência sua válvula de escape.

Uma mulher que se recusa a crescer e acha que pode brincar de boneca a vida inteira. Ao finalmente encontrar uma adversário que se recusa a fazer seu jogo tem a oportunidade de enfim amadurecer.

Um homem racional, produto da modernidade, mas que diante da incapacidade do estado não pensa duas vezes em assumir a justiça nas próprias mãos. Falta-lhe piedade e empatia para lidar com o mundo.

Um panorama sobre a ruptura de uma antiga ordem para emergência de uma nova, de natureza científica mas desprovida de laços de amizade que constroem uma sociedade.

MBDBADO EC003

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