Rio de Janeiro sob intervenção

A impressão que eu tenho é que passou do ponto. Houve um momento que uma intervenção federal poderia ter feito a diferença, hoje acho difícil.

A bandidagem do Rio de Janeiro cresceu sob a proteção de uma cultura implantada desde o nefasto domínio do Sr Leonel Brizola, que encontrou eco entre os intelectuais da cidade. Uma cultura de glorificação do marginal que se espalhou pela cultura brasileira pela mídia de massa.

Quando a presidente do STF diz que o problema da violência se combate com “capacidade de amar” ela mostra que está contaminada por esta cultura. Juízes, jornalistas, artistas, advogados, cientistas sociais, professores; todos acham que o bandido é vítima da sociedade. O pensamento esquerdistas dominante considera o banditismo uma espécie de justiça social, do pobre tirando do rico. No mundo de fantasia em que vivem, são pobres criaturas forçados a roubar (e matar) porque não têm outra alternativa. Para que a violência diminua, é preciso resolver o problema, segundo eles, da desigualdade social, este símbolo que culmina a insatisfação gnóstica que têm contra este mundo que vivemos.

Na realidade do Rio de Janeiro, o problema da violência não é um problema da classe média burguesa, mas das classes mais pobres. São eles que convivem diariamente com a brutalidade nas favelas, com os tiroteios, com os justiçamentos. Só na cabeça de sociólogo que a vida na favela é uma espécie de passeio idílico no território do bom selvagem.

Tem que mudar tudo. A glolificação das comunidades, a estética do funk, a demonização da polícia (que se corrompeu pelas décadas de convivência com a violência), as faculdades de ciências sociais. Enquanto toda a sociedade não colocar a vítima da violência como centro da preocupação, não acredito em solução. O povo precisa ser ensinado a se proteger e proteger o próximo. Tem que parar com essa palhaçada de não reagir. Tem que ampliar os limites da legítima defesa. Invadiu uma casa? Pode mandar fogo. Ah, o Rio de Janeiro vai virar uma guerra? Pois deixa eu te contar uma coisa senhor intelectual, já é! Só que uma guerra em que a população está morrendo como patos, sem possibilidade de legítima defesa, um dos direitos mais básicos de uma pessoa!

Décadas de esquerdismo só poderia dar nisso. Para resolver o problema da violência, primeiro precisa recuperar o bom senso, que é o mesmo que reverter o pensamento de esquerda. Precisamos de uma revolução cultural, coisa que leva pelo menos uma geração.

Enquanto isso temos que pelo menos segurar a escalada da violência. Fora isso, acredito que pouca coisa se possa fazer.

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