E no fim, um aeroporto vazio

E no fim, um aeroporto vazio

18156727_10155417236484015_7370677261219098373_o

Não são nem oito da noite e estou aqui no Aeroporto do Galeão, no Erre Jota. Foi difícil conseguir um lugar para sentar. Com tão pouca gente é realmente complicado escolher. Preciso carregar o celular? Sem problemas. Tem tomada livre para tudo que é canto. Uma maravilha.

O problema é que essa brincadeira nos custou muito dinheiro, não é mesmo? Um dos problemas da solução keynesiana é que, cedo ou tarde, acabamos com elefantes brancos como esse. Como quase tudo que foi construído para os Jogos Olímpicos, aliás. Se até para usar o Maracanã está complicado, imaginem as demais arenas (no meu tempo, estádios). Ociosidade para tudo que é canto.

O importante é gerar emprego, dizem. Pois o Rio gerou, aos montes. Agora o estado está quebrado e a prefeitura anuncia que não consegue pagar salários a partir de outubro. Craqueiros e mendigos tomaram as esquinas e praças da cidade. Naturalmente o banheiro desse povo são as árvores e calçadas. O Rio virou isso, um grande banheiro ao céu aberto, com a violência crescendo sempre mais, o que o carioca, infelizmente, já aprendeu a conviver como se fosse um fato pitoresco. Transformam até em atração turística. Vamos passear na Maré?

O pior é que as pessoas parecem não ligar. Um preço a pagar para morar nesse estranho paraíso.

E o aeroporto, vazio. Dinheiro desperdiçado. Nosso dinheiro.

Mas valeu a festa, não é verdade?

O Vltava (ou Moldau)

O Vltava (ou Moldau)

 

O poema musical Vltava é uma composição do século XIX do compositor tcheco Bedrich Smetana e faz parte de um conjunto de 6 peças entitulado Má vlast (minha terra natal). Trata-se de uma obra de cunho nacionalista, que Smetana tenta traduzir seu amor por sua pátria.

Vltava ou Moldau é o rio que nasce na Bohemia e termina na cidade de Praga e a música de 12 minutos acompanha a trajetória do rio. Trata-se de uma das mais belas composições musicais já feitas na história, e minha preferida. Ela aparece no filme A Árvore da Vida, remetendo ao rio como símbolo da própria existência humana.

Aquecimento sim, mas global?

maneiras-de-combater-a-poluic3a7c3a3o

Eu não sei se há um aquecimento global como acredita a maioria das pessoas e, muito menos, se existir, que seja causado por nós humanos. Sócrates já advertia que a opinião da maioria não é critério seguro na busca da verdade. Acho a coisa muito fantasiosa e alarmista para realmente ser verdade, ainda mais quando vejo muitas pessoas que costumam estar erradas com quase tudo defenderem com afinco esta causa. Falta-me disposição para pesquisar a fundo a questão, mas não falta a quase todos que opinam com tanta segurança a respeito?

Independente da veracidade do aquecimento global, vejo um aspecto que nunca esteve em disputa, que é provado pela nossa experiência direta, o aquecimento local. Não sei se o pum das vacas ou o aerosol causam o aquecimento do planeta, mas tenho razoável certeza que a poluição das cidades fazem um mal danado para seus habitantes, inclusive tornando as cidades mais quentes.

Lembro que na minha juventude a preocupação com a poluição local era muito grande e as fábricas eram as grandes vilãs. É uma característica de nosso tempo que as causas globais mobilizem muito mais, especialmente financeiramente. Sem entrar no mérito do aquecimento global, creio que atacar localmente o problema da poluição não atrapalha e talvez até ajude. Mas quem se importa com o local em tempos de tanta importância?

O risco é, no afã de solucionar os grandes problemas, deixarmos de lado os que podemos realmente lidar de forma pragmática, os que estão realmente ao alcance de nossas mãos.