Afinal, o que disse o papa?

Papa

Leiam as matérias da grande mídia sobre o papa ter afirmado que era melhor ser ateu do que um católico hipócrita. Elas possuem um padrão, em nenhuma delas você vai encontrar um parágrafo inteiro da homília do papa Francisco. Basicamente eles pegam um parágrafo, dividem em várias frases e colocam comentários entre eles induzindo o raciocínio do leitor. Isso é o jornalismo brasileiro.

Afinal, o papa disse que era melhor ser ateu?

Não. Ele criticou sim a hipocrisia de muitos católicos, como Cristo fez com os judeus do seu tempo. Mas não fez comparação nenhuma com o ateísmo. Pelo contrário, ele disse que:

“Quantas vezes ouvimos dizer: ‘Ser católico como aquele, melhor ser ateu’. O escândalo é isso. Destrói. Joga você no chão”

Ele não disse que era melhor ser ateu, ele disse que o mau comportamento de muitos cristãos induziam a que dissessem que era melhor ser ateu, o que é muito ruim para a Igreja. Ou seja, ele disse o exato oposto ao que estão atribuindo a ele. O raciocínio do papa é simples: achar que ser ateu é melhor que ser um mau católico é um erro. O próprio comportamento dos maus católicos induzem a esse tipo de raciocínio. Logo, deve-se criticar esse tipo de comportamento. O escândalo é dizer que “ser católico como aquele, melhor ser ateu“.

Foi isso que o papa fez.

Ademais, em princípio todo católico é um mau católico porque somos imperfeitos. Cristo veio justamente para nos salvar porque somos todos pecadores. Até os santos pecaram, e muito!

Mas o jornalismo militante viu a oportunidade de tirar a frase do papa do contexto, picotá-la e inverter o sentido do que ele disse.

Raça de víboras! Até quando teremos que suportá-los?

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