Para quem começou a escutar música nos anos 80, no Brasil, o conceito de single não fazia muito sentido. O nosso mercado era dominado pelos LPs, e quando singles eram lançados por aqui, normalmente na forma de EP, o preço era o mesmo. Qual era o sentido então de pagar o mesmo por apenas 2 músicas? Além do mais, o LP chegava no Brasil muito depois de seu lançamento.
Com o Spotify(e similares) é possível acompanhar os lançamentos lá fora. Tem uma aba chamada new realeses que mostra diariamente o que está sendo lançado. Só lamento que não consiga excluir o mercado brasileiro porque o nível de porcaria é acima do aceitável. De qualquer forma, pela primeira vez estamos poder acompanhar o lançamento dos singles e tem sido uma experiência muito interessante. O single é um um convite para o disco que está para sair. Time for Bedlam, do Deep Purple, por exemplo, me deixou muito curioso pelo disco que está para sair. Faz tempo que não escutava uma música tão boa da banda, que sempre foi uma das minhas preferidas.
Está sendo bem legal acompanhar o mercado por meio dos singles e já tenho uma lista dos que mais me chamaram atenção ano passado. Finalmente o conceito passou a fazer sentido para mim e posso sentir um pouco do que os ingleses sentiam nos anos 60, a era de ouro dos singles.