A esquerda limpinha

Marina Silva pode ser a candidata a repetir Heloísa Helena nas eleições do ano que vêm. O noticiário está repetindo sem parar que o governo está preocupado e quer evitar a aventura que poderia dividir os votos da Dilma. Não acredito nisso. Tudo pode ser uma manobra dos estrategistas do lulo-petismo para 2010.

Dilma tem potencial para afastar os eleitores moderados da sua canditadura por seu passado terrorista, seu radicalismo e até mesmo pela sua fraude intelectual no caso dos títulos. Com medo que este voto migre para o candidato da oposição, o governo pode estar investindo em um candidato da “esquerda limpinha”, como foi HH em 2006. Uma esquerda que não participa do jogo sujo da política e possui ideais éticos.

Quando as eleições chegarem na definição, confiam que estes votos migrem naturalmente para o candidato da esquerda suja para evitar o mal maior de ter a vitória de um oposicionista. Não vou dizer candidato da direita porque este tipo de ser não existe na política tupiniquim. A disputa de 2010 estará entre candidatos de esquerda mais uma vez, seja Serra, Dilma ou Marina.

Aliás, a candidatura da Dilma não me concenceu até hoje. Pressinto que na hora H, o governo vai desembarcar da canoa da ex-terrorista e lançar seu nome verdadeiro. Lula pode estar apenas se divertindo, lançando um nome para especulação enquanto guarda seu verdadeiro candidato para o ano que vem.

Quanto a Marina, o que dizer? Corre sério risco de trocar seu mandato garantido de senadora pelo ostracismo político, como fez Heloísa Helena, hoje vereadora em Maceió. Deve ser isto que deve estar em questão em sua cabeça para decidir se aceita a aventura do PV ou não. Pode se transformar em mais uma inocente útil do petismo; papel, aliás, que desempenhou com perfeição quando foi ministra emprestando uma credibilidade ambiental internacional para  Lula. Foi defenestrada quando o governo teve que começar a mostrar resultado em termos de infra-estrutura e a ministra se mostrou ruim de jogo para atender o razoável.

Estão chamando sua candidatura de novidade. Não vejo nenhuma ainda. Apenas mais uma tentativa de vender uma esquerda limpinha como foi Heloísa Helena e Cristovão Buarque nas últimas eleições. Novidade seria a apresentação de um candidato com uma agenda liberal, propondo redução do tamanho do estado e da carga tributária.

Seria pedir muito?

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