Mais uma jornalista que defende a tentativa de golpe de Zelaya

Que fique registrado o nome de Janaína Lage, da Folha, mais uma jornalista que não consegue enxergar um palmo diante do próprio nariz. Na prática, ela justifica a tentativa de golpe de Zelaya e, em consequência, das práticas chavistas. Vejam a manchete que a digníssima conseguir produzir depois de muito esforço mental:

Zelaya aceita se reunir com golpista na Costa Rica

Democracia passa longe do entendimento de Janaina Lage. Para ler o mundo dessa forma deve ter um diploma de jornalista. Com certeza.

Carga Tributária recorde

Vai na Folha:

O crescimento econômico em 2008 e a consequente alta na arrecadação levaram a carga tributária do país ao recorde de 35,8% do Produto Interno Bruto. Houve expansão dos tributos sobre a renda e sobre o consumo. No ano anterior, a carga tributária fora de 34,72%. A Receita, porém, prevê que em 2009 o peso dos tributos diminuirá, já que o desempenho da economia piorou.

Comento:

Nenhum país consegue crescer com uma carga tributária neste patamar. O governo se apodera de boa parte do que é produzido no país, o que trava o desenvolvimento. Mas isso é outra estória.

A manchete da Folha é altamente favorável ao governo. Vejam que a carga tributária aumentou por que a economia cresceu, e agora deve cair porque a economia encolheu. Do jeito que foi noticiado fica parecendo que a carga tributária depende apenas do desempenho da economia e não de decisões dos políticos do legislativo e executivo.

Isso é uma mentira grossa. A carga tributária pode cair mesmo que a economia cresça. Aliás, existe uma relação de causalidade. Quando a carga diminui, a economia geralmente cresce porque as empresas e pessoas sabem usar melhor o dinheiro do que burocratas estatais. Ninguém cuida melhor do dinheiro do que o próprio dono.

Então ficamos assim. A Folha torce uma notícia que deveria ser ruim para o governo em coisa boa. E tem gente que diz que a mídia brasileira é de direita! Uma direita muito esquisita esta que gosta de impostos e de estado.

Só uma demonstração que com uma imprensa destas fica fácil entender porque o presidente do governo mais corrupto da história tem tamanha popularidade. Como disse uma vez Reinaldo Azevedo, se um dia aparecesse uma foto com o Lula colocando a mão em um saco de dinheiro, grande parte dos jornalistas deixaria no ar se ele estava tirando ou colocando.

Vergonha.

Força Honduras!

Honduras está dando um exemplo à América Latina. Colocou para fora um presidente que se achava superior às instituições e que poderia usar a democracia para fraudar a democracia, como Chávez faz na Venezuela.

Por isso a canalha está em polvorosa. Vai que esta moda pega? Que as instituições de um país resolvam, com apoio das Forças Armadas (com maiúsculas), colocar para fora um presidente que não aceita o contrato social que lhe foi imposto via constituição?

Poderia a contra-revolução de Honduras iniciar uma bola de neve no continente? Limpar os ares latino americanos da sujeira que foi se acumulando na última década inspirada pelo Foro de São Paulo? Ainda é cedo para dizer, mas pode ser um alento.

De quebra ainda serviu para revelar o verdadeiro papel de Barack Hussein Obama, o pacifista, na política continental. Ao mesmo tempo que começa a advogar a não intervenção em assuntos internos para justificar Chávez, Fidel e cia, resolve jogar duro, via Hilary Clinton, com os assuntos internos do pequeno país do Caribe.

Força Honduras! Resista! Mostre que o lugar de candidato a ditador é na rua. Só lamento que não tenham cumprido a constituição à risca e prendido seu presidente. Preferiram deixar o bandido solto, conspirando com os socialistas do Foro.

Tentando voltar

Nas últimas semanas o desânimo bateu forte. Tirou-me completamente o prazer de continuar postando, tentando expressar minha visão dos acontecimentos. Cada vez mais estamos nos afundando no abismo das iniquidades humanas e fica difícil acreditar que algo possa ser feito para reverter este quadro.

A esquerda venceu o debate cultural. Na verdade nem chegou a vencer pois o conservadorismo fugiu assustado com a gritaria e se refugiou em suas conchas. Passaram a repetir os mantras da esquerda e aceitaram os rótulos que foram criados pela nova-língua cridada por uma nova hegemonia mundial do pensamento socialista. Orwell estava certo. O indivíduo foi massacrado pelo estado conforme sua imagem da bota sobre o rosto humano em 1984.

É triste ver a direita completamente perdida, sem convicção no que intuitivamente acredita. O homem massa prosperou e bilhões de idiotas se deixaram guiar por falsos profetas que prometem o paraíso na Terra. Como é possível sociedades inteiras se deixar levar por líderes que defendem o que intimamente rejeitam? Como é que ficamos tão covardes a ponto de ter medo de discutir com um bando de baderneiros que usam a intimidação como maior fonte de argumentos?

O homem moderno é realmente curioso. Possui horror a tal “mídia”, no entando aceita completamente as categorias de pensamento transmitidas por milhares de jornalistas medíocres incapazes de pensar com honestidade. Esta mídia possui veneração por intelectuais traidores, no sentido defendido por Benda em “A Traição dos Intelctuais” (leiam, utilidade pública), que dissociados do mundo real vivem imersos em utopias que não se sustentam. São Dom Quixotes que guiam bilhões de Sanchos Panças para enfrentar moinhos de vento.

Por quase dois anos escrevi sobre minhas angústias aqui neste blog mas só vi a impostura prosperar, a vitória da falsidade. Escrever tornou-se insuportável, um martírio. Ao mesmo tempo, tenho consciência que deixar de escrever é justamente o que os inimigos da liberdade querem do homem comum. Lembrei que eles não querem a maioria, querem a unanimidade. Querem a consciência de cada ser humano, querem a alma de cada um de nós.

Só nos resta resistir. Talvez, em um futuro remoto, a verdade finalmente triunfe. Olhando para o passado, os seres humanos irão se perguntar como todos nós nos deixamos arrastar desta forma. Descobrirão que existiram alguns poucos que gritaram, que subiram nas mesas e tentaram de todas as formas alertar para o que estava acontecendo. Assim como houveram aqueles que viram a verdade nos estados totalitários do século XX, existem os que conseguem ver sob as brumas dos “estados democráticos” do século XXI. Estas aspas já dizem tudo, não?

Tento reunir minhas forças e continuar esta árdua batalha sem resultados, a de pelo menos deixar registrado que não me deixei nunca me levar pelas correntes modernistas que tanto se referiu o papa Pio X. Que mudar não é solução se não se sabe exatamente o que está fazendo, que revolução não supera nunca evolução. Que temos todos que ser livres para pensar. Que temos que ter a liberdade para errar. Que temos que ter a liberdade de sermos imperfeitos.