Nunca engoli o senador Cristovão Buarque, apesar da simpatia que no meio educacional, onde vivi algum tempo, ele desperta. Sempre senti cheiro de uma fraude. Quando foi ministro da educação mostrou-se um fiasco, preocupado apenas em manter o modelo falido das universidades públicas brasileiras. Além do mais, se fosse bom não estaria no PT. Você pode encontrar um mundo de pessoas desonestas em qualquer partido do Brasil, mas duvido de um honesto naquele partido.
Hoje o senador defendeu o fechamento do Congresso. Justamente tocando no ponto que escrevi no meu último post! Não, senador, não precisamos fechar o Congresso, precisamos salvá-lo. Fazer um plebiscito, como advoga, é um golpe. Assim como seria fazer um plebiscito para perguntar se o Lula pode ficar para mais um mandato. A democracia NÃO significa direito de maioria, significa justamente o contrário, o direito de minoria. É o único regime político que garante o direito da minoria.
Pergunto ao senador. Se fizéssemos um plebiscito perguntando se devíamos prender Paulo Maluf sem julgamento, qual seria o resultado? Se fizéssemos um perguntando se o casal Nardoni poderia ser linchado até a morte, qual seria o resultado? Se fizéssemos um plebiscito perguntando se a polícia poderia matar primeiro e perguntar depois, qual seria o resultado? Alguma dessas consultas nos faria um país mais civilizado?
Mas o senador não quer expurgar o Congresso, tanto que está no PT convivendo com um governo corrupto que conhece muito bem. Não senador. O problema do Brasil não é o Congresso. Não o principal.
O problema do Brasil está do outro lado da praça dos três poderes. O problema do Brasil começa no executivo. E seu partido contribui para torná-lo ainda pior.