Não se iludam, não era apenas o destino da Venezuela que estava em jogo, mais uma vez, ontem. O fim do limite de re-eleições vai se espalhar pelo continente; nem mesmo os americanos estão livres.
Outro dia o New York Times publicou um editorial pedindo o fim do limite para os prefeitos. A democracia se perde assim, aos poucos. Vencido o princípio, tudo fica mais fácil. A liberdade se perde sem sentir, uma etapa por vez.
Chávez provou que a insistência faz parte da estratégia. Em 2007, perdeu por pouco. Com um pouco mais de organização, é possível tentar novamente. Por organização, entende-se pressão sobre o eleitor, com ameaças e tudo.
Não vai demorar muito para outro país da América Latina começar a se animar com o assunto. Caiu a primeira peça do dominó.