Uma das coisas que Aristóteles ensinou, vou a relação entre premissas e consequências. Pela lógica, uma argumento só é válido se a consequência for verdadeira sempre que as premissas também forem. Se uma das premissas for falsa, nada se pode falar sobre a argumentação.
Noblat reproduz um artigo do economista Vander Mendes Lucas que começa com a seguinte afirmação:
Muito se discute sobre o retorno e a necessidade da presença do Estado na economia, através de programas de incentivo ao consumo, para fazer frente à crise financeira internacional que assola a economia mundial.
Retorno do Estado? Deve estar de brincadeira! Um dos mitos desta bagunça toda é que o Estado estava fora da economia, o que é uma grande mentira. A origem da crise está na interferência do governo americano no mercado imobiliário.
Diante da premissa errada, nem me dei ao trabalho de ler o restante do artigo. Lucas me perdeu na primeira frase.
Voegelin afirmou uma vez que se existe uma verdade no mundo contemporâneo é que o Estado sempre aumenta seu poder, nunca diminui. A crise econômica é o pretexto que os políticos precisavam para aumentar o poder do Estado.
Sob aplausos do que serão esmagados.
Vale a imagem que Orwell fazia em 1984 sobre o Estado: uma bota esmagando um rosto humano…