Santa ingenuidade…

Editorial da Folha:

Uma “détente” entre a Casa Branca e o regime dos aiatolás, que acumulam 30 anos de ruptura e hostilidade, seria um acontecimento capaz de desarmar espíritos ao longo do chamado grande Oriente Médio. O Irã incentiva e patrocina grupos e milícias fundamentalistas que fustigam Israel -caso dos xiitas do Hizbollah, no Líbano, e do Hamas nos territórios palestinos.
Uma distensão entre Irã e EUA também ajudaria a consolidar a transição política no Iraque, de maioria xiita como o Irã.
A normalização das relações entre Washington e Teerã depende sobretudo de como as duas partes vão lidar com o tema do programa nuclear iraniano. O Irã, signatário do Tratado de Não-Proliferação, sustenta seu direito de desenvolver um projeto para fins pacíficos.

Comento:

  1. O espírito do Irã não está armado por conta dos Estados Unidos, é exatamente o contrário. Quando a imprensa entenderá que o oriente não vive de reagir ao ocidente? O que os muçulmanos compreenderam, e muito bem, é que a secularização havia começado a penetrar em sua sociedade. Esta é a verdadeira guerra do islã. A guerra contra os valores ocidentais, ou melhor, contra a falta de valores do novo mundo civilizado.
  2. Seria cômico… se não houvessem tantos morrendo. Fustigar? O editorial acerta ao relacionar o Irã com o terrorismo, mas quando diz que o hamas apenas fustiga Israel é uma falta de vergonha tremenda. Tudo em nome de uma falta isenção, de um equilíbrio que evita que o jornal condene o terrorismo. Entre a democracia e o terror, a Folha prefere ficar no meio.
  3. Fins pacíficos? A folha poderia explicar por que um país montado sobre petróleo precisa tão urgentemente desenvolver um programa de energia nuclear. Principalmente se levarmos em conta que trata-se de uma nação não industrializada, com poucas necessidades energéticas.

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