A desição do TRT é absurda

Até onde eu sei, posso estar enganado, pelo menos oficialmente, o Brasil está inserido no livre mercado. Este livre mercado significa inclusive a lei de oferta e procura nas relações de trabalho. As empresas representam a demanda por trabalhadores, os trabalhadores ofertam seu trabalho. A partir do salário mínimo, ambas as partes negociam livremente o salário e as condições.

Durante o período de expansão da EMBRAER, a empresa contratou para fazer face ao mercado aquecido de aviões comerciais. Muitos foram beneficiados não só com bons salários mas com empregos. Quando uma empresa está em expansão, conquistando mercado, todos são beneficiados. Seus donos (os acionistas), seu empregados e compradores.

Infelizmente a crise atingiu o setor e as encomendas caíram por tempo indeterminado. A empresas tomou a decisão que cabe em uma perspectiva dessas, demitiu funcionários. É ruim perder o emprego? Claro que é. Do mesmo modo que é bom conseguir um quando a economia está crescendo. São leis do mercado, as únicas que garantem eficiência econômica.

Quanto a justiça se mete onde não deve, tornando ainda mais difícil a demissão ela acaba por prejudicar os trabalhadores em geral. Tanto a EMBRAER, quanto qualquer outra empresa, ficam ainda mais cuidadosas na hora de contratar. Quando se torna mais difícil demitir, também torna mais difícil contratar. Gostem ou não, esta é uma realidade. O excesso de proteção ao trabalhador torna sua vida a longo prazo bem mais difícil.

Legislações trabalhistas excessivamente protecionistas como a brasileira torna o tempo de desemprego bem maior. Legislações mais flexíveis pode tornar o desemprego mais frequente, mas o tempo de desemprego é bem menor. Qualquer sinal de recuperação já coloca as empresas contratando, coisa que não acontece com uma legislação como a nossa.

A empresa e os trabalhadores são entes privados e fizeram um acordo através de um cartório. Existe na legislação brasileira previsto a demissão sem justa causa. O TRT deve se preocupar menos em assumir a defesa de um setor e mais em cumprir a lei.

Quando juízes querem mostrar justiça ao invés de serem justos a segurança jurídica começa a ser ameaçada; justamente por quem deveria estar defendendo-a.

Lula conseguiu unir… a Itália!

Finalmente o governo brasileiro fez alguma coisa para unir a sociedade ao invés de dividi-la! Só que na Itália.

Simplesmente todos os deputados italianos, da direita para a esquerda, repudiaram o refúgio concedido pelo Brasil ao criminoso Cesare Battisti. Nem os comunistas italianos querem saber do bandido.

Enquanto isso, Suplicy se empenha em ser seu porta voz. Tem gente que acredita ainda que nosso senador seja uma espécie de “petista light”.

Tá bom.

Daqui não passarás!

Ainda sob efeito da entrevista de Jarbas Vasconcelos, eis que o PMDB já está novamente nos noticiários, desta vez pela disputa do fundo Real Grandeza de Furnas.

Uma pista para entender a confusão é o controle que o PT tem, desde antes de assumir o governo, dos fundos de pensão via sindicatos e FAT. É o maior eixo de apoio econômico ao petismo e não vai mudar mesmo se vier a perder em 2010.

Para conseguir a sustentação política para atropelar os adversários no Congresso __ alguém lembra do PT denunciando o centrão na constituinte? Ou o rolo compressor do governo FHC? __ o partido tratou de comprar o PMDB com ministérios e verbas. Só que havia uma linha bem nítida: os fundos de pensão. Como Gandalf diante dos Orcs, o petismo disse aos prostitutos: daqui não passarás!

Mas o PMDB tem tentado e sejamos sinceros, tem feito por merecer! O voto do partido, e a atuação dos líderes do partido, tem sido fundamental para garantir que as medidas provisórias __ forma de legislar da República das Bananas __ sejam aprovadas sem contestação.

Com a aproximação das eleições de 2010, a pressão do PMDB só vai aumentar. A legenda está apenas começando seu leilão.

Um pouco sobre a crise financeira

Desde que a bolha imobiliária estourou e a crise financeira tornou-se evidente, evitei de tirar conclusões e assumi minha total ignorância. O que não quer dizer que tenha me refugiado nela, muito pelo contrário. Comecei a ler sobre o assunto, nas mais variadas fontes.

Ficou evidente neste processo, que me faltava uma base de conhecimentos econômicos para entender bem o que estava se passando. Por isso comecei a ler livros de introdução à economia. Estou no meu terceiro, este bem mais completo do que os outros dois. Trata-se de “Introdução à Economia”, de Mankiw. O livro tem mais de 800 páginas, estou na 250. Pretendo terminá-lo até o meio do ano.

Não vou me tornar um economista em três livros, mas pelo menos começo a tomar consciência de minha própria ignorância, o que é sempre o primeiro passo para a compreensão da realidade. Como dizia Sócrates, só sei que nada sei.

Durante este tempo tenho lido, sempre que possível, artigos sobre a crise financeira. Os economistas e analistas discordam sobre as causas e efeitos; muitas hipóteses surgiram para explicar o que aconteceu. Na maioria das vezes, estas hipóteses são colocadas como certezas, parece que todo mundo sabe o que está acontecendo com o mundo.

Os comunistas dizem que é o fim do capitalismo. A sede de lucro está na raiz de todo o problema, é o sistema se auto destruindo como previa Marx, embora com um certo atraso. Para eles a solução é a de sempre. Acabar com o lucro e a propriedade privada, estatizar a economia. Só o planejamento centralizado seria capaz de deixar o mundo livre das crises econômicas e financeiras.

Os sociais democratas, liberais americanos e outras versão “lights” do socialismo, acreditam que o problema está no neo-liberalismo. Eles estão convictos que a economia estava funcionando totalmente livre, sem a presença do estado, e aí estaria o problema. Banqueiros passaram a emprestar dinheiro irresponsavelmente criando uma bolha que agora estourou, fruto também da busca pelo lucro. Durante a bonança, os banqueiros lucraram sozinhos, agora eles querem o socorro do estado. Eles defendem a estatização de parte da economia e uma regulação mais dura com a finalidade de diminuir as margens de lucro e aproximar o mundo econômico do mundo financeiro.

Eles também criticam a sociedade de consumo. Os amaricanos teriam entrado em uma febre consumista sem precedentes e a capacidade de continuar comprando teria acabado, pois a fonte de recursos do sistema financeiro finalmente secou. A busca por lucros combinado com o consumismo teria provocado uma bolha especulativa que finalmente teria explodido na cara de todos.

Os economistas liberais conservadores argumentam no sentido oposto. Seria o excesso de regulamentação do estado que teria provocado a crise. Quando o estado intervém no mercado, gera desequilíbrios na lei da oferta e demanda, colocando a economia em perigo. Eles negam que o mercado estivessem trabalhando desregulado. Lembra que as empresas americanas que estavam no epicentro da bolha imobiliária eram fortemente controladas pelo governo americano que as levaram a emprestar dinheiro para pessoas sem capacidade de pagamento em uma espécie de política afirmativa aplicada à economia.

De maneira geral eles defendem que o governo corte impostos e reduza custos. Mais dinheiro nas mãos das pessoas significaria mais consumo e aquecimento da economia. São contra o pacote de Obama que teria o efeito de prolongar a crise causando uma depressão, mais ou menos como dizem que aconteceu na Grande Depressão da década de 30. Defendem também uma menor interferência do governo no mercado.

O misterioso Spengler, do Asian Times, defende que o problema está relacionado com a redução do número de filhos na população americana. Sem filhos, ou com apenas um, a geração do pós guerra teria investido no mercado imobiliário como forma de guardar suas economias para o futuro, já que não teria quem cuidasse deles na velhice. A valorização dos imóveis teria sido um grande atrativo para este fim, e a bolha imobiliária teria encontrado nos americanos em via de aposentadoria o combustível para seu crescimento.

Spengler defende que famílias constituídas, com vários filhos, gastam ao invés de investir. Este gasto mantém a economia funcionando dentro das leis de mercado. Além de cortar impostos, o governo deveria tomar medidas para incentivar a constituição das famílias como maiores reduções no imposto de renda por dependentes, subsídio para hipotecas de famílias com filhos e mesmo a revisão da lei do Aborto.

Bento XVI, em 1985, já apontava que o sistema financeiro entraria em colapso em função da degeneração moral da sociedade. Argumentava que o capitalismo precisava de uma base ética para funcionar, a partir do momento que esta base ruisse a economia caminharia junto. Segundo ele, as leis econômicas garantem a eficiência do mercado, mas são incapazes de garantir o que seria melhor para a sociedade. A dissociação da ética da economia através da secularização crescente das sociedades ocidentais deveria ser combatida, a economia precisaria desta base de valores para funcionar.

Este é um resumo das várias explicações para a crise financeira mundial. Algumas são bastante conflitantes, outras nem tanto. A busca da verdade é muitas vezes difícil, mas deixar de procurá-la torna o homem um prisioneiro das opiniões dos outros, um homem massa. Tenho estudado e observado para tentar chegar nas minhas próprias conclusões, tentar entender o mundo real e não ficar preso ao que temos na cabeça. Só a verdade liberta.

Falta de valores

Um dileto amigo uma vez me questionou porque eu não passava à ação. Ele defende que no processo de avanço do socialismo no Brasil, não há outra possibilidade que não seja enfrentar o inimigo, que não seja assumir uma atitude de enfrentamento. Ele possui um blog e mobiliza blogueiros dentro deste espírito, de combater o mal que se instala no Brasil dentro dos planos do Foro de São Paulo.

Ele sempre argumentou que só chegamos a este ponto porque somos uma sociedade de covardes, que não reagem à violação que estamos submetidos todos os dias neste país. Acredito que tenha toda razão, a passividade da sociedade brasileira permite o avanço das forças que pretendem submetê-la. Mais do que isso, aceitam esse destino de bom grado. Desde que tenham pão e circo.

Lendo o livro de Benda1, compreendi que nem todos devem ser homens de ação, nem todos devem procurar a aplicação prática de suas idéias. Existem aqueles que devem procurar a verdade. E neste grupo que pretendo, dentro de minhas imensas limitações, procurar abrigo. Eu não quero ter razão, eu quero procurar a razão. Aliás, gostaria que a maioria das idéias que tenho hoje fossem falsas, seria bem melhor para meus filhos e para a própria humanidade. Minha angústia é que cada pequeno acontecimento deste mundo de imperfeições mostra que posso estar certo em minhas suposições.

Isso não quer dizer buscar a tal isenção, ou o equilíbrio entre diversas opiniões. Deploro este tipo de atitude. Não acho que deva existir, por exemplo, um meio termo entre marxismo e capitalismo ou entre totalitarismo e democracia. Quanto mais eu reflito e estudo, mas me convenço que o socialismo é um gigantesco erro e que nosso futuro estará comprometido em função de uma socialização da humanidade, um processo bem maior do que o Foro de São Paulo.

A grande batalha que vejo sendo disputada no tabuleiro mundial é a conquista da alma humana. O homem convenceu-se que é seu dever reformar o próximo e ensiná-lo o que pensar; que o indivíduo deve se submeter ao bem da coletividade que cada vez mais estaria refletido no Estado moderno e na chamada sociedade organizada. Um movimento de capturação de mentes em um projeto nacional que evolui rapidamente para blocos de países e futuramente em um tão sonhado governo mundial. Uma sociedade em que o homem perderia um de seus direitos fundamentais: o direito de errar.

É a comprovação que minhas idéias estão certas a minha maior fonte de angústia. Queria sinceramente que estivesse errado. Por isso busco a verdade, quem sabe ela me mostrará que tudo o que está acontecendo no mundo resultará em uma humanidade melhor? Estou empenhado em trocar muitas de minhas certezas por dúvidas. As exclamações por interrogações. Tudo pode ser questionado, já ensinava Sócrates. Quer dizer que duvido de tudo? Não. Algumas certezas carrego comigo, fundamentais para compreender meu próprio pensamento. São elas:

1. Deus existe, é soberanamente justo e bom. Toda a vida na Terra tem um propósito na ordem da criação.

2. Jesus Cristo foi o modelo do homem na terra. Ele veio para nos ensinar como proceder, para guiar nossos atos.

3. O homem é livre. Não existe um determinismo de nenhuma espécie, histórico ou religioso, que determine com antecedência as decisões dos homens. No momento que faz a sua escolha, faz na posse de seu livre arbítreo, e por ele será cobrado.

4. A vida não termina com a morte. Nossa vida aqui é passageira e com uma finalidade principal: nos reformarmos. O homem está na terra para evoluir, para se depurar, para se tornar melhor.

5. Atentar contra a vida humana é um crime, em todas as formas. Mesmo que esta vida for a própria, ou principalmente se esta vida for a própria. Não cabe ao homem decidir até quando vai viver ou tirar a vida do próximo. O homem é um fim em si mesmo, não meio para atingir determinados fins.

Dentro destas premissas, procuro organizar meu pensamento e buscar a sabedoria, buscar a verdade. O que retorno à questão da razão prática.

Não creio ser meu papel convencer o próximo que estou certo e ele errado, até porque não tenho esta convicção. Mas posso sim expor o que acredito e o que duvido. O que ele vai fazer com minhas considerações não me pertence, está além de minha pessoa. Inclusive o direito que qualquer um tem de ignorar completamente o que seu semelhante pensa.

Quando vejo a situação do mundo, fico cada vez mais convencido que o Giovane Reale2 está certo em seu insight. A raiz dos problemas do mundo está na deturpação completa dos valores, no niilismo que a sociedade moderna abraçou. Isto nos afetas em todos os campos, na religião, política,ciências, filosofia e até mesmo na economia, como apontou Bento XVI3. O homem moderno afasta-se de Deus cada vez mais, por isso os problemas da humanidade só tendem a piorar. Enquanto não nos convencermos que fizemos a aposta errada, no homem, não teremos uma verdadeira evolução humana.

A cada dia a humanidade investe contra o divino. O paradoxo maior é que ao mesmo tempo que coloca o homem com centro da existência, torna a vida mais insignificante. Umas das coisas que constato neste mundo de horrores é a completa desvalorização da vida humana, o combate incessante ao milagre da vida.

Basta ler os jornais, assistir a televisão. A vida humana vale cada vez menos. O aborto se tornou um método contraceptivo e uma afirmação de um direito. A sexualidade transformou-se em um imenso jogo sem regras e um mercado bilionário. Os homens passaram a decidir quando uma pessoa deve continuar vivendo e quando deve “descansar em paz” ou “abreviar o sofrimento”. O homem aceitou até ter sua vida transmitida pela televisão como se fosse um animal em um zoológico, e é. Queremos até criar a vida humana e decidir como o ser humano deve ser, uma versão politicamente correta da eugenia nazista.

O ocidente transforma-se em uma imensa sociedade sem valores e é esta constatação que enfurece os fundamentalistas islâmicos. Eles não combatem os valores do ocidente, eles combate a falta de valores que penetra em sua sociedade. O islamismo se tornou uma radical chande do homem de preservar e denfender valores, por isso talvez se espalhe no mundo com tanta rapidez.

Voltando ao meu amigo, depois de todo este desvio. Eu não posso lutar ao seu lado contra o comunismo pois não vejo no comunismo o verdadeiro inimigo. O inimigo está na alma humana que se afasta de Deus e se torna cada vez mais niilista. É nesse vácuo que se forma em nossa alma que as ideologias totalitárias avançam, que seduzem. O homem tem necessidade de Deus. Ele está morto. Seu lugar está sendo ocupado por diversas forma de intolerância e assim continuará até que o homem entenda que deve se guiar por valores morais profundos. Quando isto acontecer, não restará espaço para o mal.

O socialismo avança no Brasil não por causa da covardia de nosso povo, mas de sua falta de valores verdadeios. O brasileiro não cultua sua própria liberdade, seu direito de errar ou acertar. Quer que alguém decida por ele. Não quer impor limites ao seu próprio comportamento, quer que alguém imponha ou, melhor ainda, que ninguém imponha. É por afastar-se de Deus que estamos nos afundando. Tivesse o brasileiro crença em valores absolutos como a vedade, a justiça e a razão, não estaríamos sendo governado por seres tão amorais.

A minha torcida, portanto, não é pela derrota do comunismo. É pela salvação de nossas almas. Nada é mais eficaz contra o totalitarismo do que os valores universais tão bem defendidos pelos gregos na antiguidade e por Jesus Cristo. É quando nos afastamos deles que abrimos nossos corações para o mal. O comunismo não é a origem do mal, é sua conseqüência.

O homem semeia sua própria iniquidade.


1: A Traição dos Intelectuais
2: O Saber dos Antigos
3: Economia de Mercado e Ética

Sobre jornalismo

O bom jornalista pegaria a entrevista de Jarbas Vasconcelos na Veja e a usaria como ponto de partida para mostrar até onde o senador tem razão.

O mau jornalista cruza os braços e diz que o senador tem que apresentar provas.

Coincidentemente é o mesmo que afirma o governo e o PMDB.

Lembro de outra entrevista, de um irmão do presidente. Alguém pediu provas a ele? Ou foram atrás destas evidências?

Não é que de lá para cá o jornalismo brasileiro tenha caído tanto. É apenas uma questão de interesse. Collor era um deles, precisava ser derrubado. Lula e seus aliados não! O PMDB está com o governo e tem a máquina na mão, inclusive financiando boa parte da imprensa brasileira. Jornalista no Brasil, em geral, gosta de duas coisas: uma boquinha e convicção ideológica.

Uma ideologia que afasta o homem da verdade.

Se tratanto de imprensa, o estrago é considerável.

Começou

Celso Amorim já começou o processo. Disse ontem que a decisão venezuelana é um exemplo de democracia, de respeito à decisão popular. Claro que não fala que o apoio se resumiu a pouco mais de um terço dos eleitores. O que aconteceu domingo é uma ampliação de reuniões sindicais em que uma reunião com minoria aprova uma resolução qualquer. Os imbecis argumentam que se o povo não queria, bastava comparecer e votar contra.

Como se um trabalhador pudesse comparecer a uma renião de sindicato e expor livremente uma crítica! Acham que a perseguição política que acontece na venezuela com expulsão de jornalistas, fechamento de emissoras de tv, a perseguição a funcionários públicos que não façam campanhas chavistas não impedem o eleitor de dizer “não”.

Nada disso é anti-democrático para Celso Amorim e o governo do PT. Lembrou novamente da ex-primeiro ministra inglesa para defender o fim da re-eleição. O que Amorim esquece de dizer é que um primeiro ministro tem um contrato de risco, pode ficar 10 anos no cargo ou pode ficar alguns meses, e mesmo assim é chefe do governo, não chefe de estado. É bom lembrar que o brasileiro rejeitou o parlamentarismo todas as vezes que foi consultado. Não gosta que limitem o poder de seus monarcas.

Podem anotar: o plebiscito chavista é apenas o início. A liberdade ainda vai sofrer muito na América Latina.

Vai se espalhar

Não se iludam, não era apenas o destino da Venezuela que estava em jogo, mais uma vez, ontem. O fim do limite de re-eleições vai se espalhar pelo continente; nem mesmo os americanos estão livres.

Outro dia o New York Times publicou um editorial pedindo o fim do limite para os prefeitos. A democracia se perde assim, aos poucos. Vencido o princípio, tudo fica mais fácil. A liberdade se perde sem sentir, uma etapa por vez.

Chávez provou que a insistência faz parte da estratégia. Em 2007, perdeu por pouco. Com um pouco mais de organização, é possível tentar novamente. Por organização, entende-se pressão sobre o eleitor, com ameaças e tudo.

Não vai demorar muito para outro país da América Latina começar a se animar com o assunto. Caiu a primeira peça do dominó.