Começa 2009

“O Governo brasileiro deplora a incursão militar terrestre israelense na Faixa de Gaza, que tende a agravar ainda mais o conflito israelo-palestino.” Reiterando declarações anteriores em que conclama ambas as partes a se absterem de atos de violência, o Governo brasileiro apóia os esforços, inclusive no Conselho de Segurança da ONU, por um cessar-fogo imediato, de modo a permitir a pronta retomada do processo de paz.

Assim começamos 2009. De um lado temos um governo democrático que luta há meio século pelo seu direito de existir; direito que foi legitimado pelo holocausto. De outro, um grupo de fanáticos terroristas, que usurpou o poder à força e mantém seu povo na miséria para usá-lo como instrumento de pressão. Um caso  que se a comunidade internacional tivesse um lado, só poderia ser o do combate sem tréguas ao terrorismo islâmico.

Leio que pela Europa aparecem protestos, todos contra Israel. Quando o Hamas disparava foguetes sobre cidades israelenses, com vítimas, ninguém se pronunciava. Na cabeça de muitos, o combate dos terroristas é legítimo, como foi legítimo o ataque de 11 de setembro. A culpa é sempre das vítimas do terror. Não sei bem porque, mas existe todo um romsuicidebomberantismo em torno de homens barbudos com explosivos amarrados na cintura. Atribuem ao islamismo extremado alguma idéia libertadora e redentora em torno dos pecados do ocidente. Não percebem que os pecados do ocidente estão intimamente ligados aos princípios que impulsionam a loucura de querer reformar a humanidade em torno de um ideal redentor, de impor ao homem como deve viver. O islamismo radical nada mais é do que mais uma forma de coletivismo, de submissão da individualidade.

O papel do Brasil nesta crise é mais uma vergonha para a diplomacia brasileira. Uma coleção fantástica para apenas 6 anos de lulismo. Neste período:

  • condenamos o governo da Colômbia por combater um grupo narco-terrorista que há décadas trás o horror ao povo colombiano.
  • aceitamos que uma empresa brasileira fosse tratada como bandidos e roubada por um aprendiz de ditador na Bolívia.
  • Fizemos a mesma coisa no Equador.
  • Saldamos Hugo Chávez como exemplo de democrata
  • Solicitamos que a OEA peça desculpas a mais velha ditadura existente no mundo.
  • Reconhecemos a China como economia de mercado e um país democrático.
  • Lamentamos o resgate da mais importante refém das FARCs

E agora tratamos Israel como agressor e defendemos que negocie, em condições de igualdade, com um partido que usa o terrorismo como forma de atuação política. E sem exigir que abandone esta opção.

O mundo perdeu a noção da realidade. Mais uma vez afirmo: estamos no maior período das trevas da história da humanidade. E muita água ainda vai rolar.

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