Direto no ponto

Reinaldo Azevedo, para variar, vai direto no ponto. Ao comentar a caracterização que o petismo, e parte da mídia, faz do DEM indaga:

Afinal, qual é o problema do DEM?

– O partido foi pego extorquindo bicheiro?


– O partido promoveu o mensalão?

– O partido foi pego com dólares na cueca?

– O partido foi flagrado com uma mala de dinheiro tentando comprar um dossiê falso para fraudar uma eleição?

– O partido usou a Casa Civil para montar um dossiê contra adversários políticos?

– O partido promoveu a quebra ilegal do sigilo de um pobre caseiro?

– O partido mantinha em Brasília uma casa de prazeres & negócios, onde São Jorge costuma ser exibido de ponta-cabeça?

– O partido tem algum figurão cujo filho recebeu R$ 10 milhões de uma empresa concessionária de serviço público, de que o BNDES é sócio?

– O partido recebeu dólares de Cuba?

– O partido recebeu recursos das Farc?

– O partido deu a Petrobras de presente para um índio de araque?

– O partido endossa os regimes de força da Bolívia, da Venezuela e do Equador?

– O partido mudou uma lei só para beneficiar uma empresa gigante da telefonia?

– O partido tentou instaurar a censura no país?

– O partido puxa o saco de tudo quanto é ditadura no mundo?

– O partido deu emprego para a mulher de um narcoterrorista?

– O partido apóia uma organização narcoterrorita enquanto trata a pontapés o país que os terroristas ameaçam?

Vergonha!

Não há outra palavra para descrever a atitude de Marta Suplicy em insinuar na propaganda eleitoral que o seu adversário é gay. Tudo para tentar crescer entre os evangélicos.

Esta senhora criou-se politicamente como um dos líderes do movimento progressista no Brasil. Criou sua fama como sexóloga, como defensora de minorias. Na hora do desespero mostra sua verdadeira face: não teve o menor pudor em tentar usar o preconceito para tentar ganhar votos. No fundo mostra que ela sim é uma preconceituosa. Por isso não acredito na maioria dos progressistas, no íntimo não acreditam no que pregam.

Trata-se de uma das maiores baixarias de uma campanha política no Brasil e mostra a verdadeira natureza de Marta Suplicy e de seu partido.

O mais interessante é escutar o silêncio da Folha de São Paulo. Seus jornalistas devem estar sem entender nada, mas não éramos a favor dos direitos dos homossexuais?

Semana passada assisti o filme Promessas de Um Cara de Pau (Swinging vote). Por um erro no sistema as eleições americanas ficam na dependência de um único voto. Os dois candidatos ficam diante de um eleitor real e não um genérico. Precisam do voto dele para vencer as eleições. Em determinado momento, o personagem de Kevin Kostner, o eleitor, afirma que é contra os imigrantes. O candidato democrata, meio atônito, é colocado diante das câmaras defendendo o maior rigor da polícia de fronteira e retratando os mexicanos de forma pejorativa.

Ele pergunta a seu marqueteiro: mas não somos a favor dos imigrantes?

E o que acontece com Marta Suplicy. Talvez tenha até perguntado: mas não defendemos direitos especiais para homossexuais? O marqueteiro explica que sim, mas que precisam de alguma forma destruir a candidatura de Kassab. Na dúvida mostra Maquiavel. Ela se convence e manda brasa, afinal o moderno príncipe precisa triunfar.

Não aposto muito neste diálogo. Aposto mais é que ela não teve o menor escrúpulo. Se tivesse já teria saído do PT há muito tempo.


Em tempo: procurei na Folha algo sobre o assunto. Encontrei uma reportagem cujo título é algo como Kassab recomenda atenção por parte de Marta. Simplesmente nojento. Se fosse o contrário, a manchete seria Marta recomenda atenção a Kassab? Ou seria Kassab mostra homofobia em programa de tv? Por que o PT possui prerrogativas que são vedados a qualquer outro partido? Por que a imprensa o coloca como um paladino de moralidade depois de todos os escândalos?

O bolsa-terrorista

Globo:

O falecido ex-governador Leonel Brizola, duas vezes candidato a presidente da República, será declarado hoje oficialmente anistiado político em sessão da Comissão de Anistia. O pedido foi protocolado, em Brasília, por Marília Guilhermina Martins Pinheiro, companheira de Brizola, que viveu com ele uma união estável de 11 anos. Guilhermina quer ainda que os 15 anos que Brizola viveu no exílio sejam contados como tempo de serviço para efeitos previdenciários.

Comento:

O estado não fabrica dinheiro, pelo menos não deve. Somos nós, os infelizes contribuintes, que pagamos a conta da escolha pessoal de algumas pessoas. Estas algumas pessoas originaram 60 mil processos. É um absurdo. Com muita boa vontade tivemos 424 comunistas mortos, a maioria de armas na mão. Como podemos ter 60 mil processos? Essa brincadeira já é responsável por quase 30 milhões de reais por mês. Podemos não ter saúde, educação, saneamento, mas temos a bolsa-ditadura.

Este senhor foi um dos maiores agitadores da bagunça que originou a deposição de Jango. Recebeu dinheiro de Fidel para organizar uma guerrilha, ao que consta deu golpe no ditador e ficou com boa parte da grana. Foi três vezes governador do Rio, destruiu o Estado. É um dos heróis fabricados pela esquerda brasileira.

O fim da picada

Reproduzido no Blog do Amorim, originalmente da revista Isto É, ou Isto Era, como sacou bem o blogueiro.

Após dois anos de convivência, chegou o grande dia do casal. Não havia traje branco, juiz de paz, padre ou dama de honra. A festa era de descasamento, anunciava o convite.

A advogada Samantha Andreotti, 32 anos, e seu ex-marido André comemoraram o divórcio no apartamento do casal, com direito a música, bebidas, quitutes e presença de muitos dos amigos que estiveram na festa de casamento.

A novidade, que faz sucesso nos Estados Unidos, onde existe até uma empresa especializada em minicaixões para alianças, começa a conquistar os (ex)casais brasileiros.

Comento:

Esta bobagem monumental só poderia sair dos Estados Unidos, onde anos de progressismo sistemático só poderia gerar esta tamanha inversão de valores. Não é por acaso que os americanos estão bem perto de cometer a bobagem monumental, e perigosa, de eleger uma anti-americano para presidente do seu país.

Comemorar o fim de um casamento? Deveriam ter vergonha na cara. Até aceito que no extremo das tentativas um casamento termine, principalmente quando o respeito mútuo foi às favas. Mas o que deveria restar é uma frustração por não terem concluído um juramento que duas pessoas, por livre e espontânea vontade, fizeram na presença das pessoas mais queridas. Até um padre? Afrontam até a fé? Deveriam ter vergonha!

O casamento é algo muito sério. É onde começa uma família. Naquele momento os noivos juram, não promete, juram!, duas coisas importantíssimas: o amor eterno e o amor exclusivo. Quando duas pessoas decidem separar-se é porque não possuem nenhuma das duas coisas, neste caso o casamento fracassou. Elas fracassaram em manter seus votos.

Não se iludam. Esta insensatez só tem um objetivo: desmoralizar ainda mais a noção de família. Os progressistas tem esta fixação doentia de querer destruir a célula máter de uma sociedade, a nossa maior contribuição para a vida neste mundo. Estão brincando com algo muito sério e pagarão por isso. Debochar do casamento é debochar de Deus. É debochar de si mesmo.

O jogo perigoso de Eduardo Paes

Cuidado Paes! Não se aproxime demais do lulismo, não acredite que esta aproximação lhe trará dividendos; não é assim que a coisa está funcionando.

Veja São Paulo. Lula investiu todo seu prestígio pessoal na cidade que é o berço de seu partido e da sua própria vida política. Já está sendo convencido que a derrota é inevitável, que o melhor é se afastar para não perder junto com sua candidata.

Onde esteve mais presente viu a derrota. A imprensa está perdida, não consegue entender como o candidato mais popular da história não consegue impulsionar seus candidatos. Aconteceu no nordeste também, como atestou a briga pela prefeitura de Natal. No desespero, os jornalistas embarcaram na tese da vitória da base do governo e tentam colocar os votos do PMDB __ o grande vencedor das eleições deste ano __ na conta do lulismo. Não cola. Fernando Gabeira, por exemplo, é de um partido da base. Nem por isso o presidente quer vê-lo na prefeitura. Aceitou até dar as mãos a Paes, um outro que não queria de jeito nenhum, para impedir a vitória do verde.

Eduardo Paes é um político que tem um futuro promissor, que tem um bom patrimônio adquirido pelo trabalho correto que fez na CPI do mensalão. O maior risco que corre não é ser derrotado, é manchar o trabalho realizado e passar para história como mais um seduzido pela flauta lulista.

Afaste-se da tentação candidato! É melhor a derrota com honra do que a vitória desonrosa, ou pior, a derrota sem honra.

Silêncio na caserna

Quando um Tenente foi preso pela morte de três marginais em uma favela do Rio no inexplicável projeto cimento social do senador Crivela o Exército se distanciou o máximo que pode do militar. A estratégia era de tentar evitar a relação da instituição com o Tenente, tentanto caracterizar o ato como individual.

Não funcionou. O Tenente é um militar e estava a serviço naquela noite. Querendo ou não, era um dos seus. A imagem que ficou dentro da instituição era que o jovem fora abandonado por seus chefes e levou ao questionamento natural: e se fosse eu? Quer dizer que não teria o amparo da instituição em minha defesa?

O Coronel Ustra foi condenado pela justiça por tortura durante o regime militar. A única prova levantada foi o próprio testemunho dos acusadores. O Ministro Tarso Genro está alardeando que trata-se de um momento histórico e pode ser mesmo.

Onde está a palavra do Exército? Não vai defender um dos seus? O Coronel Ustra cumpriu rigorosamente com seu dever durante toda sua carreira e aposentou-se com todas as honras militares previstas. Onde está a palavra da Força em defesa do militar? Vai novamente passar a imagem que diante de qualquer complicação com a justiça se afasta e lava as mãos?

Uma das desgraças que se seguiu ao fim do regime militar foi que o Exército aceitou passivamente o papel de algoz e se escondeu em um casulo. É incapaz de defender seu papel durante os vinte anos que o comunismo foi impedido de se instalar por aqui. Foi construída uma idéia de que o Exército não pode se manifestar sobre temas nacionais, que deve observar calado o que acontece na sociedade.

Está apanhando impiedosamente e seu silêncio acaba por passar a imagem que tem vergonha de tudo que fez pelo país. Onde estão as vozes dos Generais? De que têm medo? Da crítica dos jornalistas vermelhos? De serem afastados de suas funções? As primeiras certamente virão, mas o presidente já demonstrou que não tem condições políticas de afastar um general por conta de suas opiniões.

Comandantes! Olhem com carinho para o espírito que ainda reside em muitos militares pelo Brasil a fora. Não deixem este espírito morrer; não os convençam que realmente o Exército foi o vilão de 64! Defendam o Tenente. Defendam o Coronel Ustra.

Entendam que o Coronel Ustra é mais do que uma pessoa, é um símbolo! Um símbolo de tudo que o Exército fez de bom para o país em 20 anos que esteva a frente da nação. Cometeu erros? Sim. Não há liderança que não os tenha cometido. O importante é que se pautou por princípios elevados, por valores corretos.

É isso que o Exército deveria estar dizendo para a sociedade. Lembre-se que em sua maioria, os brasileiros confiam em suas forças armadas. Não escolham a desonra do silêncio covarde. Não violem os próprios princípios que são a base da instituição que juraram defender.

Refletindo sobre a democracia

Quando o Congresso Nacional impediu que o presidente Collor concluísse seu mandato diante da evidência de corrupção em seu governo, a democracia brasileira saiu fortalecida. Havíamos concluído um processo contra o presidente da república sem que o país entrasse em uma crise institucional e sem ameaças de golpe.

Em 2005 o Brasil conheceu a essência do governo Lula. Compra de votos de parlamentares com dinheiro público era apenas a face mais vistosa. Tinha de tudo, corrupção, uso do estado para atender ao partido, farra entre ministros e empresários, abuso de poder. Nunca tantas evidências de corrupção de um governo surgira em tão curto espaço de tempo.

Naquele momento a democracia brasileira teve um senhor teste. Poderia um presidente ser deposto legalmente por crime de irresponsabilidade sem o apoio expressivo da sociedade? Lula tinha índices de popularidades bem abaixo do atual, mas mesmo assim bem acima de Collor em 1992. Poderia ter recebido o impeachment?

Falhamos miseravelmente no teste. A oposição foi incapaz de formular o pedido, a questão não chegou nem ao plenário do Congresso. Na democracia brasileira, as leis não eram soberanas. Criou-se a tese que um presidente poderia fraudar as leis, desde que não perdesse o apoio popular. Isso não é democracia.

Em 1972 Nixon foi re-eleito presidente dos Estados Unidos com uma votação arrasadora. McGovern, o queridinho da mídia liberal, conseguiu míseros 17 votos no Colégio Eleitoral. Não conseguiu vencer nem nos liberais estados da Califórnia e Nova Iorque.

Dois anos depois renunciou durante um processo de impeachment. Nixon ainda era um presidente popular e não havia evidências que perderia o mandato. Hoje a historigrafica americana começa a colocá-lo sob uma nova perspectiva; talvez tenha agido com um estadista ao optar por não levar seu país a uma divisão quando o inimigo soviético ainda era ameaçador.

O próprio presidente Clinton, também popular, enfrentou um processo. Ao contrário de Nixon foi até o final e conseguiu concluir seu mandato. O país ficou literalmente dividido e essa foi a herança que Bush recebeu. Além de um ataque devastador de terroristas islâmicos.

Nos dois exemplos americanos a democracia foi testada e aprovada. Pode-se discordar de uma ou de outra atitude dos presidentes; não do processo legal. Em qualquer um dos casos o presidente, a despeito de sua popularidade, não se colocou acima das leis.

No Brasil percebe-se hoje que Collor só perdeu seu mandato pela trapalhada de sua equipe econômica que falhou miseravelmente no cobate à inflação. A economia tem um peso enorme sobre a popularidade de um presidente e Collor pagou o preço. Tivesse popularidade, teria concluído seu governo.

No caso de Lula a democracia brasileira mostrou sua imensa fragilidade. Diante das evidências gigantescas de corrupção o presidente valeu-se dos índices de popularidade, e depois dos votos, para manter-se no poder. As leis foram solapadas.

Tudo isso é muito ruim porque vai consolidando no pensamento das pessoas que a democracia não é um bom modelo, o que abre a porta para os monstros morais. A falha dos políticos em defender os princípios legais em 2005 ainda pode resultar em males ainda maiores do que deixar a nação ser saqueada por um partido bandido. Podemos acabar ainda menos democráticos, em um regime próximo de gente com Hugo Chávez, uma semi-ditadura com roupagem democrática.

Calma!

Marcos Varélio foi preso pela Polícia Federal.

Pergunto: qual PF? A do Lacerda? A do Corrêa? Uma outra? Qual PF? A do Protógenes?

Infelizmente não dou mais crédito às ações espetaculosas da Polícia Federal. Via de regra está a serviço de algum interesse. Para quem terá alugado seus quadros agora?

Notícias

Globo:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu retaliar o Equador por expulsar a construtora brasileira Odebrecht do país. O Ministério das Relações Exteriores anunciou que o Brasil decidiu adiar – sem previsão de retomada das negociações – o envio de uma missão chefiada pelo ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, que discutiria um projeto vultoso de ligação entre o porto equatoriano de Manta, no Oceano Pacífico, e Manaus, possibilitando a criação de um corredor interoceânico. O vice-presidente da Odebrecht para América Latina e Angola, Luiz Mameri, disse que, embora não tenha sido informada formalmente, a empresa respeitará a decisão do Equador de expulsá-la e assumir suas obras no país:

– Obviamente que respeitaremos qualquer decisão do governo equatoriano. Podemos não concordar, mas respeitaremos.

Comento:

Ora, vejam só. É só aparecer um prenúncio de crise econômica que o governo resolve de uma hora de outra se fingir de macho. Não se enganem. Enquanto Lula for presidente e nossas relações internacionais forem comandadas por Celso Amorim e o Sargento Garcia os amigos poderão tudo.

Já deve estar tudo combinado. Por baixo dos panos sairá ajuda para o Equador. Um Proer dos companheiros. Não tivesse a crise estourado a petralhada do governo estaria falando em grupo de estudo para estudar o problema, o quem traduzido significa “já era”.

Globo:

BRASÍLIA. O Ministério do Meio Ambiente anuncia hoje uma lista de 90 pessoas e empresas que serão processadas na Justiça Federal por desmatamento ilegal da Amazônia. As ações vão cobrar multas e exigir recuperação de áreas em que o Ibama flagrou a derrubada ilegal de árvores. Já os assentamentos do Incra, que lideram o ranking dos desmatadores, terão as multas convertidas em serviços ecológicos.

Comento:

Mais surreal do que isso é difícil. Órgão do governo multando órgão do governo como se o dinheiro fosse deles. Não é. É nosso. Serviços ecológicos, o INCRA? Se são órgãos do governo quem deve ser responsabilizado é o governo. A denúncia é do próprio Ministro do Meio Ambiente. Cabe ao chefe do governo __ o nunca tão adorado __ tomar uma atitude. Ou desautoriza o Ministro e o coloca para fora ou chama as favas o Ministro da Reforma Agrária, seja lá o nome que tem esta nulidade.

Mas esta pauta não interessa à imprensa isenta que nós temos.

Globo:

A Coréia do Norte proibiu ontem a entrada de monitores da ONU em seu complexo nuclear de Yongbyon, num passo significativo contra o acordo de desmantelamento de seu programa atômico. No mesmo dia um jornal sul-coreano informou que o vizinho do norte instalara mais de dez mísseis na costa oeste para o que parece ser um iminente lançamento.

As duas ações, potencialmente desestabilizadoras, ocorrem em meio a rumores de que os Estados Unidos teriam oferecido retirar o país da lista de nações terroristas, num esforço para que o pacto nuclear não fracassasse.

Comento:

Não se preocupem. Com Obama na presidência teremos a conversa como solução.
__ Sr. Ditador. Não gostaríamos que continuasse com suas armas nucleares.
__ Claro, claro! Pode deixar, estamos desarmando nossos mísseis. Aceita um café?
__ Obrigado. Como eu estava dizendo, não é o por mal não, mas sabe como é, são tantas pressões…
__ Eu sei, não me diga. Você não sabe o trabalho que dar disputar eleições durante décadas e ganhar todas com 99% de votos.
__ Por isso estou aqui, para resolvermos tudo com uma boa conversa.
__ Mas claro, é o que eu sempre quis! Aquele bruto que tinha antes não entende isso!
__ Então vai desarmar seus mísseis?
__ Meu caro amigo, amigo do peito, considere as ogivas desarmadas!
E Obama é recebido em festa pelos americanos e pelo mundo. Changeeeee! Um novo jeito de resolver as crises internacionais. Alguns ainda falam de um tal de chamberlain… mas isso é velharia. E tinha o inglês de charuto que disse uma vez: “Entre a desonra e a guerra ele preferiu a desonra. E terá a guerra“.

O que importa tudo isso? Changeee!!!

Globo:

SÃO PAULO. O coronel da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra, chefe do DOI-Codi de 1970 a 1974, foi declarado torturador pela Justiça em uma decisão inédita no país. O juiz Gustavo Santini Teodoro, da 23ª Vara Cível do Estado de São Paulo, deu ganho de causa à família de Maria Amélia de Almeida Teles, a Amelinha, militante de esquerda presa e torturada com o marido, Cesar, os filhos pequenos e a irmã, Criméia, no prédio da Operação Bandeirantes em dezembro de 1972.

A família Teles ingressou em 2005 com uma ação civil declaratória na Justiça exigindo apenas uma coisa: que o coronel reformado fosse reconhecido como torturador. O processo é o mesmo de uma ação indenizatória, mas não é pedido nenhum centavo de reparação por danos materiais ou morais. Também não tem efeito penal, já que é um processo cível e a Lei da Anistia não permite punições nesse sentido.

– Fechou uma porta do passado e abriu outra, a do começo do fim da impunidade. Quem sabe seja o fim disso, não é? Ficamos satisfeitos – disse Criméia Alice Schmidt de Almeida, que integrava a Guerrilha do Araguaia e foi presa e torturada quando estava grávida de sete meses.

Comento:

A imprensa gosta de repetir, como se fosse uma prova de virtude, que a ação é apenas declarativa. Que não tem efeito penal, que não afronta a lei de anistia. Mas o que diz a ex-guerrilheira que pegou em armas para instalar uma ditadura comunista no Brasil e hoje uma simpática velhinha? Que abriu-se uma porta, uma porta para o fim da impunidade. Não se iludam, querem sim o fim da anistia.

Eu aceito! Vamos processar quem torturou, com todo o direito de defesa que a lei possibilita. E os seqüestradores, até o ministro. E os guerrilheiros. Os assaltantes de banco. Até mesmo esta simpática senhora que não estava no Araguaia passeando. Soldados também morreram lá, habitantes locais foram executados pela guerrilha por passar informações ao Exército.

Ah, sim. Conheci recentemente o Coronel Ustra. Mais importante ainda, conheço gente que o conhece bem. Não acredito que tenha torturado ninguém; para seu desfortúnio tornou-se um símbolo para uma luta que pretende transformar heróis em vilões e vilões em heróis. E já conseguiram.