Não tem nada a ver?

Ah, Mirian Leitão!

Em seu comentário hoje sobre o debate de ontem entre McCain e Obama foi taxativa.

O republicano teria apelado ao relacionar Obama com um terrorista. Segundo ela: “não tem nada a ver”.

É isso aí. Eleger um presidente com ligações com terroristas não tem nada a ver. Pior que tem muita gente que pensa nisso mesmo.

Estamos feitos.

Sei não

Faz tempo que não comento sobre as eleições nos Estados Unidos, a mais importate de todas.

Tenho acompanhado diariamente a evolução do quadro através das pesquisas no Real Clear Politics e vendo a vantagem de Obama crescer a cada dia. Não ligo para estas pesquisas gerais, o que importa é a votação em cada estado.

Parece que diante do caos econômico, que está se mostrando cada vez mais mundial, está levando os eleitores a eleger o candidato democrata. Sabe-se que é muito difícil a oposição perder em um cenário de recessão.

McCain ainda tem chances? Acredito que sim. Faltam três semanas para as eleições; muita coisa pode acontecer. Apesar da vantagem a fatura ainda não está liquidada.

Nos últimos dias comecei a ler aqui e acolá que existe um efeito que pode prejudicar Obama. Muitos eleitores estariam mentindo nas pesquisas. Na hora da votação deixariam de votar em Obama por este ser negro.

No fundo é mais uma vez a mídia dando uma mãozinha para seu protegido. É a mesma coisa de dizer: votem Obama e provem que não são racistas. Como se não houvesse razões suficientes para deixar de votar no democrata por suas idéias, seu passado e seu presente.

Em tempos tão difíceis e com enorme risco para o mundo ocidental pelo desenvolvimento nuclear iraniano, eleger um anti-americano, com ligações com o terrorismo é um erro monumental. O pior é que todos pagaremos por isso.

Os Estados Unidos são o último farol da América. A América Latina foi tomada pelas mais variadas formas de socialismo populista, o Canadá vive isolado, no seu bem-estar social aguardando que o vizinho do sul, sob a liderança de Obama, mergulhe também na cinecura da justiça social. Colômbia e Peru pouco resistirão sem o apoio americano, assim como o Chile que já tem uma presidente socialista. O México está tão integrado à economia americana que desabaria junto.

Eleger um homem não testado, sem passado político nenhum, baseado apenas em proselitismo, na maior economia do mundo é erro. Espero que o tempo não venha a revelar isso e que na hora do voto os americanos elejam McCain. Para o bem de todos nós.

Mais um para acertar as contas com o capeta

uol:

O suposto número dois da rede terrorista Al Qaeda no Iraque, identificado como Abu Qaswarah, morreu durante uma operação das tropas da coalizão multinacional em Mossul, informou nesta quarta-feira o Exército dos Estados Unidos.

O comando militar americano afirmou em uma nota que Abu Qaswarah, também conhecido como Abu Sara, morreu em 5 de outubro durante uma operação na qual também perderam a vida outros quatro supostos terroristas.

Tentativa patética de defender Marta

Os jornalistas brasileiros são uma comédia. Diante da baixaria que Marta Suplicy promoveu correram em seu socorro. Não a defenderam, pelo menos diretamente. São mais espertos. Muito mais.

Condenam a atitude da candidata, alguns com termos até veementes. Mas concedem a ela direitos que existem apenas para os companheiros. Lembram sua biografia, seu passado progressista e clamam: Marta! Para com isso! Tira o comercial. Alguns até recomendam: peça desculpas.

São uns tratantes. Quando Kassab perdeu a cabeça com um provocador chamando-o de vagabundo foi um Deus nos acuda. Escorraçaram com o prefeito. Não vi em nenhum lugar um chamado para que pedisse desculpas ou algo parecido. Ele não é um petralha. Ele não tem esse direito.

É uma impostura. Como se o passado da Sra. Suplicy fosse assim tão altivo. Para começo de conversa é uma petralha de carteirinha. Como prefeita e ministra foi aquele desastre que São Paulo bem conhece a ponto de reprová-la em 2004. Sem contar o famoso, e não suficientemente lembrado, relaxa e goza.

Lembro Tomás de Aquino. Do bem não nasce o mal e vice versa. Existe uma relação de natureza ente causa e efeito. Atos de baixaria são próprios de pessoas que fazem baixarias. Não foi um ato falho de Marta Suplicy, longe disso. Foi uma estratégia de campanha para desestabilizar seu adversário no dia do debate. Os fins justificam os meios.

Isto é Marta Suplicy. Isto é o PT. Isto é a esquerda.

Projeto correto

uol:

O Senado aprovou nesta terça-feira dois projetos de lei relacionados a um meio cada vez mais comum de pagamento usado pelo consumidor: o cartão de crédito. Um deles determina que o comerciante pode cobrar valores diferentes para compras pagas à vista ou com cartão e o outro proíbe o envio a clientes de cartão de crédito não solicitado.

Comento:

O cartão de crédito traz um custo para o vendedor. Além do valor do aluguel da máquina uma porcentagem de cada venda fica com a administradora. É claro que existe um benefício, o aumento das vendas.

O problema é que nem sempre o lojista tem margem de lucro suficiente para descontar os custos do cartão e compensar a perda com um maior número de unidades vendidas. O normal é que quem paga a vista acaba subsidiando quem paga no cartão, o que configura uma intervenção indevida do poder público no mercado.

Isso não significa que o preço será necessariamente maior. O grande lojista, que tem como compensar a diminuição na margem de lucro para um aumento nas vendas vai manter um preço que o torne conpetitivo no mercado. Já os vendedores que não possuem esta margem poderão fazer o correto: cobrar mais de quem usa os cartões evitando dividir com todos o custo de uso.

Ah, mas tem gente que vai se aproveitar. Mesmo tendo margem vai cobrar mais caro. Sim, mas cabe ao livre mercado através da concorrência regular estes preços. Achar que governos podem fazer isso melhor do que quem lida diariamente com os custos destas operações é uma ilusão.

Enfim uma lei que vai em favor do livre mercado. Aleluia!

Indecoroso!

Globo:

Integrantes da cúpula da campanha petista em São Paulo disseram que a inserção será retirada do ar. O motivo, no entanto, não é a polêmica, mas o fato de a propaganda já ter surtido o efeito desejado.

– Era para ficar só dois dias no ar. A idéia era desestabilizar o Kassab no debate (da TV Bandeirantes), e tivemos sucesso. Ele ficou perdido nos dois primeiros blocos – disse ao GLOBO um dos coordenadores da campanha.

Comento:

Acho que não fica mais nenhuma dúvida, não é? Este é o partido que enganou durante anos seus eleitores pretendendo ser algum paladino da ética. Agora recorrem a Collor dizendo que só fizeram o que o ex-presidente fez em 1989, como se isso os absolvessem.

Para quem passou anos defendendo a ética na política e terminar se justificando com Collor é uma queda e tanto, não é?

Mais engraçado ainda é ver Marta acusando Kassab de malufista. Nas últimas eleições, no segundo turno, ela aliou-se a… Paulo Maluf! Pior, seu partido é aliado nacional do partido do ex-prefeito… se Maluf é tão condenável assim porque o presidente não rompe com ele?

Observem os aliados do atual governo, de Maluf a Collor, de Calheiros a Sarney, de Esperidião Amin até Quércia. O PT acabou abraçado a tudo que fingiu combater, a tudo que jurou não ser.

A face do partido está exposta e quando Lula for passado restará apenas o legado de corrupção, amoralidade, preconceito, falta de ética. Tem de tudo quanto é crime associdado ao partido.

É a face da mentira.

Lobão elogia militares

Globo:

SÃO PAULO – O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, elogiou a política de desenvolvimento econômico adotada pelo regime militar, que vigorou entre 1964 e 1985. “Era um regime de exceção autoritário, com constituição democrata e que realizava eleições regularmente. Foi o momento em que o Brasil encontrou o seu futuro, sua vocação para o desenvolvimento”, afirmou o ministro, que participou hoje do 9º Encontro de Negócios de Energia, promovido pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), na capital paulista.

Lobão afirmou que o período do ex-presidente Getúlio Vargas foi muito mais duro, no que se refere a ditadura, do que o regime militar. Em diversos momento de sua apresentação, o ministro fez elogios para membros do governo militar, como os ex-presidentes Humberto de Alencar Castello Branco e Ernesto Geisel. “O acordo de Itaipu foi uma genialidade diplomática. Isso não foi feito por nenhum diplomata, e sim pelo general Juracyr Guimarães”, disse o ministro.

Comento:

Lobão acerta em algumas coisas e erra em outras, mas reconhece algo muito importante: a contribuição dos governos militares para a modernização do país o desenvolvimento econômico. Chegamos a ser a quinta economia do mundo no período, mesmo com todos os problemas.

Lembra também que em termos de liberdades individuais a ditadura Vargas foi muito mais dura. E de fato foi.

Minha discordância de Lobão vai em suas referências. Em uma está corretíssimo, Castelo foi realmente um grande presidente. Em um período muito curto acabou com a bagunça que havia se tornado o governo Jango e afastou a tentação socialista, não foi pouco.

Pergunto-me se algum dia se reconhecerá as virtudes do maior presidente de todos, talvez até da república brasileira. Trata-se do presidente Médici.

Seu governo conseguiu colocar o Brasil em um ritmo de crescimento nunca visto. Foi a época de pleno emprego, de escolhas corretas para o país. Era sim, o milagre brasileiro. Ao contrário do popular de hoje, era aplaudido quando entrava no Maracanã para ver um jogo, mesmo depois de ter deixado o governo. Com um detalhe importante: não se tornou milionário na presidência, nem NINGUÉM de sua família.

Quanto a Geisel, infelizmente apostou em duas escolhas erradas. A primeira foi o estatismo. Não é à toa que é uma das referências da petralhada, Geisel era partidário do grande estado que abraça a todos.

A segunda foi sua política externa dúbia de afastamento dos Estados Unidos e de aproximação com alguns países socialistas. A abertura que preparou resultou quase que em um reconhecimento de culpa dos militares e deixou frutos, como a indústria de indenizações, que perduram até hoje.

Não Lobão, Geisel não é a referência. Essa pessoa é Médici. Este foi o grande nome da Revolução Democrática de 1964, a que tirou um país da anarquia, da tentação comunista e devolveu um país pacificado e democrático.

Bem notado

Amorim, o que presta, não aquela coisa que costumava falar na Globo, lembrou muito bem:

Kassab é um vitorioso. Faz uma excelente administração em São Paulo, tem mais de 60 por cento de aprovação dos paulistanos e recebeu apenas pauladas dos jornalistas durante toda a sua administração.

Resumo a ópera: o jornalismo paulista está completamente desmoralizado e vai perdendo a sua credibilidade. As exceções se contam nos dedos.

O papel da imprensa paulista, especialmente a Folha, é digna de estudo. Malhou o prefeito do início ao fim de seus dois anos de mandato. A despeito disso, Kassab termina o mandato com 60% de aprovação, o que se tratando de um prefeitura como São Paulo é quase inacreditável.

Detalhe: sem nenhuma política populista. Não se encontra uma linha de luta de classes, de justiça social, de remissão dos oprimidos em nenhum de seus discursos e é isso que revolta os jornalistas. Kassab ofereceu apenas uma coisa para a cidade: trabalho sério.

Por isso está na frente de Marta Suplicy. Por isto ela perdeu tão vergonhosamente a linha. Por isso ela deixou escapar sua verdadeira natureza.

Asquerosos

Nota da campanha de Marta:

A campanha de Marta repudia veementemente as insinuações que alguns veículos têm feito a respeito do comercial levado ao ar no domingo (13/10). A equipe de marketing, ao perguntar sobre o estado civil do candidato Gilberto Kassab, em meio a uma série de outros questionamentos, apenas defendeu o legítimo direito do eleitor conhecer, em todos os aspectos possíveis, a história de quem se apresenta para governar a maior cidade do país.

Comento:

Este é o retrato de Marta Suplicy. Uma máscara que cai. Vejam que a afirmação não contradiz a baixaria que fez, afinal defende que se deva conhecer o candidato em todos os aspectos possíveis, inclusive se é homossexual ou não.

Na verdade, Marta quis ser mais esperta do que é. Lançou a coisa no ar para que o eleitor chegasse a própria conclusão e ela não fosse responsabilizada pelo preconceito.

São todos asquerosos. São todos nojentos.