Muito cuidado!

Globo:

SÃO PAULO. A União assumiu a defesa dos coronéis da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir dos Santos Maciel, alvos de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) pela tortura de presos políticos e a morte de pelo menos 64 deles entre 1970 e 1976, período em que comandaram o Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI/Codi) do Exército.

Na prática, segundo fontes do Ministério Público, significa que o governo optou pela defesa dos acusados, quando poderia se manter neutro ou até mesmo se posicionar a favor das punições. Agora a União também é ré na ação.

Comento:

A União está atrasada, muito atrasada. O Coronel Ustra já tem uma condenação para recorrer, processos já caminham há algum tempo. Onde esteve neste tempo todo? É bom lembrar que vários ministros do atual governo deram aval e pediram em público a condenação dos militares. Até hoje não foram desautorizados pelo presidente da república.

Agora que a União admite defender os militares, como vai ficar Tarso Genro? Vai continuar pedindo a revisão da lei de anistia? E a secretaria de direitos humanos? Vai continuar investindo contra Ustra?

É bom que os acusados analisem bem este oferecimento de defesa. Em se tratando de um governo petista é bom sempre esperar o pior. A chance de estar errada é quase nula.

O que o Cel Ustra deseja, e merece, é o apoio do Exército Brasileiro. Não se trata aqui de pedir que seus comandantes afronte a lei ou a democracia, mas que se manifestem em solidariedade para um militar que passou para a reserva com todas as honras previstas. Que possui uma medalha do pacificador com palma, o que significa que arriscou sua vida no cumprimento do dever.

Ao se omitir, ao negar qualquer palavra em defesa de Ustra, o comando da Força passa a imagem que na hora que mais precisa, abandona o subordinado. Que o indivíduo não é importante; isto é fatal para uma instituição militar. O soldado tem que ter a confiança em seus superiores para poder cumprir suas missões.

Que o Exército aproveite a oportunidade, em que a própria União colocou-se como réu no processo, e coloque-se de público em defesa do Cel Ustra. É a oportunidade de contraditar a grande mentira que se construiu no Brasil.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *