Do ex-blog de César Maia:
Eduardo Paes quer que a prefeitura passe a pagar passagens que, hoje, são de graça por determinação da lei. “O que nós vamos trabalhar é para ter um modelo que tenha viabilidade econômica, e que isso não signifique um aumento de preço para o passageiro. É uma equação. Por exemplo, a prefeitura pode começar a pagar a conta de algumas gratuidades, que não paga hoje. Isso, hoje, está embutido no custo da passagem que o passageiro paga”, explicou Paes.
Comento:
Paes está completamente certo nessa! Que um político, com chances de ganhar, defende uma posição dessas é louvável! A gratuitidade transfere aos outros passageiros o custo da viagem dos que são privilegiados pela lei. Se a sociedade acha importante que estudantes e idosos não paguem sua passagem, os custos devem ser divididos por todos, não apenas por quem usa o serviço de transporte. Na prática, a medida serve para encarecer as passagens.
Não se institui uma gratuidade por decreto, toda a passagem tem um custo. Existem duas possibilidades. Ou a prefeitura paga a passagem dos beneficiados e com isso distribui os custos para todos os contribuintes ou se mantém o que se faz hoje, distribuindo o custo para quem paga a passagem normalmente.
Acho a primeira opção mais coerente e mais clara, pois passa a existir um controle maior sobre a concessão da gratuidade pelo poder público. Isso se a sociedade decidir que esta gratuidade deve realmente existir ou se deve atender todo o público que atende hoje.
Falta agora a coragem para defender a meia-entrada nos cinemas e casas de espetáculos. E enfrentar a imensa gritaria dos privilegiados, principalmente da UNE que se veria sem seu capilé milionário.
Maia condena Paes pela proposta e chama de escândalo. O prefeito está recorrendo ao populismo rasteiro para detonar Paes. Não precisa disso, basta mostrar a incoerência da aliança com o lulismo. Lula é o suficiente para derrubar o candidato do PMDB.