Infelizmente os tempos de bonança acabaram e a grande verdade é que o atual governo limitou-se a surfar nas ondas do crescimento mundial e aproveitar os inexpressivos aumento do PIB para aumentar seus gastos sociais. Foram anos que os países que fizeram seu dever de casa aproveitaram para investir em infra-estrutura. São estes que terão condições melhores para superar os próximos anos pois construíram condições para que a economia crescesse por suas próprias pernas.
O Brasil fingiu que estava fazendo alguma coisa com o PAC, que na verdade limitou-se a inaugurações de promessas de obra pelo presidente da república. O grosso das despesas do governo foram na direção dos gastos sociais e despesas de custeio. Em outras palavras, o aumento do tamanho do estado.
Agora já se fala em reestatização de instituições financeiras; um retrocesso. Em tempos de apertar os cintos, o elefante estatal quer aumentar de tamanho. O governo já sabe que terá que cortar gastos, o problema é decidir onde.
A margem de manobra dos investimentos é muito pequena, porque são poucos. Restam custeio e gastos sociais, a maioria destes garantidos na constituição. Agora vão fazer falta as reformas necessárias. Não ha como fechar a conta, o estado precisa começar a caber dentro do PIB.
0s sinais ainda são imcompreensíveis para a população. Todo este papo de liquidez, variação do dóllar, queda da bolsa de valores; tudo parece muito distante. Não vai demorar muito para os efeitos aparecerem na ponta da linha. Ainda mais se vier uma recessão.
É um fim de um ciclo econômico onde o mercado financeiro tornou-se bem maior do que a economia real. Esta diferença financiou o crescimento econômico no mundo todo. Alguns aproveitaram melhor do que outros. Estes últimos soferão mais e o Brasil é um deles.