Lobão elogia militares

Globo:

SÃO PAULO – O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, elogiou a política de desenvolvimento econômico adotada pelo regime militar, que vigorou entre 1964 e 1985. “Era um regime de exceção autoritário, com constituição democrata e que realizava eleições regularmente. Foi o momento em que o Brasil encontrou o seu futuro, sua vocação para o desenvolvimento”, afirmou o ministro, que participou hoje do 9º Encontro de Negócios de Energia, promovido pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), na capital paulista.

Lobão afirmou que o período do ex-presidente Getúlio Vargas foi muito mais duro, no que se refere a ditadura, do que o regime militar. Em diversos momento de sua apresentação, o ministro fez elogios para membros do governo militar, como os ex-presidentes Humberto de Alencar Castello Branco e Ernesto Geisel. “O acordo de Itaipu foi uma genialidade diplomática. Isso não foi feito por nenhum diplomata, e sim pelo general Juracyr Guimarães”, disse o ministro.

Comento:

Lobão acerta em algumas coisas e erra em outras, mas reconhece algo muito importante: a contribuição dos governos militares para a modernização do país o desenvolvimento econômico. Chegamos a ser a quinta economia do mundo no período, mesmo com todos os problemas.

Lembra também que em termos de liberdades individuais a ditadura Vargas foi muito mais dura. E de fato foi.

Minha discordância de Lobão vai em suas referências. Em uma está corretíssimo, Castelo foi realmente um grande presidente. Em um período muito curto acabou com a bagunça que havia se tornado o governo Jango e afastou a tentação socialista, não foi pouco.

Pergunto-me se algum dia se reconhecerá as virtudes do maior presidente de todos, talvez até da república brasileira. Trata-se do presidente Médici.

Seu governo conseguiu colocar o Brasil em um ritmo de crescimento nunca visto. Foi a época de pleno emprego, de escolhas corretas para o país. Era sim, o milagre brasileiro. Ao contrário do popular de hoje, era aplaudido quando entrava no Maracanã para ver um jogo, mesmo depois de ter deixado o governo. Com um detalhe importante: não se tornou milionário na presidência, nem NINGUÉM de sua família.

Quanto a Geisel, infelizmente apostou em duas escolhas erradas. A primeira foi o estatismo. Não é à toa que é uma das referências da petralhada, Geisel era partidário do grande estado que abraça a todos.

A segunda foi sua política externa dúbia de afastamento dos Estados Unidos e de aproximação com alguns países socialistas. A abertura que preparou resultou quase que em um reconhecimento de culpa dos militares e deixou frutos, como a indústria de indenizações, que perduram até hoje.

Não Lobão, Geisel não é a referência. Essa pessoa é Médici. Este foi o grande nome da Revolução Democrática de 1964, a que tirou um país da anarquia, da tentação comunista e devolveu um país pacificado e democrático.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *