A aprovação de Kassab

Não deve ser muito fácil um prefeito de uma metrópole conseguir 61% de aprovação em seu governo, como é o caso de Gilberto Kassab em São Paulo. Principalmente conseguindo este feito sem recorrer a medidas populistas que comprometem financeiramente o futuro da cidade. Marta, por exemplo, terminou seu governo com a prefeitura quebrada e a cidade lotada de obas inacabadas.

Kassab teve contra si a total má vontade da mídia progressista paulista, especialmente a Folha de São Paulo. Seu maior pecado é ser do DEM, apelidado, carinhosamente, como demo pela grande mídia. Deve ter muito jornalista queimando suas poucas células cinzentas, como dizia Poirot1, para achar algum trocadilho que associe PT com o bem e criar a oposição que desejam.

A aprovação do prefeito chegou ao patamar de Lula, o que é ainda mais surpreendente. Um, Kassab, rema contra a mídia sempre a tratá-lo com extrema dureza; outro, o apedeuta, recebe o carinho e afago da mesma mídia que é chamada de golpista ou mesmo de conservadora para mantê-la sempre isenta. Isenta em seu esquerdismo petista, que fique bem claro.

O fato concreto é que a população de São Paulo associou enfim a obra a seu autor, o que se reflete nas intenções de voto. A insistência de Alckmin em concorrer contra um prefeito que faz um excelente trabalho, parte de um governo de seu próprio partido, só impediu que Kassab liquidasse a fatura no primeiro turno como venho dizendo desde janeiro.

Mais uma vez o tucano fez um grande serviço ao petralhismo. Só que dessas vez os danos podem ser reparados, bastando que os paulistas elejam Kassab daqui a 17 dias. Até aqui parece que farão.

É bom a turma do prefeito ficar bastante alerta. Quanto mais acuados, mais perigosos se tornam os petralhas. Não se pode esperar que saiba perder que está preparado apenas para ganhar; que tenha ética que não a possui.


[1] Hercule Poirot, célebre detetive criado pela magistral escritora Agatha christie, que soube descrever os seres humanos como poucos.

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