Folha e sua torcida por Obama

A Folha de São Paulo, dos grandes jornais brasileiros, é a que mais representa a corrente progressista no Brasil. Natural, portanto, que seja não só simpática como entusiasta da candidatura de Obama nos Estados Unidos, considerando que o candidato é a expressão desta corrente de pensamento e atitudes. Acredito que seria um pouco mais honesto se o jornal assumisse publicamente sua simpatia por Obama ao invés de tentar passar uma imagem de isencismo.

Não vi o debate dos vices ontem, estou acompanhando apenas as repercussões. A mídia americana fez uma campanha contra Sarah tentando desqualificá-la como inexperiente, lebrando sempre que McCain tem uma idade avançada. Acho curioso que não faça o mesmo questionamento ao senador extreante Obama cuja experiência é de 30 anos como ongueiro. Tentam a toda hora colocar palavras na boca dela e achar significados convenientes em suas declarações.

Algumas semanas atrás um jornalista montou uma armadilha para Sarah. Perguntou se ela era a favor da entrada da Geórgia na OTAN, respondeu que sim. Perguntou então se o tratado não tinha uma cláusula de defesa mútua em caso de ataque. Novamente a candidata reconheceu que sim. Finalmente o jornalista concluiu, então os Estados Unidos teria que ir a guerra contra a Rússia! Os jornais noticiaram que Sarah defendia uma guerra contra os russos, o que não foi o que ela disse. A pergunta na verdade deveria ser: os russos invadiriam a Geórgia caso ela fosse membro da OTAN? Se a resposta for sim, então nenhum dos países membros da organização estão livres de uma intervenção russa e o problema é de toda OTAN e não só dos Estados Unidos.

Outro dia perguntaram sobre ambientalismo. Ela fez uma piada dizendo que era tão ambientalista que tinha batizado a filha com o nome de uma baía do Alaska. Pronto, era a senha. A grande mídia saiu bradando que a idéia de ambientalismo de Sarah era batizar crianças com nome de baías. Nojento.

Voltando à Folha, veja o que ela escreveu hoje:

O debate entre os dois candidatos à vice-Presidência dos Estados Unidos, a governadora republicana do Alasca, Sarah Palin, e o senador veterano Joe Biden, da chapa democrata, transcorreu sem grandes danos para ambos os lados. Palin conseguiu repetir a retórica republicana sem cometer nenhuma gafe, mas não foi páreo para a disputa contra Biden e sua experiência de 35 anos no Senado.

É possível ser mais parcial do que isso? Palin defendeu as propostas de seu partido mas o escrevinhador babando em seu obamismo diz que ela conseguiu __ reparem no verbo! __ repetir a retórica republicana. Se um jornalista escreve que um partido não tem proposta e sim retórica fica claro que ele tem um lado, ou estou errado?

O prezado escreve também que ela não cometeu nenhuma gafe, como se o natural fosse fazê-lo. Na verdade estava torcendo por isso! É curioso, pelo pouco que acompanhei do senador Biden, ele é uma gafe ambulante. Semana passada, criticando o presidente Bush (só sabem fazer isso), declarou que líder mesmo era Roosevelt que fez uma declaração pela televisão ao povo americano quando Wall Street quebrou. Pois Roosevelt não era presidente quando a bolsa quebrou, ao contrário, se beneficiou da quebra para se eleger, e nem havia televisão em 1929! Isso sim é uma gafe!

A mídia mundial já decidiu quem ganhou as eleições deste ano, a Folha é apenas uma amostra de como o progressismo tomou conta da mídia. O triste é ver que estão convencendo os americanos a abraçar ainda mais este pensamento que tanto mal tem causado aos Estados Unidos e ao mundo. Estão para eleger um presidente sem experiência, agarrado a valores invertidos, associado de terroristas, retórico até o último fio dos cabelos e que age abertamente contra o próprio país. Os americanos foram contagiados pelo anti-americanismo.

Estamos perdidos!

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