Eterna Revolução

Uma das idéias deste blog era acrescentar artigos sobre livros que influenciam este blogueiro em seu entendimento do mundo. Nem tudo aqui sai de “orelhada”, estou sempre em busca de saber um pouco mais. No momento, por exemplo, lamento não ter mais conhecimentos de economia para poder opinar com mais segurança sobre esta crise americana que ameaça se alastrar pelo mundo.

Estes artigos estariam em páginas separadas, podendo ser acessadas pelas abas no alto do blog. Até hoje havia apenas o resumo de A Rebelião das Massas de Ortega y Gasset, obra fundamental para conhecer o homem massa e seu potencial destrutivo. Agora a pouco coloquei mais um artigo, desta vez sobre um capítulo de Ortodoxia, de Chesterton. Trata de uma reflexão sobre o verdadeiro sentido de revolução e da opção pelo conservadorismo cristão como forma de obter a verdadeira revolução.

Pretendo melhorar o texto que está lá mas fica o registro central do capítulo que o pensador inglês chamou de A Eterna Revolução. Boa leitura!

Falta de caráter

Geraldo Alckmin passou dos limites e bor baixo daquela cara de bom moço vai revelando um caráter desconhecido, ou falta dele.

Quando Serra foi candidato a prefeito em 2004 coube ao então Governador de São Paulo articular o nome do vice, que deveria sair do PFL. Havia vários medalhões do partido querendo a vaga, mas o tucano escolheu o nome de Kassab. O motivo era a inexpressão deste; o mais importante era segurar Serra na prefeitura para que ele não disputasse com ele a candidatura à presidência.

Anteontem, Alckmin acusou Kassab de ter dado um “golpe” em Serra para tornar-se o candidato a vice dele à prefeitura em 2004. Segundo o tucano, que era governador de São Paulo na época, Serra quase desistiu de disputar a eleição. A afirmação caiu como bomba entre os kassabistas e o governador passou o dia ouvindo pedidos para que respondesse ao candidato tucano. À noite, ele divulgou nota em que contestou Alckmin. “A afirmação não é correta. Não houve golpe.”(Estadão)

O homem perdeu a noção do ridículo. Até as baratas de São Paulo sabem que foi Alckmin que impôs o nome de Kassab. Diante do papel ridículo que o tucano (?!) fez nas eleições de 2006 eu me pergunto qual a verdadeira natureza do “Geraldo”?

A verdadeira eficiência da Polícia Federal

Folha:

Dois anos depois do escândalo que marcou a eleição presidencial, a investigação sobre o R$ 1,7 milhão apreendido com petistas em um hotel em São Paulo está parada. Ninguém foi acusado formalmente à Justiça e a possibilidade de se descobrir a origem do dinheiro é, a cada dia, mais remota.
“É uma investigação tormentosa, difícil. E, quanto mais o tempo passa, pior”, afirma em tom pessimista o procurador da República Mario Lúcio Avelar, que acompanha o caso desde a noite de 15 de setembro de 2006, quando a Polícia Federal prendeu dois petistas com uma pilha de reais e de dólares.

Comento:

Mas não foi a Polícia Federal que prendeu os petistas? Não, foi a ação de um delegado que o fez; inclusive foi afastado da investigação. Lembro que na época o Diretor Geral reclamou de não ter sido avisado da operação. Se fosse teria autorizado? Para prender Daniel Dantas a Rede Globo foi convocada mas foi necessário um vazamento do delegado para que víssemos a foto da bufunfa.

Sou contra a PF? Não. Apenas aponto o óbvio, a instituição precisa de uma limpeza geral. Há muitos petralhas em um órgão tão importante.

Novamente o factóide do CS da ONU

O governo brasileiro comemorou nesta semana uma resolução da Assembléia Geral das Nações Unidas que fixou 28 de fevereiro de 2009 como data-limite para o início das negociações visando uma reforma do Conselho de Segurança da ONU. A decisão foi tomada por unanimidade pelos 192 países-membros na segunda e será tema do discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da 63ª reunião da Assembléia na próxima terça.

Comento:

Mais uma vez este delírio brasileiro em relação ao Conselho de Segurança da ONU. Qual foram mesmas as atuações brasileiras em favor da segurança mundial? Formou o grupo de amigos da Venezuela quando o candidato a ditador Hugo Chávez esteve a perigo no início do mandato do PT. Defendeu as FARC quando o governo colombiano dizimou a liderança de guerrilha. Deportou para Cuba dois pugilistas que desertaram durante o PAM. Orientou o Itamaraty a negar asilo para opositores de Morales na Bolívia. Deu asilo político a um terrorista que ainda atua em favor das FARC e contra o governo Uribe.

Na verdade torço para que um dia o Brasil seja aceito no conselho pois significaria a errelevância de um colegiado que só fez aumentar a insegurança do mundo ao abrigar 2 países comunistas (Rússia e China) e um cujo único propósito parece ser fazer birra com os Estados Unidos (França). Imagina o Brasil com direito a veto num foro internacional? Ficaria tudo parada enquanto o governo brasileiro monta uma comissão de estudos para decidir qualquer coisa.

O CS ao longo de sua estória foi absolutamente incapaz de impedir o genocídio comunista no terceiro mundo. Ao contrário, deu alguma legitimidade ao crime contra a humanidade que foi a descolonização da África e a infiltração marxista na América Latina.

Ao longo de décadas de existência o principal papel da ONU foi dar voz para ditaduras espalhadas ao longo do planeta. Em Tempos Modernos, Paul Jonhson escreveu:

O organismo das Nações Unidas foi fundado por 51 estados, em sua grande maioria democracias. Em 1975, contava com 144 membros, tendo a expectativa de aumentar para 165; todos, com excessão de 25, eram países totalitários ou de partido único, principalmente de esquerda. Os Estados Soviéticos, árabe-muçulmanos e africanos juntos constituíam a maioria operante. Estava assim fora de cogitação a possibilidade de qualquer posicionamento contra o terrorismo. Muito pelo contrário. Como observamos, Idi Amin, um terrorista autêntico, além de beneficiário do terrorismo, recebeu aplausos de pé, em 1975, quando defendeu o genocídio.

As pessoas colocam fé demais na ONU como solução para os problemas do mundo. Seria bom começar a pensar em quantos desses problemas tem sua origem justamente na ideologia por trás da criação da própria organização, um governo para os governos, governar.

Retrato da democracia venezuelana

Por Samy Adghirni, na Folha:
O chileno José Miguel Vivanco, 47, chefe da divisão das Américas da Human Rights Watch (HRW), estava um tanto desnorteado ao chegar na manhã de ontem no aeroporto de Guarulhos. Seu celular não funcionava -os agentes venezuelanos que o expulsaram do país confiscaram a bateria- e ele não tinha idéia de onde ir ao sair da sala de desembarque. Depois de comprar um telefone no aeroporto, ele e seu colega americano Daniel Wilkinson, 38, contataram o escritório da HRW em Washington, que organizou seu regresso aos EUA, num vôo que sairia ontem à noite. Enquanto esperavam a volta, eles passaram a tarde em um hotel do centro de Guarulhos. Vivanco relatou à Folha os detalhes de sua conturbada saída de Caracas.
FOLHA – Como foi a sua expulsão?
JOSÉ MIGUEL VIVANCO – Na quinta, fomos jantar num restaurante italiano, Daniel Wilkinson e eu. Eram cerca de 22h15 quando voltamos ao hotel. Subimos até o 14º andar, e, quando saímos do elevador, nos deparamos com uns 20 agentes diante das portas dos nossos quartos.
Uns estavam fardados com roupa militar, outros estavam à paisana, com armas à cintura. O chefe nos leu uma declaração informando que estávamos intimados a deixar o país imediatamente, sob acusação de termos insultado o governo. Argumentei que aquilo não era verdade, em vão. Tentei mandar um torpedo ao embaixador do Chile, mas um dos capangas me arrancou brutalmente o Blackberry das mãos.
O aparelho me foi devolvido sem bateria, e o do Daniel foi destruído pelos agentes. Pedi então para fazer as malas, e me disseram que os agentes já haviam entrado no quarto e empacotado nossas coisas. Nos colocaram em jipes, e fomos levados a toda velocidade até o aeroporto num comboio de motos e carros com sirene.
FOLHA – Vocês sabiam aonde iam?
VIVANCO – Perguntamos várias vezes, mas não responderam. O comboio entrou diretamente na pista, sem passar pela alfândega ou balcão de embarque, e só entendemos qual seria nosso destino depois de sermos desembarcados na frente de um avião da Varig.

Só lembrando: Lula disse uma vez que na Venezuela de Chávez existia democracia até demais…

Ditadura Militar?

19 de setembro de 2008

Por Paulo Martins, Gazeta do Paraná (*)

Está aí uma ditadura pior do que aquela que hoje insistem em apelidar de ‘ditadura militar’. Como nos dias de hoje, naquele período fui também um crítico. Não lembro de ter sido perseguido, como insistem em afirmar que era o hábito da época aqueles que, por falta de argumento para uma retórica razoável, apelam sem disfarces para o desvirtuado e corrosivo ‘ouvi dizer’.

Que ditadura era aquela que me permitia votar ? Que nunca me proibiu de tomar uma cervejinha num desses bares da vida após as vinte e três horas ? Ou num restaurante de beira de estrada ?

Que ditadura era aquela que (eu não fumo) nunca proibiu quem quer que seja de fumar ? Que ditadura era aquela que nunca usou cartão corporativo para as primeiras damas colocarem até botox no rosto ou para outros roubarem milhões de reais do povo brasileiro ?

Vi, sim, perseguições, porém contra elementos de alta periculosidade à época, como o eram os Zés Dirceus, Zé Genoino, Dilma Roussef – a Estela – Marco Aurélio Garcia, Diógenes, o assassino do Capitão Schandler, como os que colocaram bombas em lugares públicos, como aquela no aeroporto de Guararapes, cujo resultado foi a morte de gente inocente, ações de subversivos que desejavam implantar no Brasil um regime comunista, e para tal seguiam planos de formar nas selvas o que hoje, na Colômbia, chamam de FARCs.

Que ditadura era aquela que permitia que a oposição combatesse o governo, como ocorria com deputados como Ulisses Guimarães, apenas para se citar um nome?

Que ditadura era aquela que jamais sequer pensou em proibir a população de usar armas para se defender, como hoje criminosamente pretendem ?

Que ditadura era aquela que em nome da democracia, jamais admitiu invasão de propriedades e jamais sustentou bandidos com cestas básicas em acampamentos e jamais impediu a policia de agir, como a ditadura de hoje ?

Que ditadura engraçada aquela que chegou a criar até partido de oposição! Curiosa essa democracia de agora, em comparação ao que chamam de ‘ditadura militar’, ‘democracia que permite que ladrões do dinheiro público continuem ocupando cadeiras no parlamento e cargos no governo e tolera até mesmo um presidente alegar que ‘não sabia’, para fugir de sua responsabilidade para com a causa pública.

Que ditadura militar era aquela que jamais deu dinheiro de mão beijada para governantes comunistas, amigos de presidente, como ocorre com a ditadura de hoje e, contra a qual não nos permitem sequer contestação ?

Que ditadura era aquela que jamais proibiu a revelação das fuças de bandidos em foto e TV como ocorre na ‘democracia’ de hoje, numa gritante e vergonhosa proteção do meliante, agressor da sociedade ? Escuta telefônica, eis mais uma ação da ‘democracia’ de hoje e proibida à época ‘daquela ditadura militar’.

Ah…é verdade…Aquela ditadura proibia casamento de homem com homem, sexo explícito na TV alcançando crianças, proibia a pouca vergonha e não dava folga para corruptos que eram cassados quando prevaricavam, sem permitir que a sociedade fosse punida com a permanência no palco da corrupção dos delinqüentes, que hoje fazem CPIs para tapearam a sociedade e se escalam às mesmas como raposas cuidando do galinheiro.

Caetano Veloso está quieto em relação a essa ditadura que hoje aí está. Apostasia de ‘seu ideal’? À época lançou a música ‘É proibido proibir’. Hoje se cala. O que ajudou a promover, junto com Chico Buarque, Gilberto Gil e outros, está no poder. Que pelo menos altere o nome da música para os dias de hoje para: ‘É permitido proibir’. E que vá se catar.

Autonomia

Pelo que se apresenta na maioria dos jornais brasileiros a luta dos governadores a meia lua boliviana parece coisa de uns aloprados. Várias vezes foi possível ler de confronto entre os camponeses bolivianos com os governadores, como se 6 dúzia de governadores conseguissem parar uma multidão dessas. O recado da nossa mídia é que o povo boliviano está com Evo. Fosse assim a crise teria sido debelada em um instante, não?

O blog do Amorim mostra um vídeo sobre o tamanho do apoio que a automia, não confundir com separatismo, tem nos estados da meia lua.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=ffT1YkK2K_8]
E no Brasil temos um povo amorfo que assiste sem se importar os desmandos do atual governo. Sindicatos, estudantes, organizações de classe, empresários; todos comprados com o dinheiro que pagamos de impostos.

Tem hora que da vontade realmente de desistir.

Mais combustível para os lunáticos

RIO GRANDE (RS). Ao participar da solenidade de batismo da plataforma P-53, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que a descoberta de petróleo no pré-sal pode estar atraindo a atenção de potências, como os Estados Unidos. Ele disse estar preocupado com a reativação da Quarta Frota da Marinha americana, cuja área de patrulha é a América Latina e as águas do Caribe.