Fiz um exercício de pura curiosidade. Apliquei ao Brasil o modelo eleitoral americano no resultado das eleições 2006 em primeiro turno. Por que em primeiro? Porque não haveria a necessidade do segundo já que o vencedor conseguiria a maioria do colégio eleitoral. A petralhada pode ficar tranqüila, Lula ainda seria eleito com 268 cadeira contra 245 de Alckmin.
Mês: setembro 2008
Sobre democracias
Os Estados Unidos possuem uma crise sem prescedentes para resolver, é necessária uma atuação enérgica. O governo prepara um plano de ação e… envia ao Congresso! Para nós, da Banânia, é algo de incompreensível. Não é relevante? Não é urgente? Por que ele não redige uma medida provisória?
Por que lá é uma democracia. Um plano desta magnitude e importância merece toda a urgência mas não pode atrapalhar a harmonia entre os poderes. Cabe aos representantes eleitos pelo povo americano a decisão de usar ou não o plano proposto pelo governo; mais, cabe ao parlamento modificá-lo. Assim deve funcionar em um sistema democrático.
A aberração é o que acontece aqui onde existe uma excrescência chamada Medida Provisória. Seus defensores argumentam que se não fosse assim nada seria feito pois o Congresso leva séculos para aprovar um lei. Pode até levar, mas é preciso obsevar que o principal fator de lentidão do Legislativo é justamente o acúmulo de medidas provisórias na pauta. É uma situação ilógica. Como existem muitas medidas provisórias o Congresso não vota e porque não vota é preciso usar medidas provisórias.
Mas se as medidas provisórias virassem projetos de lei não ficaria tudo na mesma? Aí vem outro problema da nossa democracia, o governo quer legislar sobre tudo. Como não existe federalismo de fato, temos tudo em cima das instâncias federais. Um país das dimensões do Brasil não pode ser governado inteiramente por Brasília; talvez esteja aí o começo dos nossos males.
É fácil perceber que na maioria dos municípios brasileiros as Câmaras de Vereadores ficam às moscas. O município tem muito pouca autonomia e os estados passam o tempo discutindos matérias irrelevantes. O resultado é o acúmulo no Congresso Federal que realmente não tem como dar conta de tanta demanda.
Nossa constituição é gigantesca e toda emendada. Os códigos são inúmeros, cada um maior do que o outro. Não há poderes que dêem conta do próprio monstro que criaram. Por isso temos leis sobre tudo que se puder imaginar: tamanho de fila em banco, proibição de uso de saleiro, etc. O salário mínimo deve ser fixado por lei anualmente! São leis demais e o resultado é esta burocracia ineficiente e um estado gastador e perdulário.
Bush está negociando com o Congresso a aprovação do pacote. É assim que se faz. Aqui o presidente pega a caneta e a patuléia aplaude.
Ligar tecla SAP
A cobertura da Folha transformou-se de fato em parte da campanha Obama para ganhar votos no Brasil. Depois do anúncio do acordo das bases gerais para o pacote de saneamento do mercado financeiro ela solta o factóide que os republicanos emperraram o acordo no Congresso e esvaziaram a reunião bipartidária que tratava do assunto.
O site da Veja mostra um quadro mais real. Os pontos principais foram acertados, falta negociar os secundários, como acontece em qualquer negociação. Discute-se a linha mestra, o resto vai se acertando. A Veja lembra o óbvio, o Congresso Americano é majoritariamente democrata. Não é um grupo de parlamentares republicanos que vai impedir sua aprovação.
O acordo sairá. Para tristeza dos que querem ver o circo pegar fogo e ficar atirando pedras no capitalismo malvado.
Disputa longe do que os democratas sonhavam
O mundo ruiu sobre o governo Bush com a quebra em Wall Street. Seria de se esperar que a candidatura republicana despencasse e para desespero de Obama não é o que está acontecendo. Bush contrariou a expectativa de inação que se esperava dele e foi rápido da formulação de um plano que acalmou os mercados e tratou de jogar a bola para o Congresso.
Com o presidente na ofensiva, os democratas ficaram meio perdidos. Primeiro Obama anunciou que não iria a Washington para ajudar na aprovação do pacote; diante das críticas negativas de que estaria colocando sua campanha acima da defesa dos americanos mudou de idéia e foi. Ficou a imagem de um político indeciso, que não sabe exatamente o que fazer.
Até porque a presença que importava era justamente a de McCain por se tratar de um senador que tem trânsito dentro dos dois partidos, uma espécie de agregador no Congresso. Coisa que Obama definitivamente não é.
O democrata reverteu a subida de McCain nas pesquisas, assumiu a dianteira mas perdeu fôlego nos últimos dias devido a trapalhada na negociação do pacote. A última pesquisa Gallup coloca ambos com 46% no voto popular, o que não significa muita coisa, apenas que a disputa está dura. No Real Clear Politics, Obama tem 228 cadeiras contra 174 de McCain. O problema é que nos estados empatados o republicano lidera por estreita margem na maioria. Retirando o empate técnico o site prevê uma vitória de Obama por 273 x 265, resultado apertadíssimo.
Os democratas estão com a faca no pescoço. Se a crise amenizar os louros vão para Bush e seu pacote, com dividendos para McCain. E se piorar? O risco é a população entender que não só Obama torceu contra a economia americana como seu partido agiu para sabotar o plano de socorro. A linha é tênue e as peças estão se movimentando com muito cuidado.
O fato objetivo é que com toda a impopularidade do governo Busho, uma crise econômica sem precedentes, seu candidato ainda se mostra competitivo, com chance reais de vencer a disputa. Só isso é o suficiente para deixar o comitê Obama seriamente preocupado.
Mais um texto perfeito de Reinaldo Azevedo
Quando acabou a União Soviética, não se ouviu um único choro da Cortina de Ferro pra lá. Era impossível colher uma só lágrima de descontentamento — a não ser de uma parte do antigos aparelhos de estado que foram desmobilizados; outra se adaptou bem depressa ao novos regimes, uns mais, outros menos democráticos. Onde o fim do socialismo foi mais pranteado? Onde as carpideiras se vestiram de negro para encomendar o defunto? Onde intelectuais se declararam de luto para lastimar um mundo unipolar? Ora, no Ocidente, é claro, especialmente nas democracias. Há 17, 18 anos, não se tinha clareza ainda de uma China emergindo como potência global. E se vislumbrou, então, um mundo terrível, inteiramente entregue à hegemonia americana.
Pois bem. As carpideiras podem agora relaxar, não é mesmo? O mundo unipolar era só uma fantasia do antiamericanismo. Temos a China como a grande alavanca da economia dos países emergentes. E, mundo afora, é grande a torcida para que o regime que entronizou o terror e a tirania como método não sofra qualquer abalo. Somos todos mais ou menos dependentes daquele quase um quarto da população mundial que vive debaixo de vara.
E a Rússia está de volta ao cenário mundial, como se viu com a sua ação tão, como direi?,convincente na Geórgia. E agora vem dar em águas latino-americanas, aproveitando para fazer chicana com um bandoleiro como Hugo Chávez. Acordo nuclear para fins pacíficos? Com um doidivanas? Talvez seja mesmo a hora de os EUA elegerem um presidente havaiano. Quem sabe ele consiga manter um diálogo “construtivo” com Rússia e Venezuela, e o primeiro país decida manter a sua influência no continente, “mas só um pouquinho”, como na lábia dos antigos sedutores…
Não se cumpriu a fantasia do mundo unipolar, é evidente. O que temos aí é um mundo, com efeito, multipolar, quem sabe um quadrilátero, com EUA, Europa, Rússia e China. Um do lados é uma tirania explícita. Outro recorre a todos os instrumentos do regime democrático para solapar a democracia. A Europa, por mais que se esforce, não consegue sair da irrelevância — quem dá bola para o que pensam os europeus? Às vezes, nem os europeus… E há os EUA, que continuam, não raro, a ser objeto de ódio no próprio Ocidente.
Nunca consegui saber o que as democracias ocidentais perderiam de importante com a possibilidade do tal mundo unipolar, que provocava tantos sustos. Mas sei o que estamos ganhando com o atual multipolaridade: um Irã que continua a desenvolver o seu programa nuclear, protegido por Rússia e China; uma Venezuela que caminha para a ditadura explícita buscando ancorar-se nos russos, e, o mais grave de tudo: a aceitação tácita, também entre nós, de que a democracia é só uma das escolhas entre outros sistemas aceitáveis e eficientes. E já há quem desconfie se é mesmo a melhor escolha, agora que se sabe que economia de mercado com ditadura é bem mais fácil de ser manejada.
Seu Biu
Recebi este texto por e-mail hoje, o mesmo que Noblat publicou em seu blog hoje. Trata-se da explicação para a crise financeira americana. Os grifos são meus.
“O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça “na caderneta” aos seus leais fregueses, todos bebuns e quase todos desempregados.
Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito e o aumento da margem para compensar o risco).
O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o pindura dos pinguços como garantia.
Uns zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, PQP, TDA, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.
Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu ).
Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.
Até que alguém descobre que os bebuns da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência. E toda a cadeia sifu.”
Comento:
A estorinha é muito interessante e reflete algumas conclusões que eu já havia tirado em minha tentativa de entender a bagunça. Algumas lacunas ficam em branco, omitidas propositalmente para demonizar o capitalismo.
Vejam que seu Biu colocou no caderninho as dívidas de clientes bebuns e desempregados; o mesmo aconteceu com instituições como Freddie e Fanny que aceitaram hipotecas de gente que não tinha renda para receber este dinheiro. Por que escolheram clientes com maior risco? Por que o governo Clinton quis fazer justiça social com o sistema financeiro.
Logo depois aparece o banco aceitando a caderneta do seu Biu constitui um ativo recebível, conforme foi orientado pelo governo Clinton que estabeleceu que seguro desemprego e benefícios sociais poderiam ser aceitos como ativos.
A estorinha do seu Biu esconde a participação do governo na crise e fica parecendo que foi uma trapalhada irresponsável do mercado. Não foi bem assim, a bolha foi estimulada pelo poder político e aumentou demais. Quando estourou criou este monstro. É bom que se diga, muita gente ganhou dinheiro com ela, inclusive quem desfrutou de crédito fácil nestes últimos anos, como os países emergentes.
Agora é hora de pagar o preço.
Vergonha sinto eu Juiz!
O juiz Fausto De Sanctis da 6ª Vara Criminal de São Paulo chegou na manhã desta quinta-feira ao prédio do Tribunal Regional Federal da 3ª Região para ser ouvido por um delegado da Polícia Federal sobre grampos ilegais que poderiam ter ocorrido durante a Operação Satiagraha.
Antes de entrar, ele disse que dará entrevista sobre o caso, mas se queixou “dessa situação” – prestar depoimento – que considerou “constrangedora”.
Comento:
Constrangedor é morar em um país onde um juiz federal se mete com este tipo de coisa.
Tentando entender a crise
Nestas horas é que sinto falta de conhecimentos maiores em economia. Como a grande maioria dos brasileiros fico vendo estas notícias sobre a crise que explodiu nos Estados Unidos sem entender quase nada. Pelo menos tenho uma certeza: não vou construir meu entendimento baseado em repórteres de jornal que conhecem até menos do que eu.
Diante de um problema tão complexo comecei a tentar separar de tantas notícias juntas a opinião de gente que entende do assunto, mesmo que fossem opiniões divergentes. Do confronto destas idéias estou tentando separar o que é comum, o que é objeto de consenso e o que faz mais sentido.
Comecei então pelas tais Fannie e Freddie. As duas são tratadas pela imprensa como duas empresas privadas que emprestaram mais do que poderia mostrando que o livre mercado não funciona. Uma das coisas que já entendi é que elas não são empresas particulares pois trabalham fortemente reguladas pelo governo.
Em 1992 o Congresso americano, dominado por democratas, estimulou as duas empresas para que aceitasses hipotecas de pessoas com baixa renda mensal promovendo operações de alto risco. Pior, foi estabelecido uma política de favorecimento às minorias levando o política de reparações para o sistema financeiro.
O governo Clinton aumentou a intervenção quando um dos seus secretários, Andrew Como, investigou a Fannie por discriminação racial e propôs que 50% do valor das hipotecas fosse destinada ás pessoas com baixa ou média renda mensal, ou seja, que poderiam ter dificuldades de pagar.
Outra informação interessante foi que os bancos foram orientados a aceitar o pagamento de benefícios sociais e de desemprego como renda para efeito de concessão de hipotecas.
O mercado imobiliário está longe portanto de estar operando pelas regras do livre mercado. Com o controle do executivo e legislativo por parte dos democratas as políticas afirmativas foram levadas ao sistema financeiro resultando na farta concessão de créditos para quem não tinha condições de pagar. O resultado foi uma bolha que foi crescendo até explodir agora na cara de Bush.
Para os que defendem a regulação econômica por parte dos políticos é bom observar o que escreveu o economista João Luiz Mauad:
O mercado europeu, com sua regulamentação ultra-rígida, não escapou à crise, havendo quem estime que os problemas por lá serão ainda piores que nos EUA. Por exemplo: o passivo total do Deutsche Bank é de, aproximadamente, 2 trilhões de euros, ou quase oitenta por cento do PIB alemão. Seu fator de alavancagem é de absurdas 50. Já o passivo do inglês Barclays é de 1,3 trilhões de libras esterlinas, maior, portanto que o próprio PIB da Inglaterra (fator de alavancagem de 60!). Ou seja: mesmo em meio a severas regulamentações, os bancos europeus não escaparam de apresentar taxas de exposição ao risco ainda maiores que as das empresas americanas.
Gregory Mankiw, no primeiro ano do governo Bush, alertou que o subsídio implícito a Fannie e Freddie, aliado a concessão de hipotecas a pessoas que não deveriam recebê-las estava criando um enorme risco a todo sistema financeiro.
Ann Coulter termina seu último artigo com uma constatação:
Now, at a cost of hundreds of billions of dollars, middle-class taxpayers are going to be forced to bail out the Democrats’ two most important constituent groups: rich Wall Street bankers and welfare recipients.
Isso se o governo americano realmente chegar a socorrer o sistema financeiro, coisa que o Congresso pode atrapalhar. Deveria? Esta é uma questão que sou absolutamente incapaz de fazer. Gente como Reinaldo Azevedo diz que sim, outros como Mauad diz taxativamente que não.
As primeiras conclusões que tiro desta crise é que sua causa não é o livre mercado como querem nos convencer, existem digitais do governo americano por toda parte. Outra, igualmente importante, é que interessa aos grandes capitalistas que o estado passe a regular o sistema financeiro pois é em ambientes regulados que a elite financeira afere maiores lucros com baixo risco; no fundo eles não gostam muito da estória de serem regulados pelo mercado.
Por isso Mauad termina seu último artigo afirmando que é preciso salvar o capitalismo dos capitalistas e defendendo a não intervenção do governo.
Cita o economista Luigi Zingales, da Universidade de Chicago, que faz um alerta:
Será que queremos viver num sistema onde os lucros são privados, mas as perdas socializadas? Ou queremos vivem num sistema em que as pessoas são responsáveis por suas decisões, onde o comportamento imprudente é penalizado e o comportamento prudente premiado?
Sudão
Até revistas em quadrinhos estão narrando os absurdos que acontecem no Sudão, uma espécie de inferno na terra. Faz a limpeza ética da Bósia parecer coisa de amador.
Quando digo que a ONU é uma das principais patrocinadoras destas atrocidades não é a toa. Não lembro de uma posição firme da organização contra qualquer conflito étnico ou tribal na África, seu papel sempre foi limpar a bagunça depois do caldo ter estourado. No entanto sempre foi rápida quando havia uma potência ocidental presente, patrocinando um dos crimes contra a humanidade do século passado, a descolonização da África.
Ontem a Comissão dos Direitos Humanos da ONU recursou-se a jogar pesado com o governo de Danfur. Não adianta nem tentar colocar a culpa no poder de veto de alguns membros do Conselho de Segurança, a questão nem chegou lá. O fato é que a maioria dos países membros acha tudo normal, que o país está apenas resolvendo seus problemas internos.
Quando pensamos que grande parte dos países do globo estão sob variadas formas de ditadura e autoritarismo entendemos o por quê. O Brasil foi um dos que se recusaram a condenar o Sudão, como já se recusou a condenar Cuba. Mas o Brasil é uma democracia! Quem realmente acha isso é bom procurar outro blog para ler; podemos não ser uma ditadura, mas estamos longe de ser uma democracia.
Ah, os progressistas da União Européia também aliviaram com Danfur. Estão mais preocupados com os pobres terroristas aprisionados nas condições desumanas de Guantamo. É curioso como uma prisão para bandidos desperte mais falatório do que uma prisão maior, para toda uma nação, que existe ao redor dela. Uma prisão de que já fugiram um quarto da população. Uma prisão que o carcereiro ao invés de ser banido da humanidade tem lugar nesta organização, onde já foi até aplaudido de pé.
Como pode uma instituição dessas condenar o banditismo? O terrorismo? O totalitarismo? O genocídio?
Ela está mais preocupada em educar os seres humanos para a inversão de valores, para considerar natural o que não é, para difundir, pela força econômica se preciso, os ideais que levariam os homens à condição de cidadãos do mundo e súditos de uma ordem mudial baseado em um pode global.
E está conseguindo.
Sai Conde
Lauro Jardim:
Luiz Paulo Conde acaba de pedir demissão da presidência de Furnas, para onde foi nomeado há treze meses, depois de intensa batalha do PMDB pelo cargo. Conde enviou uma carta ao ministro Edison Lobão, na qual alega problemas de saúde para não continuar à frente da estatal. Na carta fala que tem dificuldades para se locomover.
Comento:
Ano passado escutei que não era um patriota por defender a privatização das estatais. Usei o mesmo argumento que uso agora, na prática elas já estão privatizadas. São loteadas mandato após mandato para os grupos que compõe a estrutura do poder e os que conseguem exercer pressão através do controle dos sindicatos e fundos de pensão.
Este é o modelo brasileiro e o resultado é esse serviço público de péssima qualidade pois o objetivo destas empresas é fazer caixa para partidos políticos, como viu-se no caso dos Correios. Sonho com o dia que este patrimônio sairá das mãos dos políticos e irá pra a sociedade. Sei que é um sonho mas é preciso ter esperança!