Veja nas eleições americanas

Já não esperava nada da Folha de SP na cobertura das eleições americanas, o jornal é uma espécie de NTY brasileiro com posições liberais __ uso este termo na acpeção de lá __ até a medula. A única esperança em ter uma cobertura um pouco mais isenta e menos comprometida com a obamamania seria a Veja. Afinal a revista possui uma postura correta no campo político e econômico, com a defesa da democracia e valores individuais embora sua posição em termos de comportamento sejam bem à esquerda.

Pois a revista escalou talvez seu principal baluarte do pensamento politicamente correto, André Petry. O resultado é que podemos esquecer a imprensa para acompanhar com um pouco mais de realidade as eleições nos Estados Unidos pois Petry defende em quase 100% o ideário do Partido Democrata. O resultado já está aparecendo com a tentativa de desconstruir a candidatura de Sarah Palin referida na última edição da revista como “belo rosto para aparecer na TV”.

No site da Veja de hoje aparece a seguinte chamada: “Festa Republicana perde o brilho”. Fiquei surpreso, que eu saiba McCain havia adiado a convenção de lançamento oficial de seu nome em função do furacão. Abri a notícia e deparei-me com o seguinte texto:

O Partido Republicano dos Estados Unidos abriu sua convenção nacional na segunda-feira em clima sombrio, com a chegada do furacão Gustav e o anúncio da gravidez da filha solteira da candidata a vice Sarah Palin roubando o show de John McCain.

Lendo mais a frente se descobre, quase nas entrelinhas, que McCain havia transformado a convenção apenas em pedido de ajuda humanitária, transferindo o anúncio oficial para outra data. Petry já pegou a onda dos democratas e resolver demonizar a gravidez de filha de Palin, como se vê os democratas podem ser bem moralistas quando vêem algum interesse.

A menina tem 17 anos e é solteira. Sarah agiu com a filha da mesma maneira que prega, diante da gravidez indesejada escolheu a opção que defende, a vida da criança. Mais uma vez a família de Palin dá o exemplo dos valores que defende, mostrando que seu discurso não é da boca para fora. Talvez os democratas achem um absurdo que não tivessem optado pelo aborto puro e simples, vai saber.

O fato é que com Petry à frente esqueça a cobertura da Veja, o que nos salva mesmo são alguns blogs e páginas americanas, um país onde não se censura a internet como está fazendo o TSE.

No detalhe…

A Polícia Federal vai ser usada apenas para produzir um relatório que o grampo na verdade não existiu. A nota distribuída pela instituição ontem já antecipa este desfecho, no detalhe de uma única palavra:

“Nota à sociedade

A direção-geral da Polícia Federal determinou à Superintendência Regional no Distrito Federal a instauração de inquérito para apurar supostos monitoramentos de comunicações de autoridades públicas.

A Polícia Federal informa que solicitou, ainda, o acompanhamento da investigação por membros da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência CCAI (Comissão Permanente do Congresso Nacional), bem como pelo Ministério Público Federal.

Sobre ilações a respeito da participação da Polícia Federal em atividades ilegais de escuta, a instituição esclarece que, como polícia judiciária, utiliza o instituto da interceptação telefônica como meio de investigação, com acompanhamento do Ministério Público e autorização judicial, nos termos da legislação vigente.

A tecnologia disponível e o treinamento dos efetivos são adequados à produção de provas vinculadas a inquéritos policiais passíveis de auditoria pelos órgãos de controle interno e judicial.”

Sempre que surgir em um texto sobre crime a palavra suposto pode acreditar que há um petista na origem. Simples assim.

O mesmo vale quando surge a mesma palavra em um texto jornalístico, como bem ensinou gente como Tereza Cruvinel e Franklin Martins.

Afastamento? O caso é de demissão!

O governo anunciou o afastamento da cúpula da ABIN enquanto se realiza a tal sindicância que no final chegará a conclusão que nada aconteceu. O certo seria a demissão sumária.

E a presunção da inocência? Como ficaria? Ficaria onde deve ficar, no foro judicial e não no político. Na política não basta ser honesto, deve demonstrar honestidade.

Além do mais o caso é para demissão até em caso de inocência! Se a cúpula da ABIN determinou os grampos são criminosos e devem ser processados. Se nada sabiam, o que duvido, são grandes incompetentes. Como a cúpula de um serviço de inteligência é incapaz de saber que a instituição que são responsáveis está grampeando ilegalmente membros do legislativo e executivo! São no mínimo omissos.

Mais uma vez acontece um descalabro neste governo em que ninguém sabia de nada. Vão ser cegos assim em Cuba! É a cara de um governo que tem uma figura como Tarso Genro de ministro da justiça. É a cara de um partido que não possui o menor compromisso com a civilização. É a cara de um partido que deveria ter sido banido da vida política brasileira.

Quer saber? É a cara de um país que elege e re-elege um governo destes.

O caso da menina Marcela

Só hoje fui ler o relato do Padre Luiz Carlos Lodi da Cruz sobre a vida e morte da menina Marcela. Qualquer coisa que eu comentar será insignificante perante este belíssimo texto que faço questão de reproduzir na íntegra na torcida que atinja corações, da mesma forma que atingiu o meu.

Marcela: uma estrela no céu
por Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz em 26 de agosto de 2008

Resumo: A passagem de Marcela entre nós — rindo, chorando, reagindo às luzes dos fotógrafos, percebendo claramente a aproximação da mãe — obriga os neurologistas a rever o dogma de que é impossível haver consciência sem a presença do córtex cerebral.

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No dia 1º de agosto de 2008, sexta-feira, às 22 horas, na Santa Casa de Misericórdia de Franca (SP) morreu Marcela de Jesus Ferreira, quebrando todos os recordes de sobrevivência de uma criança anencéfala. Os anencéfalos costumam ter uma breve vida extra-uterina. Segundo o Comitê Nacional de Bioética do governo italiano, “foi relatado um caso único de sobrevivência até 14 meses (8) e dois casos de sobrevivência de 7 a 10 meses, sem recorrer à respiração mecânica”[1]. Marcela, porém, nascida em Patrocínio Paulista (SP) em 20 de novembro de 2006, faleceu após 1 ano, 8 meses e 12 dias de nascida. Gordinha, com 15 kg e 72 cm, e muito risonha (famosa pelas gargalhadas que dava quando sua mãe lhe fazia cócegas), Marcela respirava normalmente, quase não dependendo do concentrador de oxigênio. No dia 18 de abril de 2007, com quase cinco meses de nascida, a menina recebeu alta da Santa Casa de Misericórdia de Patrocínio Paulista. Segundo a médica Dra. Regina Helena de Freitas Lopes, Marcela “modificou todo o hospital” onde ficou internada. “Houve maior entrosamento, maior união… Valia a pena a gente estar lutando por ela”.

Após a alta hospitalar, Marcela foi com sua mãe Cacilda Galante Ferreira morar em uma casa na cidade. A necessidade de estar perto de um lugar com assistência médica impediu-as de irem para o sítio da família, onde vive o pai de Marcela, agricultor, Sr. Dionísio Justino Ferreira, com as duas filhas do casal: Débora (19 anos) e Dirlene (16 anos). Em 20 de novembro de 2007, Marcela comemorou seu primeiro aniversário. Em 26 de março de 2008, o Diácono Fábio Costa, que a havia batizado na Santa Casa, logo após o nascimento, completou os ritos do Batismo. Foram padrinhos o prefeito e a primeira dama de Patrocínio Paulista.

A saúde de Marcela parecia muito boa até as 7 horas do dia 1º de agosto de 2008, quando ela vomitou após tomar o leite dado por sua mãe pela sonda nosogástrica. Ao perceber que sua filha ficou arroxeada e com dificuldade de respirar, Sra. Cacilda levou-a imediatamente à Santa Casa de Misericórdia de Patrocínio Paulista, onde foi feita uma radiografia que constatou pneumonia aspirativa total do lado direito. Dra. Regina Helena crê que a pneumonia tenha sido causada por aquele vômito ou por um vômito do dia anterior. Às 12h30min, Marcela sofreu uma parada cardiorrespiratória, mas recuperou-se através de massagens e de um micro-ressuscitador. A médica pediu então uma vaga na Santa Casa de Misericórdia de Franca, ao mesmo tempo em que perguntou para a mãe: “Cacilda, você está preparada?”. A resposta foi firme: “Eu sempre estive preparada. Ela é minha enquanto Deus quiser. Ela foi um anjo que Deus me deu”. Às 14h15min foi comunicada a existência de uma vaga em Franca. Marcela e Sra. Cacilda foram à Santa Casa daquela cidade, acompanhados da médica pediatra Dra. Márcia Beani. Internada na UTI daquele hospital, Marcela iria falecer às 22 horas. No dia seguinte, após um grande velório (“todo o mundo queria pegar na mãozinha dela”, diz sua mãe), o corpo de Marcela foi sepultado às 17 horas no Cemitério Municipal de Patrocínio Paulista.

Interrogada sobre a morte de sua filha, Sra. Cacilda afirma: “Triste eu fiquei. Mas chorar, eu não chorei. Eu não estou perdendo ela. Deus está vindo buscar uma coisa que é dele, a jóia rara que eu cuidei. Estou sentindo a falta dela, mas a consciência está tranqüila. Fiz a escolha certa: a vida dela”.

Segundo a mãe, “Marcela uniu mais a família… A gente fez tantos amigos… Agora ela está lá na presença de Deus, cuidando de mim, me dando forças para suportar a falta dela”. A frase que sintetiza o pensamento de Sra. Cacilda é esta: “Só tenho que agradecer”.

Peculiaridades do caso Marcela

O Brasil conhece outro caso de anencefalia em que a criança recebeu alta hospitalar: Maria Teresa, nascida em 17/12/2000, em Fortaleza (CE), recebeu alta depois de 19 dias e só veio a falecer em 29/03/2001, portanto com mais de três meses de nascida.[2]

Outro caso particularmente chocante foi o de Manuela Teixeira, de Sobradinho (DF), que teve seu aborto recomendado aos sete meses por uma promotoria de justiça do Distrito Federal. O diagnóstico era de acrania (ausência de calota craniana). Se a criança houvesse morrido ao ser expulsa, o aborto teria sido consumado. No entanto, a criança não morreu ao sair da mãe, embora essa fosse a vontade dos médicos. Manu (ou Manuela) nasceu com 1780 g e não tinha ausência total do crânio, como os médicos previam. Parte do crânio não existia e o cérebro estava exposto.[3] Manuela só viria a morrer com três anos de nascida, no dia 14 de setembro de 2003. Seus pais sepultaram-na no cemitério de Brazlândia (DF).[4]

Alguém poderia dizer que Manuela só viveu tanto tempo por causa da parte do cérebro que lhe restava. O mesmo não se pode dizer de Marcela, no qual ambos os hemisférios cerebrais estavam ausentes. Em novembro de 2007, o jornal O Estado de São Paulo anunciou que Marcela não era anencéfala, com base na palavra de um médico da Unicamp[5]. Porém, alguns dias depois, em uma consulta feita pela Folha de São Paulo a nove especialistas, oito afirmaram que Marcela era mesmo anencéfala.[6] Percebe-se na discussão o desespero dos abortistas em justificar um prognóstico que falhou: o de que a menina morreria logo após o nascimento.

Não apenas Marcela viveu ainda 20 meses depois de nascida, como nem sequer houve relação direta entre a anencefalia e a sua morte! Ouçamos a palavra da pediatra Márcia Beani: “Achávamos que ela teria algum tipo de problema no futuro, pois com o desenvolvimento do corpo, ela poderia sofrer de falência múltipla dos órgãos, em razão da ausência cerebral. No entanto, a morte pela aspiração do leite poderia ocorrer com uma criança sadia, por exemplo, e nada tem a ver com o problema que a Marcela apresentava”[7]. Em outras palavras: se não fosse o acidente ocorrido, Marcela poderia, em tese, estar ainda hoje viva e sorrindo!

Vidas salvas por Marcela

É impossível dizer quantos abortos deixaram de ser praticados por causa de Marcela. A título de ilustração, cite-se o parecer do Procurador de Justiça do Rio Grande do Sul Dr. Sérgio Guimarães Brito, de 1º de novembro de 2007, contra o aborto de uma criança anencéfala[8] e a sentença do juiz de direito da comarca de Natal (RN) Dr. Odinei W. Draeger, publicada em 30 de junho de 2008, indeferindo o pedido de abortamento de um bebê anencéfalo[9]. Em ambas as peças os juristas citam o caso de Marcela para ilustrar sua posição pró-vida.

Quanto ainda não se sabe sobre o cérebro

A passagem de Marcela entre nós — rindo, chorando, reagindo às luzes dos fotógrafos, percebendo claramente a aproximação da mãe — obriga os neurologistas a rever o dogma de que é impossível haver consciência sem a presença do córtex cerebral.

Aliás, já em 1980, o redator da revista Science Roger Lewin publicava um artigo questionando: “seu cérebro é realmente necessário?” (Is your brain really necessary?). Na ocasião, ele citava um interessante texto do neurologista britânico John Lorber:

“Um dos alunos que estuda nesta universidade [Sheffield University] tem um QI de 126, ganhou prêmios como melhor aluno de matemática e tem uma vida social normal. Mas não tem cérebro, literalmente falando… Quando foi submetido a um exame, verificamos que em vez de um cérebro normal de espessura de 4,5 centímetros entre os ventrículos e a superfície cortical, havia apenas uma fina camada de tecido de pouco mais de um milímetro de espessura. Seu crânio é preenchido apenas com fluido cerebrospinal.” [10]

A ADPF 54

Durante o tempo em que Marcela esteve conosco, a Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 54 (ADPF 54), que pretende que o Supremo Tribunal Federal declare “atípico” o aborto de anencéfalos, ficou paralisada. Poucos dias após a morte de Marcela, em 7 de agosto de 2008, o relator Ministro Marco Aurélio expediu ofícios a diversas entidades convidando-as a participar de uma audiência pública sobre o tema. O evento, marcado para os dias 26, 27 e 28 de agosto, parece ter sido montado para favorecer a causa abortista. Das onze entidades convidadas, apenas duas são pró-vida: a CNBB e a Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família. Estas deverão falar no mesmo dia que o da organização pró-aborto “Católicas pelo Direito de Decidir” e da Igreja Universal do Reino de Deus, também esta favorável ao aborto. Além disso, o relator teve o cuidado de chamar para falar o deputado pró-aborto José Aristodemo Pinotti (DEM/SP). E quanto à Marcela? “O ministro não pretende convidar parentes de bebês com anencefalia, como a mãe da menina Marcela de Jesus Ferreira, que, apesar de ter sido diagnosticada com anencefalia, viveu 1 ano e 8 meses. ‘Vamos atuar mais no campo técnico’, afirmou”[11]. De fato, a simples lembrança dessa menina traria para um ministro um obstáculo à aprovação da ADPF 54…

Rio de Janeiro, 19 de agosto de 2008.
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis

[1] COMITATO NAZIONALE PER LA BIOETICA. Il neonato anencefalico e la donazione di organi. 21 giugno 1996, p. 11. Disponível em: http://www.providaanapolis.org.br/cnbital.pdf . Versão portuguesa disponível em: http://www.providaanapolis.org.br/cnbport.htm . Acesso em: 13 ago. 2008.

[2] Maria Teresa foi a quarta filha de Ana Cecília Araújo Nunes, Mestra em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará e professora da Universidade Estadual do Ceará. Cf. Ana Cecília Araújo NUNES, A história de Maria Teresa, anencéfala, ago. 2004. Disponível em: http://www.providaanapolis.org.br/mteresa.htm

[3] Cf. Lilian TAHAN, Ela desafiou a ciência, Correio Braziliense, 14 fev. 2003, p. 29.

[4] Cf. MORRE criança com acrania. Correio Braziliense, 15 set. 2003, p. 3.

[5] IWASSO, Simone; LEITE, Fabiane. Médica conclui que bebê nascido há um ano no interior não é anencéfalo. O Estado de S. Paulo. 15 nov. 2007. Disponível em: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20071115/not_imp80836,0.php

[6] COISSI, Juliana. Para médicos, Marcela,1, é mesmo anencéfala. Folha de S. Paulo. Cotidiano. 22 nov. 2007. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2211200718.htm

[7] SARAIVA, Fabio. Bebê sem cérebro morre ao se engasgar com leite com 1 ano e 8 meses. O Globo on line. 3 ago. 2008. Disponível em: http://oglobo.globo.com/sp/mat/2008/08/03/bebe_sem_cerebro_morre_ao_se_engasgar_com_leite_com_1_ano_8_meses-547547799.asp. Grifo nosso.

[8] Cf. http://www.providaanapolis.org.br/paremprs.htm

[9] Cf. http://www.tjrn.jus.br:8080/sitetj . Consultar processo 001.08.018675-1.

[10] LEWIN, Roger. Is your brain really necessary? Science, 12 Dec. 1980: 1232-1234

[11] GALLUCCI, Mariângela. STF debate sobre fetos anencéfalos. Recife, Jornal do Commercio, 10 ago. 2008. Disponível em: http://jc.uol.com.br/jornal/2008/08/10/not_294060.php

Festival de bobagens e um único parágrafo

No JB de hoje, assinado por Mauro Santayana:

É nesse contexto que devemos examinar os nossos problemas. Temos que escolher entre continuar na política de entrega dos recursos naturais aos estrangeiros, ou retomar o projeto nacional de desenvolvimento de Vargas e Juscelino. O neoliberalismo, sob a bênção polonesa do papa Wojtyla, contrariava o senso da realidade e já se encontra perempto. A Inglaterra passa pela pior fase de sua economia, desde o fim da II Guerra Mundial, destruída pela deregulation de Mme. Thatcher, e os Estados Unidos financiam a guerra e o desatino consumista de sua sociedade com dinheiro chinês.

Santayana conseguir juntar um acúmulo de bobagens sem tamanho em um único parágrafo. Vejamos.

Primeiro com a velha e surrada tese socialista da entrega de recursos naturais. Não se entrega recursos naturais, se vende o que é muito diferente. Com os lucros da venda pode-se investir no próprio negócio caminhando para o emprego cada vez maior de tecnologia e beneficiamento, como a Vale do Rio Doce faz no Brasil. Este é o grande problema das estatais, o governo tunga parte dos lucros e pouco se investe na produção, com o tempo vem a estagnação e o sucateamento.

O autor parece querer voltar no tempo e usar um modelo que já faz parte do passado e nem fez tanto benefício como se pensa. Vargas criou uma amarra institucional e estatista que perdura até hoje, Juscelino criou a aberração chamada Brasília a um custo absurdo.

Na frase seguinte, um dos grandes mantras da intelectualidade brasileira, o neoliberalismo. Ninguém sabe direito do que se trata mas dá um ibope danado falar nele. E Santayana ainda conseguiu colocar João Paulo II na equação! O que existe é liberalismo, o que é muito diferente.

No fim dos anos 70 a Inglaterra esta estagnada, sem grandes perspetivas de voltar a ser a grande nação da virada do século. Surgiu Margaret Thatcher e transformou o país com a agenda liberal de Friedman, a mesma que logo depois seria aplicada por Reagan. Depois de dez anos do Partido Trabalhista no poder o jornalista tem a cara de pau de colocar a culpa da nova estagnação na Dama de Ferro (essa eu faço questão de usar maiúsculas).

A última frase é só o anti-americanismo de sempre. Não adianta dizer ao ilustre colunista que os Estados Unidos não fizeram a guerra, foram atacados o que é bem diferente. Não sei bem o que ele quis dizer com financiamento com dinheiro chinês, talvez nem ele. Fica parecendo que a pobre China está se sacrificando para ajudar os americanos. É mentira grossa, a China é a maior beneficiada da sociedade de consumo americana, com as benção do partido democrata que dificulta a vida das empresas americanas em favor produtos chineses fabricados com mão de obra escrava.

Como vemos, realmente é muita bobagem para um parágrafo só.

Cobra comendo o próprio rabo

Folha:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinará hoje que a Polícia Federal investigue o grampo ilegal de conversa entre o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Essa decisão será comunicada por Lula a Mendes, em reunião de emergência marcada para as 9h de hoje no Palácio do Planalto.


Comentário:

Estamos realmente em um beco sem saída. Para investigar a aparelhada e sem controle ABIN será utilizada a aparelhada e sem controle Polícia Federal. É o típico caso de cobra comendo cobra, ou a mesma cobra

comendo o próprio rabo. Quando um país chega ao ponto em que deve investigar suas próprias instituições investigativas é porque muito já foi destruído.

A Polícia Federal ainda deve uma resposta à nação, ou pelo menos parte dela qual a origem de 1,7 milhões de reais em dinheiro vivo apreendidos no quarto de um hotel em poder de petistas? Ainda não consigo acreditar que com tamanha quantia não haja como descobrir sua origem.

Com o comissário Tarso Genro à frente ninguém segura esta investigação da Polícia Federal.

Deus nos acuda.

Nota do DEM

COMISSÃO EXECUTIVA NACIONAL DO DEMOCRATAS

NOTA OFICIAL

A Comissão Executiva Nacional do Democratas, além de aguardar medidas imediatas do Congresso Nacional e do Poder Judiciário contra o avanço do governo Lula sobre o Estado de Direito, vem a público fazer as seguintes observações sobre as escutas ilegais feitas no telefone do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes:

1) encontra-se à beira do precipício a Democracia de um País onde um órgão sob o comando do presidente da República realiza escutas ilegais e viola o sigilo telefônico do presidente do Supremo Tribunal Federal;

2) a responsabilidade pelos atos criminosos que se sucedem no âmbito da Presidência da República é do presidente Lula da Silva, o chefe de um governo que se caracteriza pela mesquinhez de propósito, a irresponsabilidade política e a delinqüência institucional;

3) cumpre que o Legislativo e o Judiciário aprovem normas para preservar a Democracia ante os riscos de seguir com um governo que quebrou o sigilo fiscal e bancário de testemunhas de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), como ocorreu com o caseiro Francenildo; avançou sobre documentos da República para fazer dossiês contra a Oposição e agora ousa violar as conversas telefônicas do presidente do STF;

4) o Democratas não aceita silenciar-se ante o arremedo de Democracia que estamos vivendo e exige, além da investigação completa deste episódio e da punição dos responsáveis, medidas concretas para impedir a continuidade de tais abusos. Basta de ilegalidades. Exigimos o fim do Estado Policial e o cumprimento das regras democráticas;

5) neste país, onde nada acontece, algo vai ter de acontecer, porque não podemos seguir calados enquanto o governo Lula investe contra o Estado de Direito. Sem ação concreta para impedir a continuidade destes crimes, este governo de índole autoritária acabará atirando borda-fora as conquistas democráticas que pertencem a todos nós, brasileiros.

Brasília, 31 de agosto de 2008
Deputado Federal Rodrigo Maia
Presidente da Comissão Executiva Nacional do Democratas