Fala Clóvis Carvalho

Folha:

Todo o movimento indica que Kassab irá ao segundo turno. O nível de aprovação à administração é significativo o bastante para se converter em apoio eleitoral, em voto. Em 2006, o Geraldo perdeu a eleição para presidente porque renegou a administração do Fernando Henrique. Agora vai perder a de prefeito por renegar a administração da cidade, que é tucana.

Comento:

Não sou tucano; o partido é um representante da social democracia que, infelizmente, constitui uma espécie de direita brasileira. Devido ao estranho fato de não haver partidos conservadores nosso escopo político vai da esquerda (PT, PC do B, PDT) à social democracia (DEM, PSDB). E o PMDB? Este vai de qualquer um que estiver no controle da máquina pública.

O governo FHC teve notáveis acertos no campo econômico, o principal deles a defesa da moeda. Minhas críticas são ao seu viés social nas políticas de saúde, educação, etc. Mas isso é outra estória.

O fato é que Carvalho tem razão; faltou coragem (para ficar na melhor hipótese) a Geraldo Alckmin em defender o que tinha de bom no governo de seu partido. O caso da telefonia foi típico. Lula demonizou as privatizações, Geraldo, como se chama então, só faltou concordar com ele. Aí veio aquela foto com os logos das estatais… no mesmo dia eu comentei que sua campanha havia terminado.

O PSDB nunca poderia ter deixado esta aventura seguir adiante. Deveria ter se comportado como um partido político e pensado politicamente. Havia risco de racha em São Paulo? Que se rachasse antes das eleições do que agora quando o candidato a prefeito do partido ataca a administração do próprio partido.

Que os tucanos dêem a Alckmin a irrelevância que tanto pediu quando terminar as eleições. Alckmin, você já era!

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