Camisetas

Globo:

Jair Bolsonaro quase foi agredido ontem, por volta de 10h, no calçadão de Copacabana.

É que, em campanha pelo filho Carlos, candidato a vereador, usava uma camiseta com a foto do presidente Médici e a frase: “Eu era feliz e… sabia”. O deputado foi chamado de “torturador” por um grupo que até tentou arrancar sua camisa.

Comento:

Quantas camisetas são vendidas com a foto de Chê Guevara no país? Do Lenin? Do Fidel?

O primeiro matava quase por esporte. Era antes de tudo um psicopata que encontrava na ideologia apenas uma razão para exterminar seres humanos. A tortura era um de seus métodos. Qualquer barraca de camelô que venda camisas com estampas  terá uma com o rosto desta facínora, pode procurar.

O segundo montou a maior máquina de opressão que jã se teve notícias. Foi responsável por milhões de mortes e também pela instituição da tortura como instrumento legítimo do estado. Mais que isso, justifica esta utilização. O uso da violência era uma necessidade para purificação da sociedade.

O  terceiro está vivo até hoje. Seu regime torturou e matou proporcionalmente até mais do que o segundo. Se sua taxa de produção de assassinatos fossem adotadas no Brasil, como queriam (e querem) alguns, falaríamos de milhares de mortos e não de 480. Estes números são inflados pois são da própria comissão de mortos e desaparecidos e a maior parte foi em confronto armado.

O Presidente __ este faço questão de usar maiúscula __ Médici governou o país por 5 anos. Foi o melhor governo que já tivemos nos últimos, sei lá, quarenta anos. Vivíamos o tempo de pleno emprego. Uma vez perguntei ao pai de um amigo como era as perseguições que tanto falam, como era viver sob ameaça de tortura. Disse que não sabia pois estava trabalhando.

É uma resposta simples porém esclarecedora. Quem estava trabalhando e tocando sua vida nunca teve nenhum problema com o governo militar. Já os que pegaram em armas e praticaram terrorismo __ aqui cabe a palavra __ tiveram os seus. Justifico a tortura? Não. No entanto ela nunca foi institucionalizada, ao contrário, a lei proibia. Foi praticada em alguns porões, normalmente por policiais, como medida exceção.

O Presidente Médici não é este que a esquerda tenta vender ao país, o patrocinador da tortura. É o Presidente que quando entrava no Maracanã era aplaudido de pé pelas duas torcidas, como já presenciou um tio meu. O popular de hoje recebeu vaias e passou a fugir de estádios, prefere uma boa claque. É o Presidente que quando deixou o governo não ficara rico, nem ninguém da sua família. Não há milionários na família Médici ao contrário de alguns zeladores de jardim zoológico que se tornaram empresários da noite para o dia.

Estou dizendo que se Lenin, Che e Fidel podem ter camisas, Médici também pode? Jamais igualaria o Presidente brasileiro a estes três estrumes. Igualo eles a Hitler. Se não se pode usar uma camisa com o rosto deste por ser apologia ao nazismo, não deveria poder usar camisa daqueles, por apologia ao comunismo, regime que onde foi adotado levou morte e destruição. E nem falei em Mao!

Os que tentaram agredir o deputado devem ser desses que ostentam com orgulho camisas da União Soviética e são cúmplices, por ignorância ou por má fé, da verdadeira chaga do último século, o comunismo. No Blog Canto do Jota tem um post onde o autor se questiona ao ver uma camiseta com os dizeres CCCP (os mais antigos lembram desta sigla).

Quando vejo este tipo de inversão de valores entendo melhor por que estamos onde estamos. Fizemos por merecer ao renegar homens honrados para fazer apologia ao que existiu e existe de pior na humanidade. Nós fizemos nossa própria cama.

Um pensamento sobre “Camisetas

  1. De fato agora, no alto de meus quase quarenta anos, começo a entender por que o Brasil não vivia essa imoralidade que se tornou regra nos nossos dias. Os verdadeiros bandidos venceram… até quando?

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