Informal?

Uma das coisas que me chamou a atenção na crise do mensalão foi quando apareceu o termo ‘tesoureiro informal’. O que diabos significava isso? A questão nunca ficou muito clara, mas fiquei com este termo na cabeça.

Durante a operação Songamonga (achei este termo melhor que a Satiagraha), o tal Protógenes afirmou que tinha recebido uma colaboração informal da ABIN. O que diabos é uma colaboração informal de uma agência de inteligência?

Começa a aparecer agora o tamanho desta colaboração informal:

O diretor do Departamento de Contra-Inteligência da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Paulo Maurício Fortunato Pinto, revelou ontem em depoimento na CPI dos Grampos que 52 agentes do órgão atuaram durante quatro meses na Operação Satiagraha, da Polícia Federal. Até então, a Abin admitia apenas “colaboração” com a PF e “participação eventual” de seus servidores.

52 agentes! caramba! E se fosse formal, quantos seriam? Duzentos?

Como é possível que um diretor de uma agência de inteligência não consiga perceber que 52 de seus homens estão dando uma ajudinha a um companheiro delegado! 52! Não foi um, não foi dois e sim 52!

Eu teria vergonha de sequer admitir isso, quanto mais usar como razão de defesa.

Simplesmente indecoroso!

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