Desde que assumiu o governo, Evo Morales tem constantemente agido contra as instituições bolivianas para implantar os ideais socialistas. Não se trata de uma ação gratuita, faz parte dos planos há muito estabelecidos pelo Foro de São Paulo criado por Lula e Fidel Castro com o objetivo expresso de instalar o socialismo na América Latina pela via democrática conforme previsto por Antônio Gramsci.
Nada de revoluções ou uso da força, o pensador italiano previu que o melhor caminho para o socialismo era a conquista da hegemonia cultural e a destruição da democracia usando as próprias ferramentas democráticas. Com raras exceções praticamente todo o continente está nas mãos do Foro onde a conquista do aparelho do estado depende da solidez das instituições.
Na Venezuela o Foro já está bem adiantado com as instituições destruídas e uma ditadura sob o véu democrático instalada. Logo atrás vem o Equador e a Bolívia. Como impedir este processo?
Na Venezuela a oposição escolheu não participar do processo democrático, não funcionou. Chávez aproveitou a ausência de qualquer oposição para assumir poderes totalitários. O Legislativo tornou-se um fantoche e o controle sobre o judiciário é total. Com a destruição da harmonia entre os poderes a democracia deixou de funcionar apesar das aparências.
Os defensores do chavismo aqui no Brasil gostam de lembrar que ele convocou um plebiscito como prova de que se trata de um democrata. O que eles não dizem é que após ser derrotado ele aprovou por lei praticamente tudo que foi rejeitado pela população.
A oposição boliviana partiu para outro caminho, o confronto. Quais as suas opções? Sua representação legislativa é ignorada, não existe mais um judiciário independente. Denunciar? Foi o que fez desde o primeiro dia do governo Morales. Foi o que a oposição venezuelana tentou fazer quando boicotou o processo democrático.
O problema é que a América Latina está tomada por aliados de Chávez e Morales, a começar pelo principal país da região, o Brasil. Foi a liderança brasileira que garantiu o venezuelano na presidência quando teve para ser deposto.
Estados Unidos? Europa? Estão se lixando para a bagunça que se formou na América do Sul. Somos irrelevantes demais para despertar qualquer interesse, contanto que a Venezuela continue fornecendo petróleo e o Brasil mantenha seu mercado consumidor aberto. Chávez não é burro, apesar de toda retórica continua vendendo seu óleo para o Império do Mal.
Funcionará a estratégia de confronto da oposição boliviana? Duvido muito. Qual seria a alternativa? Como escapar das garras do Gramscismo?
Como conseguir a liberdade diante de uma hegemonia cultural que dá suporte e proteção a um governo socialista?
Este não é um problema dos bolivianos, nem dos venezuelanos. É um problema de todos que desejam reconquistar a liberdade na América Latina. Uso o termo “reconquistar” em seu sentido pleno pois não acredito que sejamos realmente livres, nem mesmo aqui no Brasil.
A Bolívia é apenas o palco mais visível da disputa entre a liberdade e a utopia socialista.
Coisa rara um comentarista falar no tema tabu da imprensa brasileira. Permanentemente, o foro de SP tem sido ignorado pelo jornalismo macunaímico . Não foi à toa que a academia ao longo das últimas décadas tem incensado gramsci… Ao longo desse tempo todo, tem-se preparado as mentes dos jovens para aceitarem o nirvana da “igualdade”. Eu “descobri” hoje este site na procura por uma matéria que aliciava crianças para o comunismo… provisoriamente a retiraram, mas até quando?!