Folha:
A Petrobras não resiste mais à idéia de criação de uma nova estatal para gerir a riqueza do petróleo e avança nas negociações para um aumento de seu capital por meio da incorporação de áreas ainda não leiloadas próximas ao campo de Tupi, na bacia de Santos.
Depois de um início tenso de conversas com o governo, a Petrobras se convenceu de que a futura empresa a teria como sua parceira estratégica e decidiu priorizar, no curto prazo, entendimentos para garantir a exploração das seis áreas da camada do pré-sal em que é majoritária na bacia de Santos.
Há algo de profundamente ilógico quando uma empresa se contenta com a chegada de uma concorrente. Isso só demonstra que a tal empresa de capital misto é da boca para fora, na prática a Petrobrás funciona como uma estatal. Sua parte mista existe para garantir flexibilidade operacional e fugir das restrições das empresas públicas. É uma garantia que os prejuízos serão divididos entre os acionistas e os lucros serão administrados pelo governo de plantão.
A Petrobrás é um dos cânceres que precisam ser extirpados da vida brasileira. Pena que esta possibilidade simplesmente não existe tamanho o ufanismo que se criou em torno da empresa.