Folha e a licitação do metrô

Quando li rapidamente ontem que a Folha havia antecipado o resultado da licitação do metrô através de mensagem cifrada pensei que seria um destes casos que não haveria dúvida de fraude.

Lendo com mais calma o noticiário de hoje vejo que não é bem assim. Haviam apenas 3 concorrentes e um orçamento básico dado pela administração. A Folha pode ter apostado em um dos cavalos; se vencesse tudo bem; se perdesse ninguém saberia da aposta. Pode até ter apostado em três com três mensagens cifradas diferentes. É bom ressaltar que ela errou no valor que venceria a licitação.

Para piorar a situação, foi dito que o metrô se recusou a se pronunciar. Mentira. Deu uma entrevista de mais de uma hora a um repórter enviado pelo editor da Folha Online.

Mais uma vez se comprova como é dura a missão de diminuir o tamanho do estado no Brasil. Parte da imprensa gosta mesmo é de poder público e torce para o fracasso de qualquer licitação de concessão. Muito mais digno seria se a Folha houvesse apresentado uma reportagem sobre as informação que tinha (será?) sobre fraude no processo de licitação.

Será querer muito que um empresa jornalística faça o que se espera dela?

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