Nada vai acontecer…

O discurso do presidente da câmara dos deputados já atencipa a solução do problema do grampo.

“O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou, neste domingo, que a denúncia de grampos ilegais feitos contra o Supremo Tribunal Federal (STF), o Senado e ministros da República é “inacreditável”, e que os responsáveis devem ser punidos. “Se não havia autorização, se é um grampo ilegal, é extremamente grave. É grave fazer contra qualquer cidadão, e fazer contra autoridades é inacreditável. Se alguém agiu errado, vai ter que pagar por isso”, disse Chinaglia.

A quantidade de “ses” utilizados é uma indecência. Como poderia um grampo ao presidente do STF ser considerado legal? Em que circunstâncias? Mesmo que fosse investigado por alguma coisa, o que não é o caso, um grampo desses só poderia ser autorizado imagino por uma comissão do senado, nunca por um juiz federal. O caso é um flagrante de ilegalidades, mas Chinaglia ainda fala em “se alguém agiu errado” no melhor estilo de relativismo moral da camarilha do partido.

Mais uma vez me convenço que a democracia brasileira recuou mais um pouco em direção a um totalitarismo disfarçado. Basta fazer o check list.

A nação agradece….

Já era mais ou menos conhecido mas é bom registrar a responsabilidade da oposição, particularmente do ex-presidente da república, na enorme pizza que se tornou o mensalão. Saiu no Estadão:

Durante todo o primeiro mandato e parte do segundo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma linha direta de consultas com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mantida por meio de conversas secretas dos então ministros Antonio Palocci, da Fazenda, e Márcio Thomaz Bastos, da Justiça. A linha direta funcionou com mais vigor no auge do escândalo do mensalão, quando os ministros pediram a Fernando Henrique para agir e evitar que a oposição descambasse para pedir o impeachment de Lula. Ele atendeu e se posicionou publicamente contra o impeachment.

O PSDB resolveu apostar que Lula era um pato manco e que chegaria derrotado nas eleições de 2006, quase acertou. Não fosse a sucessão de bobagens de seu candidato no segundo turno poderia ter levado a presidência, se é que a desejou.

O fato é que um processo de Impeachment, mesmo que não resultasse na defenestração do titular do cargo, mostraria toda podridão do governo. Nossos sábios resolveram apostar no caminho da esperteza… acabaram como asnos. Ou coisa pior.

Sem controle… ou não…

É muito grave a confirmação que o presidente do STF foi grampeado pela ABIN. Não é a primeira vez neste governo que os arapongas estão envolvidos em atos desta natureza, até aqui toda a sujeira está sendo varrida para debaixo do tapete. Mais uma vez fica comprovado que os métodos do PT são sim de cunho comunista, o estado já está sobre domínio dos petralhas.

Se o grampo foi comandado pelo chefe da instituição é grave; se por subalternos, mais grave ainda. Onde vamos parar? Trata-se de um ministro do STF… imaginem se fossem um de nós? Mais uma vez vamos ver nos jornais a declaração dos responsáveis dizendo que nada sabiam. E o Brasil vai engolir mais essa…

Quando acho que chegamos ao fundo do poço, escavamos mais um pouco…

Triste país.

Folha e a licitação do metrô

Quando li rapidamente ontem que a Folha havia antecipado o resultado da licitação do metrô através de mensagem cifrada pensei que seria um destes casos que não haveria dúvida de fraude.

Lendo com mais calma o noticiário de hoje vejo que não é bem assim. Haviam apenas 3 concorrentes e um orçamento básico dado pela administração. A Folha pode ter apostado em um dos cavalos; se vencesse tudo bem; se perdesse ninguém saberia da aposta. Pode até ter apostado em três com três mensagens cifradas diferentes. É bom ressaltar que ela errou no valor que venceria a licitação.

Para piorar a situação, foi dito que o metrô se recusou a se pronunciar. Mentira. Deu uma entrevista de mais de uma hora a um repórter enviado pelo editor da Folha Online.

Mais uma vez se comprova como é dura a missão de diminuir o tamanho do estado no Brasil. Parte da imprensa gosta mesmo é de poder público e torce para o fracasso de qualquer licitação de concessão. Muito mais digno seria se a Folha houvesse apresentado uma reportagem sobre as informação que tinha (será?) sobre fraude no processo de licitação.

Será querer muito que um empresa jornalística faça o que se espera dela?

Gol de placa

Os republicanos fizeram um gol de placa com a surpreendente escolha de Sarah Palin para vice de McCain. Claro que trata-se de uma aposta de risco, mas foi muito bem feita. Os democratas foram pegos tão de surpresa que resolveram acusar Palin de… falta de experiência! É um baita tiro no pé! A principal dificuldade de Obama é justamente mostrar que sua falta de experiência não é um impeditivo para ser presidente, mas seus companheiros de partido afirmam que para ser vice-presidente é preciso ter experiência! Chutaram a lógica no ralo.

Sarah coloca a candidatura de McCain más para o centro também, é vigorosamente contra o aborto e tem um filho com síndrome de down para mostrar que não se trata de um discurso vazio.

Obama já não é mais a única novidade desta campanha. A imprensa liberal terá um trabalho e tanto para conseguir elegê-lo. Deve estar tento reunião de emergência no NYT agora para decidir o que dizer…

Por que não acredito em democratas

Promessas de campanha de Obama na convenção do Partido Democrata:

– cortar os impostos de 95% das famílias;
– acabar com a dependência do petróleo em 10 anos;
– investir US$ 150 bilhões em energia alternativa;
– retirar imediatamente as tropas do Iraque;
– baratear plano de saúde de quem tem plano;
– dar plano a quem não tem;
– garantir o acesso a universidade do jovem que ajuda a comunidade;
– acabar com a discriminação de gays e lésbicas;
– punir a sonegação das grandes empresas;
– estimular as empresas que ajudam a América;
– investir na diplomacia, não na guerra…

E acham exagero compará-lo com o apedeuta… Faltou só prometer os ovos de páscoa…

Enfim… os bois

Minc gastou mais de 1 milhão para alimentar os bois apreendidos em seu factóide de estréia como ministro do meio ambiente.

Depois de três leilões fracassados o quarto foi um… sucesso!! Atraiu apenas um comprador que comprou a boiada por 1,3 milhões, desde que o governo transporte o gado até sua fazenda no Pará. Custo da operação: 400 mil reais!

Assim o contribuinte ajudou a tirar uma boiada de um dono e passar para outro. Tudo em nome da defesa do meio ambiente. Não seria mais eficiente que se cobrasse uma multa desde o início? Não para o ex-guerrilheiro e revendedor de bois pirata.

Mais um retrato do governo petista. Quando não é a incompetência crônica é a roubalheira. Ou os dois.

Mas o líder disse que o Brasil voa como uma águia.

Só não disse para onde.

Do blog do Aluizio Amorim

Um dos blogs que acompanham quase diariamente é a do jornalista Aluizio Amorim, embora descorde frontalmente de seu ateísmo militante. Cheguei a trocar comentários com ele na questão das células tronco.

Hoje ele produziu um post que tocou em um ponto importante da destruição moral da sociedade brasileira, a responsabilidade dos jornalistas. Não sou daqueles que ficam colocando a culpa de todos os males na mídia, em especial na Rede Globo. Reconheço o poder de convencimento da mídia mas não acredito que seja absoluto, não é a imprensa que define nossos destinos como nação.

Diz Amorim:

A culpa do estrago que está sendo feito no Brasil é dos jornalistas. E eu posso falar porque sou jornalista e os conheço muito bem. A maioria é imbecil, além de escrever mal. Não estudam e nunca estudaram e são burros. E a burrice é algo intrínseco, inextirpável, porque é genética.

Não é segredo para ninguém que saiba somar dois com dois que as redações dos jornais estão tomados por jornalistas quase todos de esquerda. Tudo isso é fruto do estupro intelectual das universidades brasileiras, particularmente nas ciências sociais. Na matemática é mais difícil pois existe um vínculo necessário com a realidade, embora também tenham avançado nas exatas.

O fenômeno não é exclusividade nossa, a mídia americana, por exemplo, também foi tomada de assalto pela esquerda. O nível da violência intelectual, entretanto, foi muito maior abaixo do Equador do que em cima.

Faz três dias que observei com atenção as charges dos principais jornais brasileiros e não encontrei uma só que fosse pelo menos neutro no conflito de índios ongueiros contra produtores ruais. Nada. Em todas os proprietários de 0,7% das terras da Raposa(?!)-Serra do Sol são descritos como invasores e espertalhões. Esse número não é por acaso, mostra bem como essa gente não se dá bem com números reais.

Abaixo mostra uma de Junião do Diário do Povo (SP). Parece que os arrozeiros que estão querendo invadir as terras indígenas, o que é uma mentira deslavada. O governo é que deseja expulsar brasileiros que moram há décadas em terras que ocupam menos de 1% de uma reserva demarcada muito depois da chegada deles na região. O jornalismo possui uma grande responsabilidade na desconstrução da sociedade brasileira, principalmente se levarmos em conta o nível de analfabetismo funcional da maior parte da população brasileira.

Esta é apenas uma amostra da panfletagem que se transformou o jornalismo brasileiro, o padrão é quase o mesmo.

Estamos sendo violados intelectualmente nas escolas, universidades, na mídia. O emburrecimento do brasileiro é parte fundamental para a destruição de nosso tecido social e perpetuação dos espertalhões no poder. Os mesmos jornalistas que fazem este trabalho sujo, por interesse ou ignorância, serão vítimas deste monstro que ajudaram a formar.

Deus nos ajude, porque não vejo outro em condições de nos salvar.

Mais um round da luta pela liberdade

Folha:

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deve se reunir hoje para reavaliar o espaço que a internet ocupará nas eleições municipais deste ano. Pela legislação vigente, foram impostas duras restrições à divulgação de informação jornalística e de manifestação de apoio a candidatos no mundo virtual .

Comento:

Na prática a justiça eleitoral vem atropelando a constituição que garante a livre manifestação. Várias páginas do orkut que manifestaram apoio a um candidato ou mesmo que se propuseram a discutir as eleições foram retiradas do ar. Se pudessem, haveriam juízes circulando para impedir que um grupo de pessoas discutam no barzinho qual o seu candidato preferido. Estão matando a democracia aos poucos, com colaboração prestimosa da justiça eleitoral. Tudo em nome da igualdade. Como sempre.

Começou mal

O julgamento sobre a Raposa-Serra do Sol começou mal para os produtores agrícolas e também para o Brasil. O Ministro Ayres Brito apresentou um relatório altamente favorável à minoria indígena (vamos usar o termo correto) que deseja a expulsão dos rizicultores da região e a demarcação como reserva contínua de grande parte do Estado de Roraima.

Pior do que o voto em si foi as justificativas de Brito. Baixou o Rousseau no homem! Parece ter sido redigido por um dos antropólogos miolo mole da FUNAI, um dos membros do tridente do diabo como bem definiu o prefeito de Pacaraima. Eu tenho minhas idéias de quem seria o diabo, aquele mesmo citado no Apocalipse de João, mas isso fica para outro dia. A besta já está entre nós e não é uma pessoa. Demais sobre isso, voltamos aos indígenas.

Eu até iria usar indígenas entre aspas mas os esquerdistas e moderninhos banalizaram tanto o recurso que é melhor deixá-las de lado. Aqueles índios não são nômades como imagina nosso Rousseau togado, ou mesmo preservadores de sua cultura. Já assimilaram grande parte da cultura ocidental, existem índios católicos, evangélicos, universitários, agricultores, comerciantes, etc. A rigor são tão indígenas como eu sou italiano, ou tão negro quanto Pelé é africano. São parte da cultura brasileira.

Esse é um dos grandes problemas do pensamento de esquerda que tomou o planeta, pelo menos culturalmente. O germe da separação de classes foi metamorfoseado ao longo da história até chegar no tal respeito às diferenças. O esquerdista define tudo em rótulos específicos, a pessoa é negra, é índia, é homossexual, é budista, é reacionária; tudo, menos pessoa. Perdeu-se a noção de universal, da visão mais ampla. Aqueles descendentes indígenas de Roraima são brasileiros e os governos de esquerda de FHC e Lula conseguiram dar a eles uma parte do territória incompatível com esta condição. Simplesmente 13% do território brasileiro foi reservado para menos de 1% da população.

O voto do relator é importante, mas nada está decidido. Pode ser que os demais ministros revertam esta tendência e preservem o território brasileiro que se for perdido terá escrito na história o nome dos traidores, de FHC até os ministros do STF.

O advogado geral da União disse ontem que não há perigo de separatismo pois a união interviria se a reserva declarasse sua independência. Deveria estar prestando atenção ao que está acontecendo em Ossétia do Sul onde a proteção de um único país impediu que a Geórgia conservasse seu território. Deveria ler a Declaração dos Direitos (por que sempre direitos?) dos Povos Indígenas que garante a eles o direito (eis o porquê) de autodeterminação.

Aliás nem precisaria uma declaração informal de independência. As ONGs já transitam livremente por nossos reservas no interior do território e o Brasil já está impedido de explorar as imensas riquezas minerais que lá existem; o fato de estar na fronteira com a Venezuela apenas facilitaria o serviço.

Enfim, o jogo segue. Com o Brasil na defensiva.