Um dos blogs que acompanham quase diariamente é a do jornalista Aluizio Amorim, embora descorde frontalmente de seu ateísmo militante. Cheguei a trocar comentários com ele na questão das células tronco.
Hoje ele produziu um post que tocou em um ponto importante da destruição moral da sociedade brasileira, a responsabilidade dos jornalistas. Não sou daqueles que ficam colocando a culpa de todos os males na mídia, em especial na Rede Globo. Reconheço o poder de convencimento da mídia mas não acredito que seja absoluto, não é a imprensa que define nossos destinos como nação.
Diz Amorim:
A culpa do estrago que está sendo feito no Brasil é dos jornalistas. E eu posso falar porque sou jornalista e os conheço muito bem. A maioria é imbecil, além de escrever mal. Não estudam e nunca estudaram e são burros. E a burrice é algo intrínseco, inextirpável, porque é genética.
Não é segredo para ninguém que saiba somar dois com dois que as redações dos jornais estão tomados por jornalistas quase todos de esquerda. Tudo isso é fruto do estupro intelectual das universidades brasileiras, particularmente nas ciências sociais. Na matemática é mais difícil pois existe um vínculo necessário com a realidade, embora também tenham avançado nas exatas.
O fenômeno não é exclusividade nossa, a mídia americana, por exemplo, também foi tomada de assalto pela esquerda. O nível da violência intelectual, entretanto, foi muito maior abaixo do Equador do que em cima.
Faz três dias que observei com atenção as charges dos principais jornais brasileiros e não encontrei uma só que fosse pelo menos neutro no conflito de índios ongueiros contra produtores ruais. Nada. Em todas os proprietários de 0,7% das terras da Raposa(?!)-Serra do Sol são descritos como invasores e espertalhões. Esse número não é por acaso, mostra bem como essa gente não se dá bem com números reais.
Abaixo mostra uma de Junião do Diário do Povo (SP). Parece que os arrozeiros que estão querendo invadir as terras indígenas, o que é uma mentira deslavada. O governo é que deseja expulsar brasileiros que moram há décadas em terras que ocupam menos de 1% de uma reserva demarcada muito depois da chegada deles na região. O jornalismo possui uma grande responsabilidade na desconstrução da sociedade brasileira, principalmente se levarmos em conta o nível de analfabetismo funcional da maior parte da população brasileira.

Esta é apenas uma amostra da panfletagem que se transformou o jornalismo brasileiro, o padrão é quase o mesmo.
Estamos sendo violados intelectualmente nas escolas, universidades, na mídia. O emburrecimento do brasileiro é parte fundamental para a destruição de nosso tecido social e perpetuação dos espertalhões no poder. Os mesmos jornalistas que fazem este trabalho sujo, por interesse ou ignorância, serão vítimas deste monstro que ajudaram a formar.
Deus nos ajude, porque não vejo outro em condições de nos salvar.