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Mês: julho 2008
Voto facultativo
Está germinando no Congresso, por iniciativa da sociedade civil, uma PEC tornando o voto facultativo no Brasil. As chances do negócio prosperar são quase nulas, mas não deixa de ser um alento que comece a aparecer contestação ao voto obrigatório. Somos um país atrasado e o fato das democracias mais avançadas não obrigarem seus cidadãos a votar deveria ser um sinal.
O fato é que o voto obrigatório é extremamente favorável à elite política do país, que pode manipular o voto e garantir sua perpetuação no poder. Não acho que tenha chance de prosperar, mas aos poucos pode ser que um dia ganhe um pouco mais de apoio por parte da sociedade e force os políticos a discutirem para valer o assunto.
Outro erro da carta de 88 que precisa ser corrigido é a eleição direta para presidente. Eu fui um entusiasta da primeira eleição em 1989. O tempo passou e cada vez tenho mais convicção que não funciona. Favorece que populistas assumam o poder, como a América do Sul está mostrando. O populismo é um desastre. Começa com euforia, alardeia alguma realizações de curto prazo mas conduz o país para um desastre que um dia se configura.
São dois temas que precisam ser discutidos pela sociedade, dentro do regime democrático e na vigência das leis. Coisa que no Brasil é muito difícil.
Relações Exteriores
E o Celso Amorim hein? Que lambança!
Conseguiu ser um dos arquitetos do fracasso de Doha, nos isolar no Mercosul, e ter que correr atrás dos prejuízos em ter ignorado as relações internacionais.
Mais um assunto fechado com chave de ouro pelo padrão PT de qualidade.
Tão tedioso…
Folha:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou ontem na Bahia medida provisória transformando em ministério a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca. Segundo o presidente, o ato dobra o orçamento da instituição, de R$ 250 milhões para R$ 500 milhões, e cria 200 cargos.
Comento:
E volta e meia o vice-presidente e até o próprio Lula reclamam do banco central e das taxas de juros! O mundo está sob o manto do ressurgimento da inflação e respondemos com… aumento do gasto público!
Ministério da pesca? Se a Secretaria Especial já era um abuso imagine um ministério.
Os viciados em estado defendem que a pesca é importante. E daí? Quer dizer que tudo que for importante deverá ter um ministério? Vamos criar também um ministério do ar? Um ministério da soneca após o almoço?
Dinheiro em fuga
Folha:
Juros em alta no Brasil e Bolsas em queda no mundo fizeram que investidores estrangeiros mudassem suas estratégias no mercado nacional: neste mês, observa-se uma forte saída de recursos externos da Bolsa de Valores de São Paulo e um volume bilionário de aplicações em títulos públicos.
Comento:
A bolsa de valores é demonizada pelo discurso de esquerda no Brasil, algo como coisa do capeta. O bolsa realiza um papel muito importante em uma economia capitalista, ela troca dinheiro. Existem pessoas que não precisam de dinheiro hoje, que aceitam trocá-lo por dinheiro no futuro, com rendimento maior possível. Existem outros que precisam de dinheiro hoje e possuem promessas de dinheiro no futuro (ações). A bolsa realiza esta troca e contribui para a economia andar, não fosse por ela muitos deixariam dinheiro debaixo do colchão enquanto outros, com idéias promissoras na cabeça, não teriam onde captar recursos.
Quando se tira dinheiro da bolsa e compra títulos públicos, por causa dos juros, a sociedade tem menos recursos para operar o sistema de captação de investimentos. O dinheiro vai para o estado, que usa para equilibrar suas contas públicas.
Por que os juros estão altos no Brasil? Por que desde que o governo Lula assumiu, os gastos públicos têm subido mais do que o PIB. Em outras palavras, o estado avançou sobre a sociedade, aumentando seu gigantesco tamanho e também sua ineficiência.
É um ciclo vicioso. O estado aumenta e precisa de mais recursos. Os juros aumentam para proteger a moeda e o monstro estatal tira mais dinheiro da sociedade para se alimentar e continuar se expandindo. E não deu certo em nenhum lugar do mundo.
O retrato da juventude brasileira, a mídia e o que George McGovern (quem?) tem a ver com isso
Retrato da Juventude brasileira
A Folha de São Paulo publicou ontem um caderno especial sobre uma ampla pesquisa sobre a juventude brasileira. O retrato que saiu desta pesquisa não deixa dúvidas, o jovem, da mesma forma que a maior parte da população, é conservador, ou como gostam de chamar os esquerdólogos, são de direita.
Defendem que a lei do aborto não seja alterada (68%), que a pena de morte seja instituída (50% contra 46%), que fumar maconha seja crime (72%), que a idade penal deva abaixar (83%), acreditam em deus (99%) e defendem os seguintes valores: família, saúde, trabalho, estudo e lazer.
O site da Folha é somente para assinantes, o resultado pode ser visto no post de Reinaldo Azevedo aqui.
A mídia
Não é novidade que nossa mídia, assim como em grande parte do mundo ocidental está no campo oposto do resultado acima. Por si só isto não constitui um problema, faz parte da liberdade individual e de imprensa discordar e defender pontos de vista. O que não deve é a mídia apresentar como fato ou como opinião majoritária o que é opinião particular dela.
A Folha, como qualquer outro jornal, tem todo o direito de fazer um editorial ou publicar qualquer artigo de opinião que defende, por exemplo, a manutenção da idade penal em 18 anos. Já publicar que esta seja a opinião dos brasileiros é dizer uma inverdade, o que caracteriza um péssimo jornalismo. Jornalistas, assim como qualquer pessoa pode ter suas opiniões e defendê-las, mas estas opiniões são suas e intransferíveis, a não ser por convencimento.
George McGovern
Em 1972, o partido democrata americano lançou George McGovern como candidato para enfrentar Richard Nixon que tentava a re-eleição. Nixon exultou pela escolha afirmando que pela primeira vez o partido democrata teria um candidato que defendia todas as idéias da mídia. McGovern era um ultra-liberal e seus pensamento político parecia ter saído dos editoriais do New York Times. O republicano afirmou que era uma oportunidade ímpar de testar se as teses da mídia, principalmente do leste, tinham ressonância na população americana.
O resultado foi uma vitória consagradora de Nixon, que foi encarado pela mídia como uma dolorida derrota. A partir daí o ódio contra o republicano contaminaria as redações e Watergate foi a resposta e vingança dos jornalistas liberais à audácia de Nixon em expô-los daquela maneira. Enfraqueceram o presidente americano justamente no momento que sua autoridade era necessária para permitir a retirada do Vietnã de forma honrosa. O resultado foi a ofensiva dos comunistas sobre o sul e mais de um milhão de mortos nos anos que se seguiram. Tudo porque os líderes vietnamitas compreenderam que o presidente americano não teria forças para defender o acordo que havia sido costurado pelo governo Nixon e que previa as eleições livres no Vietnã do sul.
Por isso vemos no Brasil que nenhum candidato tem a coragem de assumir a plataforma liberal. Recusam-se sistematicamente a assumir uma posição em qualquer assunto polêmico. Se defender idéias liberais perde a eleição (como aconteceu com Jandira Feghali na disputa pelo senado em 2006), se defender as idéias conservadores atrai para si a ira da mídia.
Ninguém quer ser o George McGovern da hora. Nem aqui, nem nos Estados Unidos.
Sobre a monarquia e verdadeiros reis
Assisti o filme A Rainha no fim de semana passado. Recomendo. É um convite a uma boa reflexão sobre a verdadeira natureza dos símbolos para as instituições e sobre a natureza da monarquia.
A Rainha Elizabeth II é uma das pessoas mais ricas do mundo, freqüenta qualquer lista do gênero. De que adiante sua riqueza se deve demonstrar sempre austeridade para seus súditos? Para alguém com tantas posses materiais, sua vida é verdadeiramente espartana.
A primeira vez que apareceu dirigindo pessoalmente uma camionete pelo interior da propriedade real nao pude deixar de pensar no atual presidente do Brasil e a corte que está sempre ao seu lado em cada passo seu. Ninguém o verá dirigindo um carro ou sem alguém para serví-lo o tempo todo. Pelo contrário, não perde uma oportunidade de desfrutar do luxo que o cargo lhe proveu. Austeridade? Esta palavra não existe no vocabulário lulez.
Por sua origem humilde, nada é proibido ao rei brasileiro. Acham normal e até mesmo de direito que use todo o aparato do estado para si e sua família, permitindo-lhe desfrutes que é proibido à rainha da Inglaterra, uma mulher que procura demonstrar para seu povo que está a altura do papel que seu nascimento lhe conferiu. Um papel que é um privilégio para uns e um pesado fardo para si mesma.
Ela é uma verdadeira rainha no melhor sentido do termo. Durante a II Guerra, quando Londres estava sob intenso bombardeio, recusou-se a abandonar a cidade com sua família e participou, com humildade, do esforço de guerra. Sabia que sua presença era um símbolo para a resistência de seu povo; uma papel que muitos poucos neste planeta desempenhariam.
Quando recusou-se a aparecer para prestar solidariedade pela morte de Diana, seus súditos a cobraram. Soube reconhecer o erro, engulir o sapo e desempenhar o papel que esperam da chefe da Estado da Inglaterra. Saiu do episódio mais forte que entrou.
Basta lembrar do espetáculo grotesco que foi encenado pelo presidente e seus aceclas quando explodiu em chamas aquele aviao da TAM. O presidente desapareceu com medo de vaias, ignorou a tragédia. Um de seus principais acessores ainda foi flagrado tribudiando sobre os mortos. Nada lhe aconteceu, continua no mesmo cargo de antes.
Quando vejo a popularidade que o presidente brasileiro tem, não posso deixar de pensar com meus botões: cada povo tem o rei que merece. A Inglaterra tem Elizabeth II. O Brasil tem Lula I.
Grampos e mais grampos
Nem a Polícia Federal está livre dos grampos da própria Polícia Federal.
Nem a Justiça está livre dos grampos que a própria Justiça autoriza.
Nem o Presidente da República está livre de um grampo autorizado por um juiz de primeira instância.
Fomos longe demais, transformamos a exceção em regra. 500 mil grampos autorizados? Não vou nem perguntar dos ilegais.
E vazamento para todos os lados.
Onde vamos parar?
E continua a pressão sobre a população
Folha:
Depois de apertar a regulamentação do teor de álcool no sangue do motorista, o governo deve mandar ao Congresso, no próximo mês, um projeto de lei para endurecer a legislação de trânsito e aumentar as multas.
Será a primeira grande reforma do Código Brasileiro de Trânsito, sancionado em 1997.
E continua a pressão sobre a população brasileira. Depois do fumante, do bebedor de cerveja, do comedor de bolacha, do assinante de TV a cabo, parece que alvo agora é o motorista mesmo. Novamente repito, temos leis demais que não são cumpridas. Basta lembrar que temos motoristas condenados por homicídio culposo que nunca cumpriram sua pena. Como sempre muitos pagarão pela culpa de poucos.
Não precisa ser muito inteligente para reparar o que tem em comum estas pessoas que estão sendo cercadas pelo governo esquerdista corrupto do Brasil. O alvo é a classe média, sempre foi. Lula nunca engoliu aquela vaia sonora que levou no Maracanã. O troco haveria de chegar.
Hoje a Folha apresenta uma reportagem muito interessante mostrando que o custo de vida está mais alto em São Paulo do que em Nova Iorque, o que leva integrantes da classe média a ir fazer compras na capital econômica do mundo. A principal causa é nossa legislação trabalhista arcaica e a alta carga de impostos sobre consumo.
Para ter uma idéia de grandeza, comprar um produto no estrangeiro sai na faixa de 50% de comprar um produto por aqui. Temos preços elevados e salários corroídos pela inflação que o governo mascara.
O pior de tudo é saber que a própria classe média aprova muitas destas medidas que o governo toma. No fundo está a ignorância das regras elementares da economia e a falta de capacidade de pensar. Diante deste quadro a esquerda avança cada vez mais sobre a sociedade.
Essa pressão que o estado está fazendo sobre a sociedade, em particular com a classe média, culminando com o estado policialesco que está sendo montado, faz parte de uma estratégia que não é nova. Um povo asfixiado, sem capacidade de pensar, torna-se presa fácil para a pregação messiânica de gente como Lula da Silva. É uma lavagem cerebral lenta e constante rumando para a perda da liberdade.
Difícil ver uma luz no fim do túnel.
Terrorismo é crime hediondo
Olha a CUT dando sinal de vida…
Folha Online:
Um grupo de 15 manifestantes ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores) do Distrito Federal protocolou nesta sexta-feira, na Secretaria Geral do Senado, a denúncia de pedido de impeachment do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes. Os sindicalistas acusam o ministro de crime de responsabilidade.
Interessante. A noção de democracia destes delinqüentes é fantástica. Não apresentaram até hoje um pedido de impeachment para o presidente da república por crime de responsabilidade durante o caso Waldomiro. Ou do mensalão. Ou do dossiê Serra. Ou do dossiê FHC. Ou do acidente da TAM.
Mas bastou um ministro do STF cumprir a lei para resolverem abrir a boca em busca de holofotes.
Cambada de vagabundo!
Terrorismo é crime hediondo.