Fica difícil explicar

Lendo a sentença do juiz que decretou a prisão cautelar do casal acusado de matar a menina Isabella, fica difícil explicar porque Pimenta Neves, o assassino confesso e condenado de Sandra Gomide ainda esta solto por aí.

São casos diferentes, matar uma filha de cinco anos é bem diferente de matar uma namorada, mas no caso dele já há sentença condenatória. Que recorresse na prisão, que é o lugar de assassino.

Está na hora da justiça brasileira ser menos leniente com crimes com morte. É preciso rever alguns preceitos jurídicos que permite que gente como Pimenta Neves esteja por aí vivendo sua vida enquanto que a família de Sandra Gomide tem que superar a dor que ele causou.

E quanto ao casal, se realmente mataram a menina, anda terão que acertar suas contas. Com alguém muito mais poderoso que a justiça brasileira, alguém impossível de se enganar.

Bem aventurado os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.”

A “vitória” de Dilma

Uma das conseqüências do mar de lama que se transformou o governo petista é que ser perdeu a noção das coisas. Dilma compareceu ao senado e como não apareceu nenhum “fato novo” nem gaguejou, grande parte da imprensa diz que ela “venceu”. Não entendo bem o que seja vencer em um depoimento, é um jogo?

Claro, a oposição se enrolou toda para dizer o mínimo, mas a ministra ignorou perguntas bastante pertinentes e essenciais, principalmente sobre o PAC.

O que há de novo se todos os gastos do programa já estavam previstos mesmo antes de se falar nele? O grande mérito do plano era dar uma direção aos gastos com uma gestão centralizada, mas isso se transformou em seu principal problema. Praticamente nada está andando no plano, tudo está paralisado pois está centralizado nas mão da própria Dilma. Afinal, o que o governo está inaugurando? O TCU já comprovou que não só as obras estão em ritmo de tartaruga mas existe um claro privilégio para as empreiteiras doadoras da campanha Lula e começa a aparecer os casos de corrupção.

Sobre o dossiê, o que esperavam que ela dissesse? Está mantendo a versão que lhe convém, que foi produzido um banco de dados, nada demais. A oposição poderia ter lembrado as contradições da própria ministra no caso, mas ficou só no discurso meio sem sentido.

Ela fez bem seu papel, não se enrolou e saiu cantando de galo, como sempre. Mas daí a chamar de vitória vai uma distância muito grande.

Mas são os tempos de petismo, e ainda vai levar um tempo para acabar. Infelizmente.

Fala a companheira Estela

“Eu fui barbaramente torturada, senador. Qualquer pessoa que ousar falar a verdade para os torturadores, entrega os seus iguais. Eu me orgulho muito de ter mentido na tortura, senador”, disse Dilma.

À comissão, a ministra afirmou que “não há possibilidade de diálogo” quando se tem pela frente o “pau de arara, o choque elétrico e a morte”.

Numa indireta, Dilma afirmou que ela e Agripino não estavam “no mesmo momento”, quando ela enfrentou a luta armada para combater a ditadura.

De novo a mistificação e mitificação da ditadura. Estela, como era chamada, não lutou por liberdade, mas pela implantação de uma ditadura comunista no Brasil. Tivesse obtido sucesso, teríamos alguns milhões de cadáveres para recolher. E muito provavelmente ela não estaria falando hoje pois os processos revolucionários costumam comer seus próprios filhos em um processo antropofágico.

Para sorte dela, o terrorismo foi derrotado. Por isso está viva hoje, bem e conduzindo o principal programa de propaganda do governo. Não teria sobrado muitos de seus companheiros caso tivessem sucesso, poder ligar para o telefone do inferno para falar com Lenin e Stalin, eles podem confirmar.

Mas o Brasil é uma país diferente. Aqui terroristas são glorificados e podem exibir com orgulho seu sofrimento. Por que ela não fala dos assassinatos e justiçamentos que seu grupo fez? Das vítimas indefesas que morreram em atentados a bomba ou em execução sumária, por vezes diante da própria família?

Um pouco de Dilma

O fim do sigilo de gastos de ex-presidentes é uma das propostas em análise pela CPI dos Cartões Corporativos do Congresso. Segundo a ministra, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva já se colocou à disposição para abrir o sigilo de seus gastos quando deixar o governo. “O presidente Lula disse que, quando terminar o seu mandato, ele vai abrir os seus gastos.”

Dilma disse que o sigilo, porém, não impede que o TCU (Tribunal de Contas da União) investigue os gastos mesmo no período em que não podem ser revelados publicamente. “Todos os gastos são auditados. O fato de alguns gastos serem sigilosos não significa que não são auditados”, afirmou.

A ministra não poderia dizer outra coisa né? Se ele defende que é normal montar dossiê, digo, banco de dados, sobre governo passado, não poderia dizer agora que os gastos do presidente atual deveriam ficar em sigilo após 2010. Até porque o presidente atual não tem como impedir o acesso aos dados pelo governo futuro, assim como FHC não podia impedir o acesso aos seus.

A fiscalização pelo TCU é um factóide. Os gastos estão sob rúbrica de segurança nacional, o TCU só tem acesso ao que o governo permite, o que é muito pouco. Não adianta inventar, quem fiscaliza governo é a oposição. Se alguns gastos podem ser encarados como de segurança nacional deve haver uma comissão especial do senado para analisá-los. Presidida por um senador de oposição; o resto é bobagem.

Agora fedeu…

Tarso Genro está indo com a Gestapo (também conhecida como PF) para a reserva Raposa/Serra do Sol. É como jogar querosene em fogueira acesa, vai ter confusão, e das brabas.

Vai demonstrar na prática a velha máxima comunista: todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais do que os outros.

Pode-se trocar animais por brasileiros que o sentido fica igual.

Cortesia de Orwell.

Querem um cadáver, como sempre

Estadao online:

A Polícia Federal já abriu inquérito para investigar os disparos contra dez índios das etnias macuxi e ingarikó, nesta segunda-feira, 5, na Reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Eles foram feridos a bala, após tentativa de ocupação da fazenda Depósito, do rizicultor Paulo César Quartiero, que também é prefeito do município de Pacaraima. Apesar do ataque, Conselho Indígena de Roraima pretende continuar a ocupação.
A fazenda Depósito fica a sete quilômetros de Surumu, localidade a 160 quilômetros de Boa Vista que concentra os conflitos entre índios e não-índios pela posse da reserva de 1,7 milhão de hectares.
Às 5h, um grupo de 103 indígenas, entre homens e mulheres, iniciou a ocupação de uma área da fazenda livre de plantação de arroz e afastada da sede. Em pouco tempo, eles construíram quatro malocas (casas) com palha e madeira. Dois funcionários de Quartiero chegaram ao local pilotando motos e ordenaram a saída dos índios. Diante da negativa, foram embora e retornaram com mais três motoqueiros e uma caminhonete.
“Eles já chegaram atirando e disparando as, sem dar chance de defesa às vítimas”, afirma Júlio Macuxi, coordenador de Programas do Conselho Indígena de Roraima (CIR). Ele diz que a ocupação se deu pela necessidade de ampliação da comunidade Renascer, próxima à cerca da fazenda, que estaria “sufocada”.

A área dos rizicultures não chegam a 2% da reserva, mas o coordenador do tal CIR afirma que os índios estariam “sufocados” nos 98% restantes. Este restante é mais da metade da área do estado; se ainda existissem todos os índios do descobrimento nós teríamos que procurar outro país para viver, pois eles não caberiam no gigantesco território brasileiro.

Na guerra pela opinião pública vale tudo, principalmente fabricar mártires. Este filme já aconteceu na CSN em Volta Redonda, em Carajás e agora querem repeti-lo na Raposa/Serra do Sol. Devem estar lamentando que ninguém morreu ontem, precisam de vítimas urgente.

Os defensores indígenas os defendem no abstratos, pouco se importam com o índio em particular. A morte de alguns é importante para uma causa, também nada de novo. Os comunistas tinham o mesmo pensamento, o próprio Marx não conseguia sentir nada pelo proletário real, muitas vezes chegou a se indispor com eles. O importante era o proletariado como um ente perfeito que não existe de fato.

O homem deve ser sempre um fim em si mesmo, desprezo qualquer corrente de pensamento ou de ação política que aceite o sacrifício de alguns para um “bem maior”. No meu pensamento não existe um bem que implique no sacrifício de vidas humanas.

Ah, como sempre há mulheres no meio. Um mãe morta vale mais do que um homem na mente destes doentes.

Bolsa-ditadura

Depois do assalto em 1967, em São Paulo, Diógenes participou, em 1968, do atentado à bomba contra o Consulado dos EUA em São Paulo. A ação acabou por dilacerar a perna do militar Orlando Lovecchio. Depois de ter a perna amputada pelos médicos, Lovechio foi obrigado a se aposentar por invalidez com pensão do INSS no valor de R$ 571.

Segundo a Abin, Diógenes participou também do assassinato do capitão norte-americano Charles Rodney Chandler, em 1969, com seis tiros. De acordo com relatos de historiadores como Jacob Gorender, autor de livros sobre a resistência armada ao regime militar, Diógenes foi treinado por militares em Cuba e participou de treinamento de tiro num sítio em Cotia (SP), sob orientação do guerrilheiro Carlos Lamarca.

Este “humanista” participou do assassinato de um capitão na frente da família deste e de um atentado que deixou um soldado sem perna, mas com uma enriquecedora aposentadoria de 570 reais. Lutava pela implantação de uma ditadura comunista no Brasil, inspirada no facínora chamado Fidel Castro. Ganhou uma indenização de 400 mil reais por sua “luta”.

A reportagem do Globo revela a falta de critérios da Comissão de Assalto ao bolso do contribuinte, também denominada Comissão de Anistia do Ministério da (in)Justiça. Diógenes recebeu a indenização por sua demissão em 1966. Diante dos documentos que comprovam que abandonou o emprego e que na época não era nem sequer conhecido pelos órgãos de inteligência do regime militar, os presidente da famigerada comissão foi lacônico: o princípio é o da boa-fé.

Traduzindo, o que importa é que por princípio qualquer alegação de um “perseguido”, inclusive de ser “perseguido” é verdadeira e pelo que se vê continua sendo mesmo com provas em contrário.

Como não costumo acreditar tanto assim na benevolência humana, pergunto qual o interesse na concessão destas anistias? Este dinheiro vai todo para os anistiados? Há compra de anistias?

É preciso levantar o véu sobre as atividades desta comissão que está custando muito caro aos cofres públicos com o pretexto de reparar injustiças. É bom lembrar sempre, é dinheiro que o estado subtrai da sociedade que poderia estar sendo empregado em outros lugares, o simplesmente deixado para que a sociedade cuide dele.

Dinheiro público não surge do além.

E não deve ser usado para indenizar terroristas por… praticarem terrorismo!

Um pouco mais sobre Raposa-Serra do Sol

Globo:

Professor do Departamento de Antropologia da Universidade Brasília (UnB), Stephen Baines desenvolve uma pesquisa sobre etnologia indígena e Estados nacionais, na qual analisa casos de Brasil, Canadá e Austrália – que enfrentam debates comuns, tais como a demarcação e a exploração das terras destinadas aos índios. Para o professor, não existe nenhum modelo que possa ser copiado pelos brasileiros, pois as diferenças entre as condições de cada país são enormes.

Isso posto, observa: os aborígines da Austrália têm território maior que o dos índios brasileiros; em 1999 o Canadá destinou a indígenas área contínua quase cem vezes maior que a da polêmica Raposa Serra do Sol e isso não causou problemas; e em todas as terras indígenas abertas à mineração empresarial houve problemas ambientais e culturais. Baines acredita que qualquer decisão no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a homologação da Raposa atentará contra a Constituição e assegura: “Os rizicultores são os invasores.”

O pensamento de Baines mostra bem o que pensa a maioria dos antropólogos brasileiros sobre o tema e é uma série de equívocos.

Se em todas as terras indígenas abertas à mineração ocorreram conflitos, por que então se insistir em colocar as reservas indígenas sobre áreas ricas em minérios? Não faltam terras na Amazônia para tanto. O que ele não explica é que se a quantidade de terras por índio fosse aplicada ao contingente de 1500, o Brasil seria pequeno. O índio hoje está recebendo mais terra do que jamais possuiu, mesmo antes da chegada dos portugueses.

O antropólogo também “esquece” que a principal questão levantada pelas Forças Armadas não é o fato da reserva ser contínua, mas ser contínua em uma faixa de fronteira, o que é muito diferente. Soma-se ainda o fato de o Brasil ter assinado uma declaração que impede o poder público de circular livremente sobre estas terras.

Afirma que qualquer decisão do STF será contrária à Constituição. Mas não é justamente o STF quem diz o que é constitucional ou não? Pode-se criticar suas decisões, mas eles são os defensores da magna carta. Ainda acho que uma decisão deles tem mais respaldo do que a de um antropólogo da UNB.

Por fim chama os rizicultores de invasores. Não é verdade. Estão na área há muito tempo, levados pelo próprio governo. São importantes para a economia de Roraima e para a própria sobrevivência do Estado. São cidadãos brasileiros, como os próprios índios, e que precisam ser protegidos pelo estado.

O que estes antropólogos não contam é que a maioria dos índios querem se integrar ao restante do Brasil. Não querem viver à margem da sociedade, sem seus benefícios, isolados em reservas para manter intocada sua cultura. Cultura é algo dinâmico, que se desenvolve a cada dia, incorporando novos valores, extirpando alguns. Ela não é estática no tempo como se pretende fazer com os índios, muitas vezes contra sua própria vontade.

Não há sentido manter vivo um passado apenas para deliciar os estudos de alguns antropólogos.