É impressionante o esforço que o governo faz através de órgãos do estado (IBGE e IPEA) para conseguir dados para justificar uma política que promove a discriminação do país. Sempre foi uma constante na história dos governos totalitários o que Orwell chamou de “duplo pensar” em sua obra magistral chamada 1984.
Assim, o governo comunista russo para combater a fome confiscava a produção no campo, gerando mais fome. Para promover a democracia, confiscava as liberdades individuais e a própria democracia. Basta lembrar que a Alemanha Oriental chamava-se República “Democrática” da Alemanha.
O mesmo acontece agora com o governo socialista brasileiros que para combater o racismo promove políticas que promove o racismo. Assim foram criadas as cotas nas universidades e já se discute as cotas no serviço público.
Não existe racismo no Brasil. O que existe é preconceito, o que é algo totalmente diferente. Ainda sim não é generalizado. Faço uma pergunta, quem é mais preconceituoso com os negros, a geração atual ou a anterior? É fácil de responder, todos possuem estórias para contar de uma tia ou uma vó, especialmente esta última, de preconceito contra negros.
O preconceito pode ter sido forte no passado, mas a cada geração está diminuindo, e muito. Os casamentos entre pessoas de cor diferente, não existem raças diferentes de humanos, é cada vez mais freqüente e socialmente aceito. O próprio tempo e a história tem se encarregado de eliminar estes resquícios da escravidão no Brasil.
Não existe, e há muito tempo, qualquer lei que discrimine negros no Brasil. O país não pode ser acusado, portanto, de ser racista. Tanto que é identificado no mundo todo como um exemplo de tolerância. Por que então criar agora uma divisão racial na sociedade brasileira? A quem interessa esta divisão?
O que a pesquisa do IPEA mostra de fato é que a sociedade brasileira rumo para o desaparecimento de brancos e negros, no futuro seremos todos mestiços. É próprio da natureza brasileira esta miscigenação de cores, fato que foi já bem retratado por gente como Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre.
Estamos copiando, estimulado por ONGs e outros organismos internacionais, uma política que fracassou no país em que foi criada, nos Estados Unidos. O próprio Husseim Obama criticou a política de cotas recentemente em campanha. Estamos, e com atraso, querendo dar mais um passo atrás na história das civilizações.
O que o brasileiro negro e pobre é o mesmo que um branco e pobre precisa. Uma educação que lhe de condições de buscar um emprego digno e construir seu projeto de vida. Não está no poder de nenhum governo o poder de tornar um homem menos preconceituoso do que é, é uma luta demagógica, inútil e perigosa.
Por que não uma política massificante para a educação básica? Não há recursos? O Brasil gasta com a educação mais do que a maioria dos países desenvolvidos em porcentagem do PIB. O que nos leva à verdadeira questão, por que os recursos não chegam onde deveriam?
Por que o estado está pagando pelo estudo de quem já pode fazê-lo nas Universidades Públicas. Além disso faz de tudo para evitar a integração destas universidades com a sociedade produtiva, com o pretexto de “não contaminá-las”. Estamos investindo em quem não precisa e onde os frutos são extremamente limitados.
O Brasil sempre foi um país pacífico, sem enfrentamento entre brasileiros. Nunca tivemos uma guerra civil e nosso país não é dividido por idiomas, etnias ou religião. É um dos poucos motivos para realmente nos orgulharmos de sermos brasileiros.
Não podemos perder este legado.