O IBAMA sugere a criação de uma tal força de segurança ambiental, aos moldes da força de segurança nacional, para controlar o desmatamento.
Não creio que o número de instituições seja a resposta para a questão. Já existe hoje a Polícia Federal e se não consegue patrulhar todas as florestas é por falta de efetivo e prioridade.
Para aumentar o efetivo é preciso dinheiro, como qualquer outra atividade. De onde tirar? Mais impostos? Não há mais margem para isso; a solução passa por diminuir o gasto público (diminuir o estado) ou tirar dinheiro dos programas sociais. Qualquer um dos dois está bom para mim, ainda acho que a principal obrigação de um governo é prover segurança para os indivíduos e as instituições.
Mas não tiraria dinheiro de programas sociais para combater desmatamento. Desculpem-me os ambientalistas, mas nossas metrópoles estão imersas em violência. O enfrentamento ao narcotráfico e aos crimes violentos deveria ser a prioridade número um do governo atual, as próprias pesquisas de opinião mostram isso. O mal quando não é cortado pela raiz se espalha com espantosa facilidade. E continua se espalhando.
A violência das grandes metrópoles já se espalha para o interior. Cada dia que se perde para enfrentar a violência mais ela se torna forte e mais exigirá da sociedade.
Árvores? Não estou preocupado com elas, pelo menos por enquanto. Estou preocupado com a neura que se transformou uma simples ida ao supermercado, o simples entrar com o carro em uma garagem, a simples circulação pelas cidades.
A violência tem um custo, inclusive econômico; é pesado. Em 2004 o custo da violência no Brasil foi de 92 bilhões, representando 6% do PIB. É muito dinheiro.
Cuidemos primeiro de nosso povo para depois pensar em florestas.