Nota de rodapé

O homem andava sumido do noticiário, mas com uma reunião do Foro de São Paulo em andamento resolveu aparecer. É claro que estou falando de Marco Aurélio Garcia, ou Sargento Garcia, ou top top Garcia, aquele que tripudiou de centenas de mortos no acidente da TAM ano passado.

Ele é tido como uma espécie de autoridade em relações internacionais, um guru do PT na área. Vale lembrar a entrevista com o historiador Marco Antonio Villa:

Veja – Qual é a relevância de Marco Aurélio Garcia nas relações externas?
Villa – Desde o início da República, não há registro de um assessor com tanto poder como ele. Garcia aparece nas fotos quase sempre atrás de Lula. Dá pronunciamentos em pé de igualdade com o ministro das Relações Exteriores ou o secretário-geral do Itamaraty. Marco Aurélio Garcia é considerado um grande acadêmico, um gênio, uma referência para qualquer estudo sobre relações internacionais na América Latina. Curioso é que não se conhece nenhuma nota de rodapé que ele tenha escrito sobre o tema. Fui procurar seu currículo na plataforma Lattes, do CNPq. Não há nada sobre ele. Marco Aurélio Garcia é o Pacheco das relações internacionais.

Veja – Quem é o Pacheco?
Villa – É um personagem de Eça de Queiroz que aparece no livro A Correspondência de Fradique Mendes. Pacheco era um sujeito tido como brilhante. No primeiro ano de Coimbra, as pessoas achavam estranho um estudante andar pela universidade carregando grossos volumes. No segundo ano, ele começou a ficar mais calvo e se sentava na primeira carteira. Começaram a achar que ele era muito inteligente, porque fazia uma cara muito pensativa durante as aulas e, vez por outra, folheava os tais volumes. No quarto ano, Portugal todo já sabia que havia um grande talento em Coimbra. Era o Pacheco. Virou deputado, ministro e primeiro-ministro. Quando morreu, a pátria toda chorou. Os jornalistas foram estudar sua biografia e viram que ele não tinha feito nada. Era uma fraude.

Como pensador ou intelectual não passa de um fraude, como muitos marxistas antes dele. Seu papel e importância para o Foro é outro. É um daqueles homens que não mede esforços para realizar qualquer tipo de tarefa para alcançar a revolução sonhada, uma representação do que Trotski definica como “a nossa moral e a deles”. É um homem amoral, para quem a vida humana e a decência não possui o menor significado. É uma personificação da vontade de poder de Nietzsche.

Toda vez que alguém fala em Lula como a esquerda light ou vegetariana, um dos maiores erros de gente como Vargas Llosa, eu exibo Garcia. Como é possível chamar alguém de democrata tendo uma criatura destas em tal alto posto? No momento mais difícil do PT quem foi escolhido para liderar o partido na campanha de 2006? E querem tratá-lo como voz isolada dentro do governo…

Parece piada, mas não é. Este homem é o responsável por toda nossa política externa. Esta que está levando fumo da Bolívia, do Equador, da Venezuela e agora do Paraguai. Esta que só consegue falar grosso quando está diante dos Estados Unidos, ou quando brasileiros são barrados na Espanha. Trata-se de uma mente perigosa, disposto a tudo para lançar o Brasil no caos do totalitarismo. Um novo tipo de totalitarismo, mais sutil, com uma falsa democracia funcionando, com o que interessa do capitalismo. Um comunismo muito mais perigoso e perfeitamente integrado com o sonho de um governo global no planeta.

Pacheco é apenas uma parte de sua máscara. Não podemos nos enganar.

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