Querem um cadáver, como sempre

Estadao online:

A Polícia Federal já abriu inquérito para investigar os disparos contra dez índios das etnias macuxi e ingarikó, nesta segunda-feira, 5, na Reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Eles foram feridos a bala, após tentativa de ocupação da fazenda Depósito, do rizicultor Paulo César Quartiero, que também é prefeito do município de Pacaraima. Apesar do ataque, Conselho Indígena de Roraima pretende continuar a ocupação.
A fazenda Depósito fica a sete quilômetros de Surumu, localidade a 160 quilômetros de Boa Vista que concentra os conflitos entre índios e não-índios pela posse da reserva de 1,7 milhão de hectares.
Às 5h, um grupo de 103 indígenas, entre homens e mulheres, iniciou a ocupação de uma área da fazenda livre de plantação de arroz e afastada da sede. Em pouco tempo, eles construíram quatro malocas (casas) com palha e madeira. Dois funcionários de Quartiero chegaram ao local pilotando motos e ordenaram a saída dos índios. Diante da negativa, foram embora e retornaram com mais três motoqueiros e uma caminhonete.
“Eles já chegaram atirando e disparando as, sem dar chance de defesa às vítimas”, afirma Júlio Macuxi, coordenador de Programas do Conselho Indígena de Roraima (CIR). Ele diz que a ocupação se deu pela necessidade de ampliação da comunidade Renascer, próxima à cerca da fazenda, que estaria “sufocada”.

A área dos rizicultures não chegam a 2% da reserva, mas o coordenador do tal CIR afirma que os índios estariam “sufocados” nos 98% restantes. Este restante é mais da metade da área do estado; se ainda existissem todos os índios do descobrimento nós teríamos que procurar outro país para viver, pois eles não caberiam no gigantesco território brasileiro.

Na guerra pela opinião pública vale tudo, principalmente fabricar mártires. Este filme já aconteceu na CSN em Volta Redonda, em Carajás e agora querem repeti-lo na Raposa/Serra do Sol. Devem estar lamentando que ninguém morreu ontem, precisam de vítimas urgente.

Os defensores indígenas os defendem no abstratos, pouco se importam com o índio em particular. A morte de alguns é importante para uma causa, também nada de novo. Os comunistas tinham o mesmo pensamento, o próprio Marx não conseguia sentir nada pelo proletário real, muitas vezes chegou a se indispor com eles. O importante era o proletariado como um ente perfeito que não existe de fato.

O homem deve ser sempre um fim em si mesmo, desprezo qualquer corrente de pensamento ou de ação política que aceite o sacrifício de alguns para um “bem maior”. No meu pensamento não existe um bem que implique no sacrifício de vidas humanas.

Ah, como sempre há mulheres no meio. Um mãe morta vale mais do que um homem na mente destes doentes.

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