Invasão da UNB

Ah… estava esquecendo deste assunto.

Quer dizer que um grupo de alunos invade a reitoria da UNB para exigir a saída do reitor e o Suplicy não aparece para cantar “Blowing in the Wind”? Nenhum figurão do PT? Líder de Maio de 68, Parissindicado? Jornalista da Folha tentando fazer uma relação contra o maio de 1968? Nada?

Só porque o reitor é da turma deles?

Esta é uma diferença básica que tenho com as esquerdas. Sou capaz de condenar um ato como este da UNB independente de ser contra um esquerdista ou não. A lógica está com os fatos, não com as pessoas. Eles não. Apoiaram a invasão da USP porque era contra um ato de José Serra. Não apoiam a atual porque é contra um deles.

Coerentes, não?

Cuidado oposição

Parece que alguns setores da oposição têm flertado não com o terceiro mandato, mas o fim da re-eleição e a passagem dos atuais mandatos para 5 anos. Cuidado senhores. Isto é GOLPE! Não se pode mexer nas regras com o jogo andando. O atual presidente foi eleito para um mandato de 4 anos. Não queiram brincar com a democracia, como diz sempre o monarca brasileiro.

Um ano a mais de mandato, nem em piadas!

Discurso de John McCain

Gostei muito do discurso de John McCain esta semana sobre o Iraque. Foi incisivo e deixou bem clara sua posição, como sempre tem feito.

Criticou a condução da guerra pelo governo Bush que teria seguido uma estratégia mal concebida, mas afirmou que estavam em um ponto sem retorno. No último ano o governo tinha assumido sua responsabilidade e ao invés de abandonar o Iraque no meio de uma guerra civil, genocídio e terror, tinha aumentado seu efetivo militar.

Este é um ponto que os defensores da retirada fogem como o diabo foge da cruz, como ficaria a situação no país com uma retirada precipitada? O história nos mostra bem as conseqüências, tanto no Vietnã como na primeira guerra do Iraque. Aliás, só existiu uma segunda porque a primeira foi feita pela metade.

Lembrou também que a estratégia de aumentar a presença militar está surtindo efeito, a violência diminuiu apesar dos ataques da última semana. Aos poucos vai se montando um governo iraquiano e surgindo o exército nacional.

Deixou claro que a decisão de invadir o país foi acertada ao afirmar que discorda profundamente da tese que o Iraque estaria melhor se Saddam Hussein estivesse no poder. Algumas pessoas defendem a retirada ou a retirada e a volta caso a situação piore. McCain é taxativo: o que eles desejam é uma política de retirada e re-invasão. Uma retirada irresponsável levará a problemas imediatos.

O próximo presidente terá uma grande responsabilidade, não deixar perder todo o esforço que se fez no último ano para conseguir avanços concretos. Fazer a coisa certa não é fazer a mais fácil. 4000 homens deram suas vidas para que os americanos não sofressem as conseqüências do fracasso no Iraque.

Ataca os democratas ao afirmar que não acredita que alguém possa prometer a retirada das forças no Iraque com todas as conseqüências calamitososas se agirem de forma irresponsável. Seria uma falha de liderança.

McCain está correto. Independente de considerações sobre a necessidade da invasão, o fato é que os Estados Unidos assumiram uma grande responsabilidade e não pode fugir dela. A retirada deverá ocorrer apenas quando o Iraque tiver condições de manter sua própria segurança e evitar uma matança em seu território.

O que não estão percebendo é que uma retirada agora seria uma fuga, como foi no Vietnã. Seria a admissão de uma derrota e uma vitória do terror. Em 2002 morreram mais de 3000 pessoas no WTC. De lá para cá nenhum americano foi morto vitima de terrorismo dentro de seu território. Morreram soldados, assim é a guerra. Não se trata de um luxo manter a ocupação, é questão de segurança nacional. É preciso que os governos delinqüentes saibam que não podem dar proteção à terroristas.

É uma pena que a ONU não esteja apoiando os Estados Unidos, particularmente a União Européia. O inimigo dos terroristas não é apenas os Estados Unidos, é toda civilização ocidental.

Entrada da PF

A Polícia Federal vai investigar o vazamento de trechos de um dossiê com dados sobre as despesas da família de Fernando Henrique Cardoso produzido na Casa Civil em fevereiro. A confecção do dossiê não é, inicialmente, alvo da apuração.
As informações sobre FHC, Ruth e ministros tucanos foram coletadas por servidores sob o comando de Erenice Guerra, braço direito da ministra Dilma Rousseff. (Folha)

É claro que o discurso de Tarso Genro é delinqüente. Diz ele que a PF deve investigar apenas delitos e a criação do dossiê é uma “situação política”. Não é. Seria se tivesse sido construído por dados públicos, disponíveis a todos, mas não foi assim. O dossiê foi montado por dados sigilisos coletados por funcionários públicos. É crime sim.

É características da esquerda dizer uma coisa quando é exatamente o oposto. Genro disse que “graças a Deus” __ impressionante como esta gente usa Deus nas suas lambanças __ a Polícia Federal não é uma polícia política. Pois se tiver sua investigação restrita, com o único objetivo de descobrir uma fonte, é sim.

Mas é melhor a PF, mesmo que restrita, no caso do que sem ela. Tudo porque uma investigação não se sabe quanto termina e pode acabar fugindo ao controle, como aconteceu no caso do dossiê de 2006.

A oposição está certa ao gritar. É preciso que se pressione a PF a cumprir sua obrigação, que a chame nos brios. O problema é que há diversas facções dentro da corporação, mas muita gente boa também. Que a parte boa faça o trabalho que a parte podre não quer.

Onde estão os humanistas?

Claudio Humberto:

O médico Helver Rodríguez Cruz, que esteve a serviço das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e foi capturado há duas semanas perto de Bogotá, confirmou ser grave o estado de saúde da ex-candidata presidencial colombiana Ingrid Betancourt. As informações foram divulgadas pela agência argentina Telam. O médico disse ter atendido Betancourt, que está em poder das Farc há seis anos. A refém, segundo ele, sofre de dois tipos de malária e um deles teria provocado um agravamento no fígado, situação que poderia levar a ex-parlamentar a um colapso hepático. Ela apresentaria ainda problemas como acidez gástrica, desnutrição e cólon irritado.

Onde estão os humanistas brasileiros que consideram as FARCs uma expressão legítima de um movimento social? Betancourt está presa na selva há 6 anos! Eu conheço a selva amazônica. Em situação precária, participando de exercício de sobrevivência, fiquei 6 dias. 6 dias! E não consigo nem imaginar esta senhora passando seus dias acorrentada em árvores por 6 anos. E querem colocar este absurdo na conta do governo eleito democraticamente da Colômbia.

Onde estão MAG, Chávez, Lula, Oliver Stone, e tantos outros que se misturam com este bando de animais. Esta gente me dá nojo.

Barack Hussein Obama

Outro dia perguntaram minha opinião sobre Obama. Estou aos poucos lendo sobre as eleições americanas e por enquanto não encontro nada que me leve a confiar neste senhor. E não estou nem falando de proposta concretas, pois parece que não as tem. Sua campanha está montada em um discurso de esperança, superação da política tradicional, uma nova visão do mundo.

No fundo quer um cheque em branco. Votem em mim, elejam-me, e terão uma grande surpresa. Seus discursos são descritos como maravilhosos e sua figura como empolgante. Mais um motivo para minha desconfiança. Desconfio sempre de políticos que falam bem.

Em Apologia de Sócrates, logo na abertura de sua defesa, o filósofo adverte que seus acusadores só disseram mentiras sobre ele, mas que acatava uma única advertência: deveis ficar alerta para não serdes enganados pela minha habilidade de orador.

Depois acrescenta, não se considerava um bom orador no sentido que seus acusadores o retratavam, mas sim no sentido de falar com a verdade.

Considerai se o que digo é justo ou não. Essa, de fato, é a virtude do juiz; do orador, o mérito é dizer a verdade.

Pois Hussein Obama é considerado um grande orador. Mas em que sentido? No sentido dos acusadores de Sócrates e dos sofistas que tanto combateu ou no sentido de falar sempre com a verdade?

A única coisa que eu tinha achado interessante em seu discurso era que se recusava a tratar de raça e colocar-se como um candidato negro para vencer os brancos. Mas isso durou até o momento em que a proteção da mídia cedeu e pela primeira vez teve que se defender. Foi direto ao discurso racial, como se fosse um Martin Luther King moderno.

Não tenho absolutamente nada contra um negro presidente, desde que não seja eleito justamente por ser negro. Nem contra uma mulher presidente, desde que não seja eleita justamente por ser mulher. Cor da pele e sexo não deveria fazer a menor diferença para se escolher uma pessoa para qualquer coisa, ainda mais para a presidência da república.

Que trabalho?

Claudio Humberto:

Os deputados da CPMI dos Cartões Corporativos acreditam que a criação de uma CPI para investigar o mesmo assunto, exclusiva do Senado, não vai prejudicar os trabalhos que já estão em andamento.

O povo quer saber, que trabalho? Talvez o deputado esteja se referindo ao imenso trabalho de rejeitar pedidos de depoimentos.

Qual é o time de Alckmin?

Depois de jogar fora uma eleição presidencial que estava lhe caindo no colo, o ex-governador está conseguindo outra senhora proeza: ressuscitar Marta Suplicy, e olha que não é tarefa fácil! É uma pena, tinha tudo para bagunçar o coreto de 2010 com uma candidatura fora do eixo PT-PSDB, mas resolveu comprar briga com o partido errado. Uma lástima.