Cota na TV por assinatura

Está em fase final de tramitação no Congresso Nacional a famigerada lei que inclui cotas na programação da TV por assinatura. Mais uma vez o estado está ser articulando para se meter onde não deve, no caso no contrato entre particulares.

Já não basta as TVs por assinatura terem que transmitir aquele conjunto de canais que praticamente ninguém vê (TV Brasil, Senado, Câmara, Judiciário), agora querem impor uma cota de programação nacional para cada canal de TV a cabo. É um absurdo. Na prática inviabiliza a retransmissão de canais de notícias internacionais (que não vão montar uma estrutura só para atender ao Brasil) e inviabiliza a própria TV por assinatura, pois os custos serão repassados para a já salgada conta do assinante.

Não se trata de uma proteção para a cultura nacional, que diga-se de passagem sou radicalmente contra, não a cultura, mas a proteção. Trata-se simplesmente de acabar com a TV por assinatura. Faz parte da estratégia de domínio cultural do Gramcismo que está na raiz do Partido dos Trabalhadores, é preciso monopolizar a cultura.

Novamente aqui se mostra a extensão do alerta de George Orwell em 1984. O controle da mídia era essencial pois era preciso que não houvesse padrão possível de comparação do governo com os passados e com outros países. Era preciso que se acreditasse que o governo totalitário de 1984 era o melhor possível.

Não há um só programa na TV por assinatura que faça oposição ao governo, embora os chapas brancas existam as pencas. O problema é que existem muitos que tratam de valores universais, o que é um problema para uma força que deseja substituir os valores de uma sociedade pelos seus próprios. É melhor uma televisão que ninguém assiste do que uma que pode levar o indivíduo a pensar.

O comunismo não morreu em 1989 como demonstrou Jean François Revel em A Grande Parada. Ele se transformou, assumiu outra face, esta muito mais perigosa. Ele se revela por esta escalada lenta em direção ao controle hegemônico do pensamento humano para depois se instalar como realidade política.

Estamos assistindo a cada dia a diminuição das instituições brasileiras. Não há uma única que esteja mais forte hoje do que em 2002, muito pelo contrário. Os sinais estão evidentes para quem “tem olhos para ver”. A atuação do governo petista na questão das comunicações é exemplar.

Primeiro tentou emplacar o conselho de Jornalismo para controlar jornalistas, fui uma passo muito longo, acabou recuando. Depois conseguiu criar a TV pública, agora quer acabar com a TV por assinatura. Age para fundir empresas de telecomunicações e formar monopólio no setor, tendo para isso que mudar as próprias leis do país. Será que ninguém enxerga o rumo que estamos tomando? Será que ninguém enxerga onde vamos parar?

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