Parece que o presidente ficou extremamente irritado com as declarações de General Heleno, ser contrariado não é bem seu forte. Ainda mais que viu exposto nos jornais uma atuação em favor da demarcação contínua que o governo mantinha longe da mídia. Como todo bom esquerdista, não gostam de discutir os temas nacionais relevantes. Gostam de aprovar tudo sem holofotes usando o Congresso Nacional como força de manobra.
Já não dá mais. O assunto da soberania nacional está em todos os jornais e o Senado, onde deveria estar se travando o debate sobre a questão, mostrou-se um avestruz com a cara dentro do buraco. O líder da oposição ainda ficou preocupado com o que o fato de um militar resolver dar sua opinião sobre o assunto.
Já ficou no passado a época em que os militares davam as cartas na política e uma intervenção militar nos destinos políticos é coisa do passado. Por que não podem se manifestar publicamente? É claro que não podem incitar à desordem ou contra as leis do estado. O General não fez nada disso, muito pelo contrário, falou em defesa do texto constitucional.
A esquerda no poder é a mesma coisa em todo lugar. Admite a pluralidade de opiniões, desde que seja em torno das próprias. A coisa é tão absurda no Brasil que o governo conseguiu uma oposição que não pode fazer oposição. Por isso a esquisita aliança que o governador de Minas anda construindo é uma grande ameaça à democracia, pois consolida um governo sem oposição.
O presidente quer falar sozinho e se coloca em um lugar mítico, onde o que fala é a voz da sabedoria. É uma característica socialista querer a hegemonia sobre o pensamento, o que é uma violação à principal liberdade de um indivíduo. Não basta a maioria, querem a totalidade. Não é por acaso que o socialismo sempre levou ao totalitarismo.
Uma das coisas que o país precisa é que o presidente fique irritado com mais freqüência. É bom para a democracia.