Há tempos bato na mesma tecla. O problema político principal do país não é o Congresso Nacional. Dois acontecimentos recentes comprovam; os dois relacionados com o sindicalismo.
No primeiro, a Câmara dos Deputados extinguiu o imposto sindical obrigatório. Era uma avanço, significava que cada trabalhador brasileiro poderia optar em contribuir para o seu sindicato. Caberia ao sindicato convencê-lo que o dinheiro seria bem empregado e em seu benefício. Mas sabe como são os progressistas, odeiam a idéia de que o indivíduo tenha liberdade para fazer o que quer com o próprio dinheiro. O governo entrou na jogada, mobilizou sua tropa de choque e conseguiu derrubar a lei no Senado Federal. Uma demonstração que o Senado não tem esta superioridade moral em relação aos colegas deputados e que o executivo usa sua força (verbas) para controlar o legislativo.
No segundo acontecimento, este mais recente, tanto Câmara quanto Congresso acertaram. Votaram uma lei colocando os gastos dos sindicatos, referentes aos repasses públicos, sob fiscalização do TCU. Coube ao próprio companheiro presidente consertar o vacilo. Lula vetou a lei e os sindicatos continuam sem fiscalização.
Ontem foi dia de comemoração no Congresso. Os líderes sindicais fizeram uma baita festa regado a Uísque 12 anos para “homenagear” os deputados e senadores que colaboraram na vergonha. O trabalhador deve ter gostado de saber para onde vai seu dinheiro. Se isso é feito em público, diante da imprensa, imagina o que não fazem no privado? Imagino que alguém tenha alertado:
__ Vai ter imprensa presente.
__ Pois é.
__ Vamos ter que manerar.
__ É verdade, vamos servir só Bala 12. Para não ficarem falando. Deixa o blue para depois…