Gostei muito do discurso de John McCain esta semana sobre o Iraque. Foi incisivo e deixou bem clara sua posição, como sempre tem feito.
Criticou a condução da guerra pelo governo Bush que teria seguido uma estratégia mal concebida, mas afirmou que estavam em um ponto sem retorno. No último ano o governo tinha assumido sua responsabilidade e ao invés de abandonar o Iraque no meio de uma guerra civil, genocídio e terror, tinha aumentado seu efetivo militar.
Este é um ponto que os defensores da retirada fogem como o diabo foge da cruz, como ficaria a situação no país com uma retirada precipitada? O história nos mostra bem as conseqüências, tanto no Vietnã como na primeira guerra do Iraque. Aliás, só existiu uma segunda porque a primeira foi feita pela metade.
Lembrou também que a estratégia de aumentar a presença militar está surtindo efeito, a violência diminuiu apesar dos ataques da última semana. Aos poucos vai se montando um governo iraquiano e surgindo o exército nacional.
Deixou claro que a decisão de invadir o país foi acertada ao afirmar que discorda profundamente da tese que o Iraque estaria melhor se Saddam Hussein estivesse no poder. Algumas pessoas defendem a retirada ou a retirada e a volta caso a situação piore. McCain é taxativo: o que eles desejam é uma política de retirada e re-invasão. Uma retirada irresponsável levará a problemas imediatos.
O próximo presidente terá uma grande responsabilidade, não deixar perder todo o esforço que se fez no último ano para conseguir avanços concretos. Fazer a coisa certa não é fazer a mais fácil. 4000 homens deram suas vidas para que os americanos não sofressem as conseqüências do fracasso no Iraque.
Ataca os democratas ao afirmar que não acredita que alguém possa prometer a retirada das forças no Iraque com todas as conseqüências calamitososas se agirem de forma irresponsável. Seria uma falha de liderança.
McCain está correto. Independente de considerações sobre a necessidade da invasão, o fato é que os Estados Unidos assumiram uma grande responsabilidade e não pode fugir dela. A retirada deverá ocorrer apenas quando o Iraque tiver condições de manter sua própria segurança e evitar uma matança em seu território.
O que não estão percebendo é que uma retirada agora seria uma fuga, como foi no Vietnã. Seria a admissão de uma derrota e uma vitória do terror. Em 2002 morreram mais de 3000 pessoas no WTC. De lá para cá nenhum americano foi morto vitima de terrorismo dentro de seu território. Morreram soldados, assim é a guerra. Não se trata de um luxo manter a ocupação, é questão de segurança nacional. É preciso que os governos delinqüentes saibam que não podem dar proteção à terroristas.
É uma pena que a ONU não esteja apoiando os Estados Unidos, particularmente a União Européia. O inimigo dos terroristas não é apenas os Estados Unidos, é toda civilização ocidental.