Lulo-platonismo

Fernando de Barros e Silva:

Horas antes de a ministra falar, Tarso Genro, o Rolando Lero da Justiça, dizia que a PF não poderia investigar o dossiê porque “dossiê é conceito, não fato determinado”. Assim, o bacharel do submarxismo oficial inventou o lulo-platonismo.

Na semana passada critiquei este articulista por seu ataque gratuito e sem qualquer fundamento aos jornalistas “de direita”. Hoje elogio. Seu artigo sobre a entrevista da comissária Dilma está excelente, mas foi o trecho acima que chamou-me a atenção, especialmente a expressão lulo-platonismo.

Segundo a teoria que Platão desenvolveu em seu Mundo das Idéias, tudo que existe no mundo é um cópia imperfeita de objetos perfeitos, as idéias. Quando vemos cavalos, vemos a representação do conceito de cavalo. Existe um molde de um cavalo perfeito que fica neste mundo especial, o das idéias, que serve de base para os seres e as coisas.

Para Tarso Genro, o dossiê não existe na prática, apenas no mundo das idéias. Assim, não cabe à PF investigá-lo. É ou não é uma contribuição inusitada do lulismo? Agora temos o lulo-platonismo, uma corrente filosófica inédita liderada por nosso ministro da justiça.

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