Editorial:
A série preliminar de dados sobre janeiro e fevereiro de 2008 indica que o consumo continuou a acelerar-se no início do ano. Não há descontrole inflacionário detectável, mas, se perdurarem, as atuais taxas de expansão do consumo e do crédito podem alimentar uma “bolha” por aqui: um surto insustentável de consumo, que sempre acaba em brusca desaceleração.
Ou seja, a economia está crescendo mas é preciso ter muito cuidado pois o consumo também, o que torna a Inflação um dado real. O Japão só conseguiu o rápido desenvolvimento, com paz social e distribuição de renda, no período de 1950-1973 porque sua população evitou o consumo e foi estimulada à poupança interna. Isso só foi possível por causa de um entendimento em torno de um esforço coletivo para recuperação do país, algo longe no Brasil. Mesmo assim é sempre bom tirar lições na história.
Outro Editorial:
SOA ALGO inoportuna a idéia do governo brasileiro de criar o Conselho Sul-Americano de Defesa.
Em termos teóricos, faria sentido ampliar ainda mais a colaboração entre os países da região para que possam, como sugeriu o ministro Nelson Jobim, “articular a elaboração de políticas de defesa, intercâmbio de pessoal, formação e treinamento de militares, realização de exercícios militares conjuntos, participação conjunta em missões de paz das Nações Unidas, integração de bases industriais de defesa.
Mais do que inoportuna, é pura retórica. O objetivo principal é tirar os Estados Unidos e isolar a Colômbia, hoje o calo da turma do Foro de São Paulo. O editorial lembra bem que qualquer conselho militar no continente sem participação americana está condenada à irrelevância. Além disso, não conseguirão o apoio da Colômbia e do Peru. Estes países precisam do apoio da grande potência diante da escalada do socialismo no continente.
Clóvis Rossi:
Você certamente já ouviu ou leu recomendações como estas: “Fique calmo e não corra”; “deixe suas mãos visíveis”; “não faça movimentos bruscos”.
Lembra? Claro. São as recomendações da polícia para o caso de você trombar com bandidos. Agora, saiu uma nova versão. As recomendações são as mesmas, mas servem para o inverso, ou seja, para o caso de você trombar com a polícia.
Constarão de 1 milhão de folhetos a serem distribuídos por meio da Secretaria Especial de Direitos Humanos do governo federal.
Só mesmo esta secretaria que carrega o nome de direitos humanos para comparar bandidos e policias. Quer dizer que não existem policiais bandidos? Claro que sim, mas tratá-los, a todos, como bandidos não me parece ser a melhor solução. No fundo é o governo federal tentando deixar claro que o problema da violência não é com ele. Volto a dizer, a violência é o principal problema do brasileiro hoje. E não é só da capital, está se espalhando, como um câncer, para o interior.
Eliane Cantanhêde
Pois é. Se os governos municipal (principalmente), estadual e federal falham e os cidadãos não tomam cuidados básicos, que pelo menos a imprensa faça a sua parte.
Na vida, mais especialmente em saúde, é melhor prevenir do que (tentar) remediar. Informação, informação, informação!
Gostei especialmente do principalmente entre parêntesis. É a coerência de sempre dos esquerdopatas. Quando explodiu uma epidemia de dengue no governo FHC, a culpa era do Serra. Pois o governo bateu mais um recorde e superou o anterior. De quem é a culpa? Da prefeitura (principalmente). Claro que os culpados estão nas três esferas, mas é bom lembrar que somos uma federação só de nome, o grosso dos recursos estão nas mãos do governo federal. Mas o Temporão tem mais o que fazer, não é mesmo?
CARLOS HEITOR CONY:
(…)
Acharam mesmo que eu citaria alguma coisa deste cidadão aqui? Fala sério! Primeiro ele devolve sua bolsa ditadura, depois pode até começar a ser lido por gente de bem. O que não dá é para sustentá-lo (é bom lembrar: é nosso dinheiro) e ainda ter que ler seu pensamento. Nojento!