Ontem no Manhattan Connection, Diogo Mainardi tocou num ponto interessante ao falar da ocupação no Iraque. Os que são contra a presença americana neste país gostam de fazer um paralelo com a Guerra do Vietnã. Se é assim, deveriam levar a comparação até o final. O que aconteceu ao Vietnã e Camboja após a retirada dos americanos?
Simplesmente um massacre. Foram estabelecidas ditaduras sanguinárias, talvez em números relativos a maior da história. O que aconteceu ali na década de 70 foi muito mais cruel do que os anos de guerra e a população foi a principal atingida. Isto em um país que não tinha uma divisão étnica e religiosa tão profunda quanto no Iraque. Estes humanistas deveriam pensar bem no que estão propondo. No fundo sabem e querem isso mesmo para poder depois apontar triunfantes: estão vendo? Os ianques provocaram tudo isso!
Diogo tem razão, ao invadir o país e defenestrar Sadam Husseim, os Estados Unidos assumiram uma responsabilidade com a população iraquiana; não podem simplesmente sair como se nada tivesse acontecido. É preciso dar segurança no país, realizar o trabalho de estabelecimento de instituições que assegurem a vida de seus cidadãos.
O problema é o custo. Ricardo Amorim defende que os Estados Unidos não possui condições de pagá-lo, que uma ocupação longa é inviável. Ainda mais quando a maior economia do planeta está ruindo, cedendo lugar ao gigante econômico que surge na Ásia. Os próximos governos americanos terão decisões importantes a tomar, que sejam bem escolhidos. Os iraquianos precisam disso.